Tríduo Pascal

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

EVANGELHO FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO — 9 DE NOVEMBRO

CONCLUSÃO DOS COMENTÁRIOS AO EVANGELHO DA FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO — 9 DE NOVEMBRO —


Mãos que abençoam também castigam
15 Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas.
Como devemos entender o fato de Jesus, a substância da própria Bondade, dar vazão ali à sua divina cólera? Ele, de quem São Pedro diz que “pertransivit benefaciendo — andou fazendo o bem” (At 10, 38). Ele, que Se comove às portas da cidade de Naim com a desolação de uma viúva junto ao féretro de seu filho, e o ressuscita (cf. Lc 7, 12-16); quando o vento e a procela ameaçam a barca dos discípulos, uma ordem sua acalma por completo a tempestade (cf. Mt 8, 26); preocupa-Se com cinco mil homens e suas respectivas famílias que O seguem a um lugar deserto, e lhes proporciona alimento (cf. Mt 14, 15-21); mais tarde, o timbre de sua voz, tão imponente e poderosa, ergue do sepulcro o amigo cuja morte O fizera chorar, morto havia quatro dias: “Lazare, veni foras! — Saia fora, Lázaro!” (Jo 11, 43). Ninguém recorre a Ele sem receber um benefício. Tão longe leva o Mestre a disposição de nos socorrer, que promete: “Qualquer coisa que Me pedirdes em meu nome, vô-lo farei” (Jo 14, 14). Caminhando para o fim da vida terrena, desejoso de afastar a perturbação das almas dos Apóstolos, diz: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz” (Jo 14, 27); e no Cenáculo, após a Ressurreição, volta a confortá-los antes de partir para o Pai: “A paz esteja convosco!” (Lc 24, 36).
Aquelas mãos curam todos os que se aproximam acometidos por qualquer enfermidade: tocam os olhos de um cego e este recupera a vista (cf. Mc 8, 25), os ouvidos de um surdo-mudo e, somando-se o gesto à palavra “Efeta! — Abre-te!”, ele não só ouve como também fala (cf. Mc 7, 34-35). Mãos que livram a sogra de Pedro de uma febre (cf. Mt 8, 14-15), e ao segurarem a mão da falecida filha de Jairo restituem-lhe a vida (cf. Lc 8, 54-55).

Aquelas mãos feitas para abençoar, em determinado momento decidem dar uma bênção especial, com um hissope peculiar: um látego. Jesus, conhecedor de todos os segredos da natureza, terá escolhido fibras adequadas para tecer esse instrumento com maestria única. Não imaginemos que Ele acariciasse com suavidade e doçura as costas dos que lá se encontravam. Pelo contrário, usa de violência pondo-os para fora e derrubando as mesas dos cambistas, de maneira a fazer rolar as moedas pelo chão. Segundo se calcula, eram nada menos que duas mil pessoas transitando nessa área, e Cristo as expulsou sozinho, valendo-Se apenas de um chicote. Isso nos ajuda a medir não apenas a intensidade da cólera e a força de seu braço, mas, sobretudo, o ímpeto vindo do fundo de sua Alma, inteiramente aliado à ira divina. E assim como sabemos existir n’Ele quatro formas de conhecimento — o divino, o beatífico, o infuso e o experimental —, poderíamos considerar sua indignação sob cada um desses aspectos.
O grave pecado dos fautores do comércio
16 E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’
As palavras de Nosso Senhor — “Tirai isto daqui!” — são impositivas, permitindo-nos comprovar mais uma vez seu império absoluto. Em seguida acusa-os por terem transformado um local tão sagrado quanto a casa de seu Pai numa “casa de comércio”. No futuro, ao expulsar de novo os vendilhões, Ele externará sua ira pela reincidência neste grave pecado, denominando o Templo conspurcado com um termo ainda mais incisivo: “covil de ladrões” (Mt 21, 13; Mc 11, 17; Lc 19, 46).
De fato, essa situação criada com o passar dos anos proporcionava renda ilícita não só aos vendedores e cambistas, mas em primeiro lugar aos membros do Sinédrio, de maneira particular à família sacerdotal de Anás. Haviam eles instituído um sistema de controle desse comércio e um monopólio sobre todos os trâmites ali efetuados. Livres de qualquer concorrência, aproveitavam-se das exigências legais para impor valores inflados, configurar roubos e extorquir do povo as mais variadas quantias.7
A verdadeira origem da indignação do Divino Mestre
17 Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumir’.
O modo de proceder de Nosso Senhor sugere uma pergunta: deixou Ele de ser bondoso naquela ocasião? Ele, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, não pode ter nenhuma reação desequilibrada ou defectiva; n’Ele tudo é perfeito, por ser a própria Perfeição. Como discernir, então, a sua misericórdia no momento em que emprega a força física? Como descobrir as qualidades do “Príncipe da Paz” (Is 9,5) n’Aquele que empunha um açoite?
Quando se fala em paz, se esquece com frequência da célebre definição de Santo Agostinho: “pax omnium renim, tranquilitas ordinis — a paz é a tranquilidade da ordem”.8 Onde não se estabelece a tranquilidade, ainda que haja ordem, não há paz; e tampouco se deve afirmar que ela existe havendo tranquilidade, mas sem ordem. Ora, os vendilhões atentavam contra a ordem e, além disso, perturbavam a tranquilidade. Cabia a Cristo, sublime modelo para todos os homens, constituir-Se como exemplo também dos que são chamados a utilizar a força para instaurar a disciplina e manter a paz, o que muitas vezes só é possível através de métodos impositivos.
Sendo Deus, Ele poderia ter agido nessa hora como mais tarde no Horto das Oliveiras. Ao se aproximarem os enviados dos pontifices e dos fariseus para prendê-Lo, Ele Se adiantou e perguntou: ‘A quem buscais?”. Responderam eles “A Jesus Nazareno”, e Ele disse “Ego sum! — Sou Eu” (Jo 18, 4-5). No mesmo instante todos caíram com a face por terra, pelo impacto de sua personalidade. Agora, entretanto, Ele mesmo confecciona e usa um chicote.
Em nossos dias, muitos manifestam dificuldade em compreender a conduta do Salvador nesse episódio, por não vislumbrarem ali os efeitos de sua misericórdia. Lembremo-nos de que Jesus assim procedeu para benefício das almas, com enorme empenho em perdoar, corrigir e conceder a salvação. Quem afirmaria que o Divino Mestre, de chicote na mão, deseja nos dar a felicidade? É indispensável partir sempre do princípio de que tudo quanto Ele fez não poderia ser melhor. Se Ele perdoa a adúltera (cf. Jo 8, 11), a samaritana (cf. Jo 4, 4-42), Santa Maria Madalena (cf. Mc 16, 9), cura os enfermos, ressuscita os mortos, multiplica os pães e os peixes (cf. Mc 6, 38-44) e até caminha sobre as águas (cf. Mt 14, 26), é com o intuito de favorecer todos, movido pelo mesmo zelo que manifesta pela casa de seu Pai, que vê maculada por um tumulto comercial e por interesses alheios à Religião.
Os judeus pedem um sinal
18 Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”
Com a insolente atitude de exigir de Nosso Senhor um sinal, na realidade eles pedem explicações sobre sua autoridade e a razão que O levou a expulsar os comerciantes. Querem uma prova, fiéis ao mau costume — característico de seus antepassados, desde remotos tempos — de acreditar tão só pela confirmação de acontecimentos espetaculares. Custa-nos avaliar que espécie de fé possuíam essas almas, pois se para crer precisavam testemunhar milagres estrondosos, onde estava o mérito?
No entanto, se realmente esperavam um sinal, deveriam reconhecer que o fato de um só homem afugentar milhares de pessoas era a demonstração claríssima de estar agindo por força sobre-humana. Numa época em que não existiam as armas de fogo, Ele nem sequer Se serviu da espada ou da lança, mas teceu um chicote de cordas, de si insuficiente para amedrontar todos os presentes. Em tese, bastaria dominar o seu braço para impedi-Lo de continuar e a vitória dos negociantes estaria assegurada. Eles poderiam tê-Lo prendido, interrogado e levado à morte no mesmo dia.
É evidente que não o tentaram fazer porque estavam tomados de pavor. Na verdade, ninguém teve coragem de se levantar contra Ele! Que outro sinal buscavam? Essa -falta de reação dos maus, paralisados pelo temor imposto por Nosso Senhor, era demonstração de um tão extraordinário poder, que bem poderia afirmar Jesus: “O sinal que vós quereis é o medo que tendes de Mim!”. Todavia, Ele vai atendê-los concedendo por misericórdia aquilo que pedem.
Um Templo Superior ao Templo
19 Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias o levantarei” 20 Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste Santuário e Tu o levantarás em três dias?”. 21 Mas Jesus estava falando do Templo do seu Corpo.
22 Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram_se do que Ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra d’Ele.
A enigmática resposta do Filho de Deus fê-los pensar, não sem grande culpa, que Ele pretendia destruir o Templo. Esta blasfema suposição seria mais tarde alegada junto ao sumo sacerdote e a todo o Sinédrio para endossar a sua condenação à morte (cf. Mt 26, 61; Mc 14, 58). Tanto a intenção quanto o dito do Divino Mestre foram, na verdade, bem diferentes.
Qual era a prova que Ele haveria de dar? A sua própria Ressurreição, pois os judeus iam matá-Lo, destruindo o Templo “do seu Corpo”, e Ele triunfaria da morte, cumprindo com exatidão esta profecia.
Nosso Senhor Jesus Cristo era plenamente homem, tinha Corpo e Alma, com inteligência, vontade e sensibilidade. Como todos nós, padecia cansaço, fome, sede e outras consequências do estado de contingência que assumira — exceto o pecado (cf. Hb 4, 15) –, como recorda São Cirilo de Alexandria: “Com efeito, está dito que Ele teve fome, que suportou as fadigas de longas caminhadas, o abatimento, o temor, a aflição, a agonia e a morte na Cruz. [..) E assim como Ele é completo em sua divindade, também é completo em sua humanidade” 9.
A partir do momento em que Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Se encarna e assume a nossa natureza, seu Corpo passa a ser o Templo perfeitíssimo de Deus — não apenas do Filho, mas também do Pai e do Espírito Santo — estabelecido na face da Terra como pedra angular, peça principal e Cabeça da Santa Igreja. Esse Templo, encontramo-Lo ainda hoje de forma invisível, mas real, na Eucaristia. E Deus deseja que se construam templos para abrigar o Templo verdadeiro da Santíssima Trindade, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, oculto sob as Sagradas Espécies.
III – NÓS TAMBÉM SOMOS TEMPLOS DE DEUS
O ensinamento do Apóstolo na segunda leitura (I Cor 3, 9c-11.16-l7) nos dá o desfecho da Liturgia de hoje: “Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?” (I Cor 3, 16). Pelo Sacramento do Batismo também nós nos tornamos templos de Deus, a um título muito superior ao do templo puramente material ou do tabernáculo. Este, por mais nobre e valioso que seja, não pode manter um colóquio com Cristo Jesus nem ser inabitado por Ele, e apenas O protege.
O primeiro Templo de Jerusalém, considerado como o ponto de referência máximo em todo Israel, foi destruído. Após a reedificação ele já não possuía a magnificência de outrora, e houve quem lamentasse o fato. Contudo, o profeta Ageu chegou a afirmar que o edifício anterior não conhecera a grandeza reservada ao segundo (cf. Ag 2, 9), a glória de ser visitado pelo Homem-Deus. De modo análogo, o templo que somos nós atinge a plenitude de sua beleza pela infusão da graça divina e pelos efeitos da presença do Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor na Sagrada Eucaristia.
Nosso templo deve ser sempre embelezado
Por isso, devemos cuidar desse templo vivo como Jesus cuidava de Si mesmo e estar totalmente dispostos a vencer qualquer paixão ou má inclinação para mantê-lo intacto, lembrando a justa ameaça de São Paulo: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário” (I Cor 3, 17). Na medida em que somos íntegros, enriquecemos e aprimoramos nosso templo com vitrais, pinturas, símbolos, cores e belos mármores, e conforme crescemos em piedade eucarística, entregamo-nos a Nosso Senhor, fugimos do pecado e combatemos os nossos defeitos e caprichos, mais as suas paredes se tomam abençoadas e somos penetrados pela presença da Santíssima Trindade, que passa a falar com mais frequência no interior da alma.
Não permitamos a profanação desse templo
Portanto, que a acolhida de Jesus em nosso templo não se assemelhe à que Lhe foi dada no Templo de Jerusalém, que, embora O tenha recebido na Apresentação e nas suas múltiplas pregações, depois não quis reconhecê-Lo como Redentor, Sumo Pontífice e seu verdadeiro Senhor. Não profanemos nosso recinto sagrado, como não pode ser profanado o tabernáculo que contém o Santíssimo Sacramento. Não permitamos de maneira alguma o estabelecimento de um comércio ilegítimo em nossa alma, pior que o câmbio de moedas ou a venda de animais: a admiração pelas coisas do mundo que nos distanciam de Deus. Em quantas ocasiões da vida, especialmente neste tempo em que o pecado campeia por toda a Terra, corremos o risco de transformar nosso templo num “covil de ladrões”! Tomemos muito cuidado nessas circunstâncias para não trocarmos a “moeda” da eternidade pela do mundo.
Dois caminhos a escolher
Hoje somos colocados diante de dois caminhos: um no qual nos constituímos o templo vivo de Nosso Senhor Jesus Cristo que será glorificado, outro o do Templo de Jerusalém, que recusou o Homem-Deus e foi destruído, sem dele restar “pedra sobre pedra” (Lc 21, 6). Não é possível enveredarmos por uma terceira via: ou é a da aceitação plena ou a da rejeição total, iniciada muitas vezes por uma adesão a meias. Lembremo-nos de que toda mediocridade na busca da plenitude do espírito do Redentor significa uma recusa, e neste caso torna-se necessária uma reconstrução. Portanto, esta festa nos conduz a um exame de consciência e a uma tomada de atitude face à santidade séria, forte, rigorosa, vibrante e entusiasmada que Nosso Senhor espera de nós. Deus fez de nós um templo e, em certo momento, deveremos restituí-lo em ordem. Afinal, o templo do corpo foi-nos dado para que nós nos adoremos nele ou para rendermos culto ao Criador?
Senhor, puriticai este templo!
Se em alguma ocasião nosso templo foi profanado, hoje é o dia de pedir: “Senhor, vinde com vosso chicote e expulsai os vendilhões que estão dentro de mim!”. Este é o dia da expulsão dos vendilhões do templo de nossa alma, caso tenhamos permitido que nela se fizesse comércio, transformando-a num “covil de ladrões”. Aproveitemos esta festa para assimilar com ardor o ideal de integridade e sermos verdadeiramente honestos, abandonando qualquer má inclinação que possa macular, ainda que seja num ponto mínimo, o vitral de nosso templo. Façamos desde já o propósito de tratar nosso corpo com todo respeito e veneração, e de nunca usá-lo para ofender a Deus. E preferível morrer que pecar, pois ao manter-se livre de qualquer comércio, o templo de cada um ressuscitará com a glória extraordinária que lhe é prometida por Aquele que recebeu do Pai o poder de fazer justiça.
1) Cf. DARRAS, Joseph-Epiphane. Histoire générale de l’Église depuis la création jusqu’a nos jours. Paris: Louis Vivès, 1889, t.VI, p.183.
2) A doação havia sido feita pelo imperador ao Papa São Melquíades. Entretanto, este faleceu no início do ano 314 e foi em tempos de seu sucessor, o Papa São Silvestre, que a Basilica foi propriamente construída, decorada e consagrada.
3)Cf. LLORCA, SJ, Bernardino. Historia de la Iglesia Católica. Edad Antigua. Madrid: BAC, 1950, t.I, p.355-357.
4) EUSEBIO DE CESAREJA. História Eclesiástica. X, 1,8; 2,1. Madrid: BAC, 1973, vII, p.592-593.
5) Cf. FILLION, Louis-Claude. Vida de Nuestro Señor Jesucristo. Infancia y Bautismo. Madrid: Rialp, 2000, v.1, p.340-341; GOMA Y TOMAS, Isidro. El Evangelio explicado. Años primero y segundo de la vida pública de Jesús. Barcelona: Rafael Casulleras, 1930, v.11, p.10.
6) Cf. TUYA, OF, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, 1964, v.’v p.1015-1016; SCHUSTER, Ignacio; HOLZAMMER, Juan B. Historia Bthlica. Barcelona: litúrgica Española, 1935, tII, p.152, nota 1; FILLION, op. cit., p.338; WILLAM, Franz Michel. A vida de Jesus nopals e no povo de Israel. Petrópolis: Vozes, 1939, p.103-104.
7) Cf. EDERSHEIM, Alfred. The Life and Times of Jesus the Messiah. Grand Rapids (MI): Eerdmans, 1976, v.1, p.370-373; RICCIOTTI, Giuseppe. Vita di Gesù Cristo. 14.ed. Città dei Vaticano: T. Poliglotta Vaticana, 1941, p.49-50; 66; 69; BONSIRVEN, SJ, Joseph. Textes rabbiniques des deux premiers siècles chrétiens. Roma: Pontifício Instituto Bíblico, 1955, p.206; 594; Le judaïsme palestinien au temps de Jésus-Christ. 2.ed. Paris: Gabriel Beauchesne, 1935, tIl, p.132-133.
8) SANTO AGOSTINHO De Civitate Dei. L.XIX, c.13, n.1. In: Obras. Madrid: BAC, 1958, v.XVI-XVII, p.1398.

9)SÀO CIRILO DE ALEXANDRIA. Dialogue sur l’Incarnation du monogène, 692e; 694d. In: Deux Dialogues Christologiques. Paris: Du Cerf, 2008, p.233; 241.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva seus comentarios e sugerencias