Tríduo Pascal
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quarta-feira, 13 de abril de 2016
domingo, 10 de abril de 2016
EVANGELHO IV DOMINGO DA PÁSCOA - ANO C
COMENTÁRIOS AO EVANGELHO IV DOMINGO DA
PÁSCOA - Jo 10, 27-30 - ANO C
27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, Eu as conheço, e elas Me
seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as
roubará de minha mão. 29 Meu Pai, que mas deu, é maior que todas as coisas; e
ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. 30 Eu e o Pai somos um” (Jo 10,
27-30).
SOMOS TODOS OVELHAS DE JESUS?
Assim como outrora Jesus, o Bom Pastor, procurou atrair todos para
seu Rebanho, sua voz continua hoje a ressoar nos corações, apelando para que
nos deixemos apascentar por Ele. Os fariseus O recusaram decididamente. Que
atitude tomará este nosso mundo?
I - O simbolismo na obra da Criação
Do nada, Deus criou
todas as coisas, e de forma instantânea; não transformou seres pré-existentes,
mas agiu por um ato exclusivo de sua onipotência, incomunicável a qualquer
outro ser, mesmo por milagre (1). Ele tornou realidade o universo tendo em
vista sua própria glória: "Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A
Ele a glória por toda a eternidade!" (Rm 11, 36). O Concílio Vaticano I é
categórico neste particular: "Se alguém negar que o mundo foi criado para
a glória de Deus, seja anátema" (2).
Deus é modelo de todos os seres criados
Poucos dogmas de nossa
fé tiveram tão numerosos adversários como o da criação do mundo, claramente
afirmado na primeira frase do Gênesis: "No princípio, Deus criou os céus e
a terra" (Gn 1, 1). A variedade de objeções e heresias contra essa verdade
que atribui a Deus a causa eficiente da origem do universo é grande. Por outro
lado, embora a doutrina de que Deus é causa exemplar de todos os seres de sua
obra dos seis dias quase não levante inimigos frontais e explícitos, são muito
difundidos costumes, modos de ser, gostos, etc., pervadidos de erros larvados a
esse respeito.
Na quarta via das provas
da existência de Deus, explicitadas por São Tomás de Aquino, encontramos
também, além do Criador como o Pulchrum (o Belo) por essência, todas as belezas
esparsas pelo universo como participações e decorrências dessa fonte infinita.
Mais claramente, em sua Suma Teológica, o Doutor Angélico define Deus enquanto
modelo de todos os seres criados: "Deus é a primeira causa exemplar de todas
as coisas (...); existem na sabedoria divina as razões de todas as coisas, às
quais chamamos ‘idéias', ou seja, ‘formas exemplares' existentes na mente
divina. Essas idéias (...) não são, contudo, algo realmente distinto da
essência divina (...) Assim, pois, Deus é o primeiro exemplar de todas as
coisas" (3).
Uma nota de altíssima beleza na Criação