Tríduo Pascal

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

André e João encontram Jesus- continuação

Continuação do post anterior
39 Jesus disse-lhes: “Vinde ver”. Foram, viram onde habitava e ficaram com Ele aquele dia. Era então quase a hora décima.
A cortesia de Jesus é insuperável, pois poderia indicar-lhes o caminho e marcar-lhes um encontro para o dia seguinte. Pelo contrário, convida-os a segui-Lo, ou seja, já os aceita como discípulos.
Assim procedeu Jesus, conforme nos ensina São Cirilo, “para ensinar-nos primeiro que nas coisas boas não é louvável atrasar-se, porque o adiamento de algo bom é sempre um prejuízo. E, depois, para mostrar que não basta inteirar-se de qual é a casa, isto é, a Igreja fundada por Cristo, mas é necessário ir a ela com fé e observar com ânimo fervoroso o que nela se faz” (13).
Quem nos dera conhecer o conteúdo daquele sagrado convívio! “Que belo dia passaram! Que bela noite! Edifiquemos, pois, em nosso coração uma casa digna, na qual o Senhor venha habitar e nos instruir” — exclamou Santo Agostinho (14).
A nós também dirige Jesus esse convite cheio de benquerença. E assim procederá até o último minuto da História. Como é possível opor-Lhe resistência?
Simão Pedro, fruto do apostolado de André
40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que tinham seguido Jesus.
Os comentaristas são praticamente unânimes em frisar a humildade do Evangelista neste versículo, pelo fato de não se mencionar a si próprio como sendo o outro dos dois. A nosso ver, os bons anos de convívio muito estreito com a mais humilde de todas as criaturas, Maria Santíssima, havia-lhe arrebatado o coração no maravilhamento por essa excelsa virtude.
41 Encontrou ele primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: “Encontramos o Messias”, que quer dizer Cristo.
Evidentemente, a longa conversa mantida com Jesus fizera crescer João e André na fé. Ambos deviam estar inflamados de zelo, entusiasmo e fervor em seu noviciado recém-começado. Logo surgem os resultados comprobatórios da autêntica realidade dessa fé: o apostolado. O Bem é eminentemente difusivo, as impressões sobrenaturais deviam ser muito fortes, o enlevo e veneração por Jesus estavam no mais elevado grau. A recordação das inúmeras conversas, previsões e comentários de João Batista sobre o Messias constituíram, para eles, um quadro lógico, belo e harmónico com a figura de Jesus. Era imperioso conquistar novos discípulos para o Messias. O primeiro que encontraram foi Simão e sobre ele devem ter despejado o desabafo de todas as suas místicas emoções e a concatenação de suas análises e conclusões (15). E qual foi a reacção de Simão?

Continua...

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