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sábado, 14 de janeiro de 2012

São João Batista - restituição

Continuação do post anterior.
33Eu não O conhecia, mas O que me mandou batizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que batiza no Espírito Santo.
Reafirma São João Batista não ter antes conhecido Jesus. Compreende- se sua insistência a esse respeito, pois os laços familiares eram vigorosos naqueles tempos e havia o risco de interpretarem as palavras do Precursor sob um prisma meramente humano.
Era indispensável fixar a atenção de todos na origem divina de suas proclamações, daí a referência Àquele que o havia mandado batizar.
34Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus.
Sim, Jesus é o Unigênito do Pai. Enquanto os outros todos — inclusive a Santíssima Virgem — somos filhos adotivos, Jesus é gerado e não criado, desde toda a eternidade. João já havia declarado ser o Messias o Cordeiro de Deus, que batizaria no Espírito Santo. Porém, esta é a primeira vez que declara tratar-se especificamente do Filho de Deus.
CASTIGO DA AMBIÇÃO E DA INVEJA
O castigo de Deus à ambição e à inveja se faz presente não só na eternidade, mas também nesta vida. Quem se deixa arrastar por esses vícios, perde a noção do verdadeiro repouso e passa a viver constantemente na preocupação, na inquietude e na ansiedade. Sempre estará atormentado pelo pavor de ficar à margem, de ser esquecido, igualado ou superado. Sua existência será um inferno antecipado e essas paixões se constituirão em seus próprios carrascos.
Pelo contrário, quanta felicidade, paz e doçura têm as almas que são despretensiosas, reconhecedoras dos bens e das qualidades alheias, restituidoras a Deus dos dons por Ele concedidos.
Entremos na escola de Maria, e d’Ela aprendamos a restituir a Deus nosso ser, nossa família e todos os nossos haveres. Ela nos ensinará a glorificar ao Senhor por ter contemplado o nosso nada e, como resultado, nosso espírito exultará de alegria (Lc 1, 47), a exemplo de seu primeiro discípulo, São João Batista.
1) Suma Teológica III, q. 38, a. 1 ad. 2. ) Cf. Adversus Marcionem, IV, 33: PL 2, 471. 3 ) Suma Teológica II-II, q. 36, a. 1. 4 ) Suma Teológica II-II, q. 36, a.1, ad. 2. 5 ) Apud Catena Áurea, in Jo I, 29.

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