Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois
da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as
estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e
glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos
de Deus, de uma extremidade à outra da terra.
28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também,
quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está
próximo, às portas. (Mc 13,
24-32).
30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto
aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.
32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas
somente o Pai”.
Comentários ao Evangelho - 33º Domingo do Tempo Comum - Mc 13,
24-32
Os novíssimos do homem
Ninguém sabe
quando deverá comparecer diante do Senhor. Falando do fim do mundo, Jesus
deseja também nos estimular à vigilância, preparando-nos para o momento em que
chegar a nossa hora.
I – Os novíssimos no inicio e fim do ciclo litúrgico
No próximo domingo,
celebraremos a Solenidade de Cristo Rei, marco do término de um ciclo litúrgico
e da abertura de outro. Foi instituída por Pio XI, em 1925, se bem que
tradicionalmente seja tão antiga quanto a própria Liturgia, conforme Schüster:
“O Santo Sacrifício e o Ofício Divino são o solene e quotidiano tributo que a
Igreja paga a Cristo, a título de Pontífice e de Rei” (1). As próprias
Escrituras são ricas em citações sobre as grandezas e extensão do império
d’Aquele que “traz escrito em seu manto e em sua coxa o nome: Rei dos reis e
Senhor dos senhores” (Ap 19, 16).
Nossa atual liturgia, reformada
após o Concílio Vaticano II, é muito substanciosa quanto a textos da Revelação,
e por isso se tornou ainda mais fácil descobrir e glosar aspectos da realeza de
Cristo. Quer esteja Ele nas glórias de um Tabor, ou Menino nas palhas de um
Presépio, ou até mesmo na agonia de um Calvário, sempre n’Ele veremos os
resplendores de sua natureza divina por trás de sua realeza.
A liturgia deste domingo