Tríduo Pascal

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Evangelho 4º Domingo Páscoa ano B

Continuação


Um só rebanho e um só Pastor
Pelos antecedentes e por todo o contexto no qual ocorre, a presente parábola leva-nos a compreender a divina excelência do Bom Pastor. Jesus não só conhece como efetivamente ama suas ovelhas desde toda a eternidade. Ele as criou, uma a uma, e as redimiu com seu próprio sangue, elevando-as a participarem de sua vida. Ademais, deixou-se como alimento na Eucaristia até a consumação dos séculos. Seu trato para com o rebanho atinge extremos inimagináveis até mesmo pelo mais perfeito dos Anjos.
Através da Fé e em virtude da Graça, suas ovelhas, por reciprocidade, conhecem-No, n’Ele esperam e operosamente O amam. Assim, Bom Pastor e ovelhas relacionam-se de maneira semelhante ao convívio existente entre as três pessoas da Santíssima Trindade, em um só Deus. Essa é a principal razão de seu desejo-profecia: “Haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10, 16).
Através da entrega de sua própria vida, sobre a qual Ele tem um poder absoluto, obterá Jesus uma unidade entre Pastor e redil.
Também nós devemos ser pastores...
Dispôs Deus que as figuras do cordeiro, do rebanho e do pastor facilitassem ao homem a compreensão da necessidade do apostolado. Em sua substância simbólica, elas reforçam princípios enunciados ao longo da Sagrada Escritura: “E impôs a cada um deveres para com o próximo” (Ecli 17, 12).
Em relação a Jesus, somos cordeiros; é nossa obrigação moral e religiosa reconhecer-Lhe a voz e seguir-lhe os passos. Mas somos também muitas vezes chamados a representar o papel de pastores para com nossos irmãos, dever de caridade, como nos ensina São Pedro: “Cada um, segundo o que recebeu, comunique-o aos outros, como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4, 10). Caso assim não procedamos, seremos julgados como o servo mau e preguiçoso da parábola dos talentos (cf. Mt 25, 14-30).
O trecho do Evangelho que acabamos de analisar constitui uma premente conclamação para a participação efetiva, dedicada e entusiasmada de todos os fiéis nas tarefas de apostolado. A obrigação de evangelizar não é exclusiva dos religiosos, mas também de todo batizado. Por este sacramento, cada um de nós é incorporado a uma sociedade espiritual — a Santa Igreja Católica — regida pela Comunhão dos Santos, recebendo uma vocação geral de apostolado e uma missão individual de expandir o Reino de Cristo. Mais especialmente encontram-se concernidas nisto as associações e movimentos católicos.
Para a realização dessa atividade, o campo de trabalho mais indicado é a paróquia. Em outros termos, nada mais louvável e eficiente do que contribuir para o revigoramento de nossas paróquias, esforçando-nos por incluir neste âmbito todos aqueles que estejam a nosso alcance.

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