Tríduo Pascal

domingo, 15 de janeiro de 2012

38 Jesus, voltando-Se para trás evendo que O seguiam, disse-lhes:“Que buscais?” Eles disseram-Lhe: “Rabi (que quer dizer Mestre),onde habitas?”

Jesus nunca deixa de vir ao nosso encontro e jamais se nega a encorajar-nos nas vias do bem. Tão afetuosa e paternalé sua atitude com os dois que chega a nos comover. Ambos manifestam uma inocente ansiedade de dirigir-se a Jesus; entretanto, por respeito ou temor reverencial, não ousam abordá-Lo. Segundo a boa educação de todos os tempos, cabe a quem tem autoridade iniciar a conversa, e Jesus o faz com suma bondade, porque discerne o fundo do desejo de ambos e coloca-os à vontade.

“Rabi” é o título que Lhe conferem, e assim demonstram quanto anseiam por aprender sua doutrina. Em seguida Lhe fazem uma pergunta: “Onde moras?” Comenta Alcuíno a este respeito: “Não querem se beneficiar do magistério de forma passageira, e por isso Lhe perguntam onde vive para que, de futuro, possam ouvir suas palavras em segredo, visitá-Lo muitas vezes e instruir-se muito melhor” (12).

O Evangelho é perene e, por isso, também a nós Jesus pergunta: “Que buscais?” Ou seja, o que procuramos nos lugares freqüentados por nós, em nossas companhias, amizades, ações, etc.? Buscamos a glória de Deus e de sua Santa Igreja? Será o Reino dos Céus, a edificação dos outros, nossa salvação, nossa santificação? Ou, pelo contrário, será nossa vanglória, nosso amor próprio, nossa sensualidade, nossos prazeres? É possível que nós não Lhe queiramos responder agora, porém, no dia do Juízo — particular e final —, deveremos prestar-Lhe contas exatas, diante dos Anjos e dos homens.

Imitemos os dois discípulos, e perguntemos a Jesus onde vive Ele atualmente. Imaginemos qual seria sua resposta. Certamente não O encontraremos nos espetáculos imorais, nem nas disputas vaidosas, etc. Antes de tudo, Jesus vive no Céu, como no tabernáculo, mas também no coração dos inocentes, de todos os que se mantêm na graça de Deus e fogem do pecado. Nós bem o sabemos...

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