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sábado, 30 de junho de 2012

Evangelho Solenidade São Pedro e São Paulo - Mt 16, 13-19

Final
Nasce uma obra indestrutível
É de pasmar o desenrolar desse acontecimento histórico ocorrido na “região de Cesaréia de Filipe”. Um simples pescador da Betsaida proclama que o filho de um carpinteiro é realmente Filho de Deus, por natureza. Este, em seguida, anuncia que edificará uma obra indestrutível e deixará em mãos de seu administrador, com plenos poderes de jurisdição e magistério, “as chaves do Reino do Céu”. O ambiente que os cerca é pobre, árido mas com certa grandeza. Ali é plantado “o grão de mostarda”, do qual nasceriam as igrejas, as catedrais, as cerimônias, os vitrais, as universidades, os hospitais, os mártires, os confessores, as virgens, os doutores, os santos, enfim, a Santa Igreja Católica Apostólica e Romana.
Passaram-se dois milênios e, depois de tantas e catastróficas procelas, inabalável continua essa “nau de Pedro”, tendo Cristo, com poder absoluto, em seu centro. Nenhuma outra instituição resistiu à corrupção produzida pelos desvios morais ou pela perversão da razão e do egoísmo humano. Só a Igreja soube enfrentar as teorias caóticas, opondo-lhes a verdade eterna; arrefecer o egoísmo, a violência e a volúpia, utilizando as armas da caridade, justiça e santidade; pervadir e reformar os poderes despóticos e materialistas deste mundo, com a solene e desarmada influência de uma sábia, serena e maternal autoridade. Não podiam mãos meramente humanas erigir tão portentosa obra, só mesmo a virtude do próprio Deus seria capaz de conferir santidade e elevar à glória eterna homens concebidos no pecado.

CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. A Guerra e o Corpo Místico, em “O Legionário”, de 16/4/1944.
AQUINO, São Tomás de. Catena Aurea.
CRISÓSTOMO, São João. Homilia 54 sobre o Evangelho de São Mateos, § 1.
4 MALDONADO, SJ, P. Juan de. Comentario a los cuatro Evangelios. Madri: BAC, 1950, v. I, p. 579.
Cf. CRISÓSTOMO. Op. cit. § 1.
Cf. CRISÓSTOMO. Idem ibidem. MALDONADO, Op. cit. p. 580.
CRISÓSTOMO. Op. Cit. § 3. Ver seu poder de perdoar os pecados, em Mt 9, 6; sua superioridade sobre o Templo, em Mt 12, 6; a suspeita sobre sua messianidade, em Mt 12, 23; etc.
HILÁRIO DE POITIERS, Santo, in Evangelium Matthaei Commentarius, c. XVI. Apud AQUINO. Catena Aurea. MALDONADO. Op. cit. p. 584.
BUENAVENTURA, San. La perfección evangélica, c. 4 a. 3 concl. in Obras de San Buenaventura. Madri: BAC, 1949, t. 6, p. 309.
CIPRIANO, San. De unitate ecclessia, § 4.
GOMÁ Y TOMÁS, Dr. D. Isidro. El Evangelio Explicado. Barcelona: Ediciones Acervo, 1967, v. II, p. 38.
Mt 16, 13-19



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