A lembrança da Transfiguração
Assista aos comentários de Mons João Clá Dias.
Tríduo Pascal
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quinta-feira, 9 de março de 2017
segunda-feira, 6 de março de 2017
Evangelho II Domingo da Quaresma – Ano A
Comentários ao Evangelho II Domingo da
Quaresma – Ano A
Naquele tempo, 1 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu
irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2 E foi
transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o Sol e as suas roupas
ficaram brancas como a luz. 3 Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando
com Jesus. 4 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui.
Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, e outra
para Elias”. 5 Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu
com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu
pus todo meu agrado. Escutai-O!” 6 Quando ouviram isto, os discípulos ficaram
muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7 Jesus Se aproximou, tocou
neles e disse: “Levantai-vos, e não tenhais medo”. 8 Os discípulos
ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente
Jesus.
9 Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a
ninguém esta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mt
17, 1-9).
Como será a
felicidade eterna?
A Transfiguração foi para os discípulos um antegozo do Céu e uma
imensa consolação para enfrentar as futuras provações da Paixão e Morte de
Jesus. Também todo batizado recebe consolações, como estímulo a perseverar no
serviço de Deus.
Mons.
João Clá Dias, E.P.
I - A imensa
felicidade do Paraíso Celeste
São
Paulo declara aos Coríntios ter sido arrebatado ao Céu em certo momento de sua
vida, e lá ter ouvido palavras impossíveis de ser transmitidas e menos ainda de
poder explicá- las: "... foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras
inefáveis que não é lícito [ou possível] a um homem repetir" (2 Cor 12,
4).
De
fato, para os místicos torna-se difícil externar suas experiências interiores,
e daí bem podemos compreender o quanto faltaram a São Paulo os termos de
comparação para relatar o que com ele se passara, pois, segundo o que ele mesmo
havia dito anteriormente: "nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais
passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O
amam" (1 Cor 2, 9). Essa é a maravilha que nos aguarda no momento de
ingressarmos na vida eterna. E esse deve ter sido um considerável motivo para
São Paulo perseverar até a hora de seu martírio, apesar de ter ele visto então
apenas reflexos do Absoluto que hoje contempla face a face.
Consideremos
em profundidade - até onde pode alcançar nossa inteligência fortalecida pela fé
- qual será a essência de nossa felicidade quando ingressarmos na visão
beatífica.