Tríduo Pascal

sábado, 3 de junho de 2017

Homilia Pentecostes


Assista a homilia de Mons João Clá Dias sobre a Solenidade de Pentecostes clicando na imagem abaixo.



http://s3.amazonaws.com/video.ae/6/17/00000120-38ea-0736-1b37-7298ceebff64.mp4

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Evangelho Solenidade de Pentecostes (Missa do Dia)

Comentários ao Evangelho Solenidade de Pentecostes (Missa do Dia)
19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-Se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20 Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21 Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio”. 22 E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes eles lhes serão retidos” (Jo 20, 19-23).


I - A IGREJA POR OCASIÃO DE PENTECOSTES

Oração numa atmosfera de harmonia e concórdia
Como outras tantas festas litúrgicas, Pentecostes nos faz recordar um dos grandes mistérios da fundação da Igreja por Jesus. Encontrava-se ela em estado ainda quase embrionário - alegoricamente, poder-se-ia compará-la a uma menina de tenra idade - reunida em torno da Mãe de Cristo. Ali no Cenáculo, conforme nos descrevem os Atos dos Apóstolos na primeira leitura, passaram-se fenômenos místicos de excelsa magnitude, acompanhados de manifestações sensíveis de ordem natural: ruído como de um vento impetuoso, línguas de fogo, os discípulos exprimindo-se em línguas diversas sem tê-las antes aprendido. A alta significação simbólica do conjunto desses acontecimentos, como de cada um em particular, constituiu matéria para inúmeros e substanciosos comentários de exegetas e teólogos de grande valor, como se torna claro por anteriores observações feitas por nós em artigo publicado em 2002 (1). Hoje, cabe-nos ressaltar outros aspectos de não menor importância correlacionados com a narração feita por São Lucas (At 2, 1-11), para assim melhor entender o Evangelho em questão e, portanto, a própria festividade de Pentecostes.
Enquanto figura exponencial, destaca- se Maria Santíssima, predestinada desde toda a eternidade a ser Mãe de Deus. Dir-se-ia que havia atingido a plenitude máxima de todas as graças e dons, entretanto, em Pentecostes, mais e mais Lhe seria concedido. Assim como fora eleita para o insuperável dom da maternidade divina, cabia-Lhe o tornar-se Mãe do Corpo Místico de Cristo e, tal qual se deu na Encarnação do Verbo, desceu sobre Ela o Espírito Santo, por meio de uma nova e riquíssima efusão de graças, a fim de adorná-La com virtudes e dons próprios e proclamá-La "Mãe da Igreja".

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Evangelho Vigília Pentecostes - Jo 7, 37-39 - Ano A

Comentários ao Evangelho da Missa da Vigília de Pentecostes - Jo 7, 37-39
37 No último dia da festa, o dia mais solene, Jesus, em pé, proclamou em voz alta: Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. 38 Aquele que crê em Mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior”. 39 Jesus falava do Espírito, que deviam receber os que tivessem fé n’Ele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado (Jo 7, 37-39).
Jesus glorioso nos precede!
A restauração da humanidade corrompida pelo orgulho só é possível por uma generosa efusão do Espírito Santo. A Paixão e consequente glorificação do Homem-Deus a conquistaram para nós.
I - JESUS E MARIA, CENTRO DA CRIAÇÃO
Jesus é a Verdade, a Bondade e a Beleza absolutas e, portanto, a Perfeição. Ele visa, ao agir, o mais elevado e excelente em tudo. Desta forma, o universo — essa magnífica obra dos seis dias preferida por Ele dentre os infinitos mundos possíveis — “não pode ser melhor do que é, se o supomos como constituído pelas coisas atuais, em razão da ordem muito apropriada atribuída às coisas por Deus e em que consiste o bem do universo”,1 comenta São Tomás de Aquino.
Na criação, Nosso Senhor Jesus Cristo é a pedra angular, rejeitada pelos construtores, mas centro da atenção do próprio Deus (cf. I Pd 2, 4-5); pedra em função da qual tudo se estrutura. Com efeito, desde toda a eternidade, na mente divina esteve em primeiro lugar a figura majestosa e insuperável de Cristo, Deus feito Homem e, inseparável dela, a da Santíssima Virgem. Pois, tal é a relação existente entre ambos, que a maioria dos teólogos defende a tese de terem sido Jesus e Maria predestinados num único e mesmo decreto divino.2 Eles são o ponto de referência essencial para a criação de todo o universo. Por isso, pode-se afirmar que tanto um quanto outro estão, em algo, representados em todas as criaturas.

domingo, 28 de maio de 2017

Comentários Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel

Meditação e comentários de Mons João Clá Dias à festa da Visitação de Nossa Senhora

I – Maria nos convida a empreender um caminho …
39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. (Lc 1, 39-40). Maria nos dá o exemplo de quanto nós devemos ser sensíveis, o quanto devemos ser flexíveis, o quanto devemos estar prontos para atender as inspirações que Deus põe em nossas almas.
   Quantas e quantas vezes nós, ao longo de nossa vida, temos essas ou aquelas inspirações, temos esses ou aqueles toques interiores da graça, sentimos em nossa alma que devemos empreender um caminho ou então abandonar algo que nos prejudica, que nos leva a ofender a Deus. Quantas vezes sentimos a voz de consciência, ou a própria voz de Deus nos convidando a empreender um caminho…
   Nossa Senhora foi visitar Santa Isabel, não porque pudesse haver qualquer resquício de dúvida sobre o que tinha dito o Anjo, ou então que este a tivesse enganado. Jamais isto teria acontecido. Ela foi visitar a prima porque recebeu uma inspiração de fazê-lo, foi tocada por uma graça, recebendo assim, um impulso em seu interior e obedecendo a este prontamente. Ela põe-se a campo, porque lhe veio ao espírito uma preocupação:
   ‘Minha prima está para dar a luz, não contou nada a ninguém, não haverá quem a ajude, ela não tem filhos, está sozinha, eu preciso ajudá-la. Maria não pensou em si; bateu-se em direção à cidade em que estava Santa Isabel, que era distante de três a quatro dias de caminhada. Certamente acompanhou alguma caravana que por lá passava, pois, viajar sozinho naquela época, era um risco enorme.
   Entretanto, pôs-se em direção para onde? O Evangelho diz:” dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia”.