Evangelho Solenidade da Assunção de Nossa Senhora – Lc 1, 39-56
46 Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, o
meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, ‘ porque olhou para a humildade
de sua serva. Doravante todas as gerações Me chamarão Bem-Aventurada,
porque o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor, O seu nome é Santo, 50
e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que O
respeitam.
51 Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de
coração. 52 Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens
os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu
servo, lembrando-Se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos
pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”. 56 Maria ficou
três meses com Isabel: depois voltou para casa (Lc 1, 39-56).
O penhor marial
de nossa ressurreição
Na Assunção da
Virgem Maria aos Céus, Deus antecipa seu desígnio em relação à humanidade: a
ressurreição e triunfo dos justos no dia do Juízo Final.
I - GLORIOSO CUME DE
SANTIDADE
Santa Igreja
Católica, ao comemorar a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, compõe a
Liturgia com um objetivo definido, sintetizado na Oração do Dia:
“Deus eterno e
todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem
Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de
participarmos da sua glória”.1 Nossa condição humana, tão cheia de lutas e de
dramas, e ao mesmo tempo de graças, tende a voltar-se para as realidades
concretas que nos cercam — saúde, dinheiro, relações, etc. —, esquecendo-se das
maravilhas sobrenaturais, quando na verdade sua contemplação é essencial para
nos tornarmos partícipes da glória de Nossa Senhora.
Sinal da
importância de nos atermos em primeiro lugar aos bens do alto é que eles nos
serão concedidos por todo o sempre, se nos salvarmos. O estado de prova no qual
nos encontramos é efêmero e, ao se concluírem os breves dias de nossa
existência, entraremos na eternidade, onde viveremos em permanente convívio com
Deus, os Anjos e os Santos, no Céu, ou com os demônios e os condenados, no
inferno.