Comentários ao Evangelho do Dia do Natal do Senhor - Ano C
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra
era Deus.
2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela
nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas
trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 9Era a luz de verdade, que,
vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o
mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a
acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem
filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não
nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus
mesmo.
14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua
glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de
verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse:
O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de
mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio
de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus
Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na
intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.(Jo 1, 1-18)
Quer na Gruta de Belém, quer durante sua
vida familiar, Jesus foi o divino exemplo de quanto devemos nos fazer “como
meninos”. Sua inocência cresceu em manifestações ao longo de sua vida até o
momento em que, morrendo crucificado, redimiu o gênero humano. Passados dois
milênios, continua necessária a inocência. Cabe aos homens tornarem-se “como
meninos” para a resolução da grande crise atual. Bem junto ao Presépio,
meditemos sobre o Divino Infante neste proceloso Natal de 2015.
I–Fez-se
menino e habitou entre nós
A pleno júbilo repicam os sinos à
meia-noite. Numa envolvente atmosfera de alegria, paz e harmonia, marcam eles o
início da Missa do Galo. No interior do edifício sagrado quase não há sombras,
a luz domina o ambiente, em inefável sintonia com o órgão e as melodiosas
vozes. Os fiéis sentem-se atraídos a meditar sobre um dos principais mistérios
de nossa fé, a Encarnação do Verbo, o nascimento do Menino Jesus.
Deus quis se fazer conhecer pelos homens
Cada festa litúrgica, ao nos propor a
consideração de um determinado aspecto do Salvador, desperta em nós reações às
vezes intensas: o Tabor nos causa admiração pelo brilho do acontecimento;
acompanhando os Passos da Paixão, as lágrimas banham nossas faces; vibramos de
gáudio ao considerar a Ressurreição e a Ascensão. E a doçura radiante emitida
pela manjedoura de Belém não só nos encanta, como pervade nossas almas e as
envolve em doce suavidade.
Ali está a Bondade em essência, sob a
roupagem de nossa débil natureza. Nela realizou-se um dos maiores desígnios da
Trindade Santíssima em relação aos habitantes deste vale de lágrimas.
Deus falou-nos durante séculos,
através das criaturas e dos profetas, tornando patente seu empenhado desejo de
fazer-Se conhecer pelos homens. E, afinal, acabou por nos enviar seu próprio Filho.
“Nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele
constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual ele criou o universo” (Hb 1,
2).
A partir de então, Ele se pôs ao
alcance de nossa inteligência, pelas obras de Deus humanado. Quem poderia
imaginar um meio mais excelente de comunicação entre Criador e criaturas?
Majestade e humildade se osculam
Junto ao Presépio encontraremos a
mais bela e eficaz manifestação do grande poder de Deus: uma criança nascida
para elevar, pela ação da graça, o gênero humano tão decaído pelo pecado. Por
essas razões, ao adorar Aquele tenro e delicado Menino, louvaremos a gloriosa
majestade de Deus fazendo-se compatível com a humildade.
Majestade e humildade infinitas, extremos opostos, paradoxo adorável. Esse
Divino Menino, com todas as contingências inerentes à infância, tem,
entretanto, na plenitude, a visão beatífica. Ele sente o frio do inverno,
padece fome e sede, chora, e, sem embargo, é totalmente feliz. Nós O
contemplamos na sua imensa fragilidade, de dentro da qual Ele está redimindo o
mundo.
As palavras do vocabulário humano são insuficientes para comentar o quanto o
Natal é uma das maisbelas provas do amor de Deus pelos homens. Contentemo-nos
com a afirmação de São João: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que
lhe deu seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a
vida eterna” (Jo 3, 16).
“Puer natus est nobis!”
“Nasceu-nos um Menino!” Haverá
maneira mais singela de referirmo-nos a Deus? Abandona Ele os fulgores da
divindade e se apresenta, sobre palhas, na fragilidade de um recém-nascido.
Durante séculos e séculos suspiraram
os profetas por esse dia, tornado, por fim, realidade: “Um menino nos nasceu,
um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama:
Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da Paz. Seu império
será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino.
Ele o firmará e o manterá pelo
direito e pela justiça, desde agora e para sempre” (Is 9, 5-6).
A justiça se faz misericórdia...
O surgimento desse Menino no cenário psicológico e religioso da mundo
antigo representou uma contradição. O conceito de divindade — quer a real, quer
a idolátrica — baseava-se na idéia da justiça punitiva. Por exemplo, a criação
da figura mitológica greco-romana de um deus aterrorizando o Olimpo com um
simples franzir de testa, ou o universo com o agitar de sua chibata.
As próprias Escrituras Sagradas nos revelam com freqüência um Deus onipotente e
pouco propenso à contemporização. Já no Paraíso Terrestre, castigou
imediatamente nossos pais. Por um único pecado de desobediência, foram expulsos,
perderam seus dons e privilégios e ficaram à mercê das dores, das doenças e da
morte.
Crescendo e multiplicando-se os filhos de Adão sobre a terra, não tardou Deus
para, “vendo que era grande a malícia dos homens”, determinar
irreversivelmente: “Exterminarei da face da terra o homem que criei, e com ele
os animais, desde os répteis até as aves do céu; porque me pesa de os ter
feito” (Gen 6, 5 e 7). E o que dizer da grande cólera de Deus ao destruir
Sodoma e Gomorra, culminando com a punição da mulher de Lot que, “tendo olhado
para trás, ficou convertida numa coluna de sal”? (Gen 19, 26).
...e coloca-se à disposição de
todos
Longa poderia ser a enumeração dos terríveis atos de justiça do
Onipotente Legislador, descritos nas Escrituras Santas. Mas, façamos uma brusca
interrupção e acerquemo-nos novamente da manjedoura de Belém.
Quem veremos ali? O mesmo Deus. Porém, já não mais vingador, nem
incutindo pavor aos pecadores. É um alcandorado recém-nascido. Onde se encontra
a grandeza do Rei de toda a criação, capaz de reduzir a nada todo o universo,
se assim o quisesse? Onde estão os raios e os trovões que O precediam ao descer
no Sinai?
Ajoelhemo-nos com total confiança, sem o menor temor, pois temos diante
dos olhos, não a representação da infinita severidade, da ira santa e implacável,
mas, muito pelo contrário, o sorriso arrebatador de uma belíssima Criança, que
nos fará olvidar a dor de consciência de todo o nosso passado, o mal por nós
praticado e até o dissabor a ele inerente. Na Sua delicada e infantil candura,
Ele nos convida a amá-Lo com toda nossa capacidade de simpatia e afeto, e não
tardará muito para despertar no fundo de nossa alma, pelo sopro da graça, uma
poderosa aspiração para adorá-Lo.
Ele mesmo escolheu, para seu palácio, a Gruta de Belém; para seu ornato,
simples panos; para seu berço, umas surradas tábuas; e para companhia, além de
Maria e José, apenas dois animais. Não quis um só resquício de aura grandiosa,
pois desejava colocar-se ao alcance e à disposição de qualquer necessitado.
Ademais, sua grande missão é a de ser vítima.
Missão que teve seu início no
despojamento da manjedoura e seu auge no Calvário. A Cruz e o Presépio, os
melhores meios para apagar nossas ofensas a Deus.
O Salvador quis trilhar a Via-Sacra
porque, sem o seu Preciosíssimo Sangue, nossa reparação de nada nos valeria. E,
já a partir de Belém, começou a ensinar-nos a sofrer porque seus padecimentos
não nos serão inteiramente eficazes, se não forem acompanhados de nossa
arrependida penitência.
II — O Evangelho, testemunho da divindade
de Jesus
O Evangelho de hoje constitui uma das mais belas páginas da Escritura.
Em algumas frases, pervadidas de sobrenatural unção, o Apóstolo Virgem
sintetiza a história eterna e humana do Verbo de Deus, Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade. Tal qual atestam muitos e famosos autores, trata-se de um
hino a Cristo Encarnado, provavelmente escrito sem ter em vista o próprio
Evangelho, e talvez até antes deste. Alguns chegam a levantar a hipótese de São
João ter intercalado os grupos de versículos 6 a 8, 12 e 13, 15 a 17, quando
resolveu adaptar esse canto para utilizá-lo à maneira de prólogo ao seu
Evangelho.
Intuito pastoral e polêmico
São João, como já tivemos ocasião de
expor em anterior artigo, resolveu escrever um quarto relato da vida do
Salvador, apesar de já existirem os de Mateus, Lucas e Marcos, pelo seu enorme
empenho em provar e documentar a divindade de Jesus, conforme ele mesmo
declara: “Outros muitos prodígios fez ainda Jesus na presença de seus
discípulos, que não foram escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos a
fim de que acrediteis que Jesus é o Cristo, Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais a vida em seu nome” (Jo. 20, 30-31).
Vê-se claramente, por esta afirmação
colocada já quase no fim de seu relato, o quanto o prólogo é uma síntese do
Evangelho. E, por diversas razões, não se pode excluir a hipótese de ter o
autor um certo intuito polêmico.
O Cristianismo já fizera seu curso e
— além de doutrinas errôneas panteístas sobre a união das duas naturezas, a
divina e a humana, numa só Pessoa — havia também heresias que negavam a
realidade da carne de Jesus, (cf. I Jo 4, 1-3), como, por exemplo, uma forma
precoce de docetismo, assim descrita pelo próprio São João: “Porque muitos
sedutores se têm levantado no mundo, que não confessam que Jesus Cristo tenha
vindo em carne; estes tais são os sedutores, são o anti-Cristo” (II Jo 7).
“E o Verbo se fez carne” (v. 14)
É conveniente salientar que, em muitas passagens da Escritura Sagrada, o
vocábulo “carne” não tem o significado de carne sem vida, mas é sinônimo de
“homem inteiro”, com uma conotação toda especial que visa sublinhar o aspecto
de fragilidade da natureza humana. Esta é a razão pela qual não se encontra no
prólogo a expressão “se fez homem”, pois deseja o Evangelista acentuar ainda
mais a infinita distância entre Deus e a criatura na qual Ele se encarnou. Nem
sequer exprimiu-se pelos termos “fez-se corpo”, porque certamente quis evitar
que alguém viesse a crer tratar-se Cristo de um ente humano sem vida, animado
tão-somente pela divindade.
A mesma preocupação
dogmático-pastoral de São João — de deixar clara a divindade de Jesus —
transparece de certa forma no Evangelho de hoje, pelo emprego dos verbos
predominantemente no pretérito imperfeito, até o v. 14. E em contraposição, ao
referir-se à Encarnação, ele emprega o pretérito perfeito. Nos primeiros
versículos descreve a existência eterna do Verbo (“era”, “estava”, “existia”),
e a partir do v. 14 procura tornar clara sua atuação no tempo (“se fez”,
“habitou”), ou seja, o Verbo Encarnado é o Mesmo Filho Unigênito gerado pelo
Pai, desde toda eternidade.
Pelos motivos anteriormente expostos,
São João acrescenta à sua proclamação da Encarnação dois substanciais grupos de
testemu nhas: o Batista (vs. 6 a 9 e 15) e os próprios Apóstolos (v. 14),
indispensáveis para dar solidez à sua argumentação.
Considerações
próprias a alimentar nossa piedade
As considerações teológico-exegéticas sobre o Evangelho de hoje
levar-nos-iam a escrever uma enciclopédia. Mas basta-nos, por ora, ressaltar a
Sabedoria incomensurável de Deus, ao realizar a união de duas naturezas, tão
diversas, numa só Pessoa: um profundo, e ao mesmo tempo, altíssimo
mistério,impossível de explicar-se nesta terra, apesar de claramente revelado.
Aproveitemos, então, o espaço que nos
resta, para alimentar nossa piedade, perguntando-nos: como agradecer a Jesus,
no berço, tanta bondade para conosco? Quanto desejaríamos nós retribuir, com um
amor sem limites, os infinitos e sobrenaturais dons trazidos por esse Menino!
Parecer-nos-ia impossível realizar uma tal reciprocidade. Entretanto, está ela
inteiramente ao nosso alcance. Para tal, não é necessário retomarmos nosso
débil corpo de bebê dos primeiros momentos de nossa existência. Será suficiente
colocar em prática o conselho do próprio Jesus: “Na verdade vos digo que, se
não vos converterdes e não vos tornardes como meninos, não entrareis no reino
dos Céus” (Mt 18, 3).
III — Restaurar a inocência, para obter a paz
Na prática, o que significa
converter-se e tornar-se “como menino”?
A criança não conhece a mentira, a
falsidade nem a hipocrisia. Sua alma se espelha inteiramente em sua face; sua
palavra traduz com fidelidade seu pensamento, com uma franqueza emocionante.
Ela não tem as inseguranças da vaidade ou do respeito humano. Em uma palavra,
ela e a simplicidade constituem uma sólida união.
O exemplo dado pelo próprio Deus
O Divino Infante, criador das leis da natureza, em dado momento a elas
se submete como um pobre mortal. Ele deseja ensinar-nos mais esta virtude da
criança que é obediente tal qual Jesus o era a seus pais, conforme encontramos
em Lucas (2, 51): “e era-lhes submisso”. Para nosso exemplo, Ele conservou a
obediência até o último suspiro de sua existência: “Humilhou-se a Si mesmo,
fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fil 2, 8).
Que lição nos dá Jesus! A Sabedoria
Eterna, um bebê em tudo dependente dos que O cercam. Essa deve ser nossa
flexibilidade, resignação e disposição de alma diante de todas as
circunstâncias de nossa vida, prontos a dizer “sim” a qualquer mínimo convite
da graça. Eis o caminho indicado pelo Salvador, sobre as palhas da manjedoura.
Quanto nos custará, talvez, cumprir com os rigorosos deveres de uma sábia
disciplina, ou de colocar-nos sob o jugo de uma autoridade, ou de nossas responsabilidades
sociais e religiosas. Para agradecer a Jesus, seria bom impormos silêncio aos
nossos caprichos e paixões, e imitarmos a sua obediência.
Jesus ama a pureza de coração
Se há uma nota que superlativamente
nos atrai na criança, esta é, com toda certeza, a candura, que a faz ignorar a
maldade. A pureza de coração, com a qual ela cria para si um universo de beleza
moral que, se não trilhar as vias da santidade, ela perderá por não lutar
contra a concupiscência decorrente do pecado original. Esta é a virtude que
Jesus, no berço, nas praças ou no Templo, na Cruz ou na Ressurreição, mais ama
(cf. Mc 10, 13-16).
Eis a maneira de retribuirmos
plenamente ao Menino Jesus todos os benefícios recebidos: mantendo-nos
inocentes até o dia do Juízo. Aí sim, faremos sua alegria, na companhia de
Maria e José.
Mas, se a alvura de nossas vestes batismais tiver sido tisnada pelo pecado, se
foram elas rasgadas pelo desvario de nossas paixões e perderam os perfumes
daquela candura de outrora, como proceder?
Acima de tudo, não devemos nos
deixar abater. Façamos mergulhar nossa túnica nas miraculosas águas da
penitência. Elas a lavarão, reconstituirão e a impregnarão de um celestial
aroma. Nossas lágrimas de arrependimento junto ao Menino Jesus, sob a maternal
proteção de Maria Santíssima e os rogos de São José, infalivelmente nos obterão
a restauração de nossa inocência, conforme Ele mesmo nos prometeu. (1)
A inocência: a verdadeira paz para este
mundo
Peçamos a Maria que, nesta feliz e
santa noite de Natal, faça nascer o Menino Jesus no presépio de nossos
corações, para torná-los tão puros e inocentes quanto o d’Ele.
Conta-se um significativo fato ocorrido na época das caravelas. Debate-se a
frágil embarcação sob uma terrível procela. Os tripulantes põem-se todos a
rezar no tombadilho, implorando o socorro divino.
Vendo bem que nada prognosticava o
aquietamento daquelas enfurecidas ondas, rogam um milagre. Eis que, em certo
momento, o comandante percebe entre os passageiros uma mãe estreitando ao peito
seu filhinho. Sem hesitar, arranca a criança dos braços da mãe, ergue-a e
suplica em alta voz: “Senhor, nós pecadores não merecemos ser ouvidos por Vós.
Pior do que ser tragados por estas águas revoltas, nosso destino bem poderia
ser o eterno fogo do inferno. Mas, Senhor, aqui está um inocente que clama pela
vossa misericórdia e intercede por nós. Clemência, Senhor, por esta inocência!”
Antes mesmo de devolver à mãe o menino, instantaneamente, as águas tornaram-se
serenas.
Façamos o mesmo. A humanidade hoje
atravessa uma de suas maiores crises. Neste proceloso Natal de 2003,
apresentemos o Menino Jesus a Deus Pai e, pela poderosa intercessão de Maria e
José, imploremos a verdadeira paz para este mundo tão conturbadamente caótico.
Ou seja, peçamos que volte a reinar entre nós a virtude da inocência.
1) Jo 14, 13: “Tudo que pedirdes em
meu nome, Eu o farei”; Lc 11, 9-10: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e
encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede, recebe;
quem procura, encontra; e ao que bate, se lhe abrirá”.
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