Tríduo Pascal

sábado, 27 de agosto de 2016

Evangelho 23º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Lc 14, 25-33

Comentários ao Evangelho 23º Domingo do Tempo Comum - Ano C
"Naquele tempo, 25 grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-Se, Ele lhes disse: 26 ‘Se alguém vem a Mim, mas não se desapega de seu pai e de sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de Mim, não pode ser Meu discípulo. 28 Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário 29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30 ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!' 31 Ou ainda: Qual o rei que ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32 Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser Meu discípulo!'" (Lc 14, 25-33).
Claras são as condições para seguirmos a Jesus. Depende de nos libertarmos das amarras que nos prendem à terra
Mons. João Clá Dias, EP
I - Amarras e lastros na vida espiritual
Em junho de 1783, os irmãos Joseph-Michel e Jacques-Étienne Montgolfier, filhos de um fabricante de papel de Lyon, conseguiram fazer voar, perante os assombrados olhos dos seus conterrâneos, um grande balão feito de linho, com 32 metros de circunferência. Cheio de ar quente fornecido pela combustão de palha seca, a aparatosa invenção elevou-se várias centenas de metros acima do solo e percorreu em dez minutos uma distância de dois a três quilômetros. Três meses depois, repetiram com êxito sua experiência no Parque de Versalhes, diante de Luís XVI, Maria Antonieta e toda a corte da França.
Desde então, foi muito aperfeiçoada a técnica de fabricação dos aeróstatos, mas o princípio de seu funcionamento - baseado numa das mais elementares leis da Física - continua inalterado: sendo mais leve, o ar quente tende a subir. Enquanto está sendo enchido de ar, o balão fica preso ao solo por amarras. Em certo momento, são elas soltas e o engenho inicia sua ascensão, sendo então preciso ir liberando lastros gradativamente para ele poder atingir uma altura maior.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Comentários ao Evangelho São Lucas 1,7

Veja a homilia de Mons João Clá Dias comentando o Evangelho de São Lucas 1, 7
1.Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo. 2.Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida! 3.Então lhes propôs a seguinte parábola: 4.Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? 5.E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo, 6.e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido. 7.Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

domingo, 21 de agosto de 2016

Evangelho XXII Domingo do Tempo Comum – Ano C

Comentários ao Evangelho -  Lc 14, 1.7-14 
22º domingo do Tempo Comum – Ano C   
1 "Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles O observavam. 7 Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8 ‘Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9 e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele'. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10 Mas quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima'. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11 Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado'. 12 E disse também a quem O tinha convidado: ‘Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13 Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14 Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos'" (Lc 14, 1.7-14).
Repetidas vezes nos alerta o Divino Mestre contra o orgulho, de cujos efeitos todos padecemos, infelizmente. Como combatê-lo com eficácia? No que consiste a verdadeira humildade? Muitos, por equívoco, a confundem com mediocridade.
I - Choque entre dois modos de ser
Nesta terra de exílio, um dos melhores modos de nos comunicarmos com Deus e termos, assim, algum antegozo da visão beatífica é contemplar os símbolos do Criador postos no universo, pois "as perfeições invisíveis de Deus, o Seu sempiterno poder e divindade, tornam-se visíveis à inteligência, por suas obras" (Rm 1, 20). Ou seja, desde que queiramos, é-nos dado discernir o Invisível no visível, o Infinito no finito, o Criador nas criaturas.
"Eis o Cordeiro de Deus"
Por isso, a Divina Providência dispôs na natureza uma abundância de símbolos de grande expressão, alguns dos quais foram aplicados ao próprio Filho de Deus, a fim de melhor O conhecermos e mais O amarmos. Ele mesmo Se apresenta como a videira cujos ramos produzem muito fruto (cf. Jo 15, 1-5), ou como o Bom Pastor, que dá a vida por Suas ovelhas (cf. Jo 10, 11-16). Também é o Messias chamado de Leão da tribo de Judá (Ap 5, 5), e como tal Se manifesta ao repreender com severidade os fariseus (cf. Mt 23, 13-33), e ao "expulsar os que no templo vendiam e compravam" (Mc 11, 15).