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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O “batismo” da rejeição

Se, porém, Jesus sabia desde toda a eternidade que “nenhum profeta é bem recebido na sua terra” (v. 24), por que desejou então retornar à aldeia de sua juventude? É que, além do batismo penitencial de João, buscava outro, o da rejeição... Esse é o terrível drama do verdadeiro apóstolo: ir aos seus, e os seus não o receberem (cf. Jo 1, 11).
Trata-se de um dos mais dolorosos estigmas, companheiro inseparável de tantos santos ao longo dos séculos, quer os do passado, quer também os do futuro até a vinda de Enoc e Elias, no fim dos tempos. A Santa Igreja, fundada por Cristo, se enriquece com os méritos daqueles que são desprezados por amor à justiça: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5, 10). Em Nazaré, com Jesus, encontram eles o consolo e a sustentação no exemplo divino.
Devemos ter bem presentes essas considerações, antes de acompanharmos o Salvador em seus passos pela aldeia de Nazaré, sobretudo naquele sábado em que Ele se encontrava na sinagoga. Ser-nos-á fácil compreender como não deve ter sido apoteótico esse seu retorno, apesar de haver certa expectativa entre o povo.
Continua no próximo post.

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