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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Parábola dos talentos - pecado de omissão

Nós julgamos que todos os pecados são na linha positiva e só quem comete uma falta viola a lei de Deus.
Devemos, também, ter em mente o quanto o pecado de omissão desagrada a Deus. Quanta acção eu poderia praticar e não a pratico. O não praticar uma acção positiva implica numa ofensa a Deus.
Essa parábola mostra a condenação de uma pessoa pelo o que ela poderia ter feito e não o fez. Não só pelo pecado. Afinal não matei, não roubei, não menti, não fiz mal aos outros. Não serei condenado. O servo mau não roubou o dinheiro que lhe foi entregue, ele, simplesmente, enterrou-o. Mas, ao enterrá-lo depois de 10 anos o talento se desvalorizou e o que foi entregue ao senhor não foi a quantia que ele, inicialmente, tinha lhe dado. Ele foi omisso.
Por exemplo, no nosso dia-a-dia, eu poderia rezar um pouco mais e não rezo. Passo por uma igreja e vejo o Santíssimo exposto, mas, enfim, eu tenho que ir às compras, costurar um botão, tenho que fazer isso, aquilo. Agora não. Não atendeu a solicitação daquela oração. Fazer um bem a uma pessoa que passa por mim e não o faço, dar um conselho a uma pessoa triste e aflita. Quantos atos de omissão em um dia. Quantas coisas poderíamos, em um dia, fazer pelos outros e não fazemos. Quantas omissões…
O que acontece com aquele que faz? Deus lhe dá a administração de seus bens. Que bens Deus tem? Infinitos. “Porque foi fiel no pouco”. O que é ser fiel nesse pouco? É o que nós temos nesta vida. Quantos anos viveremos aqui? É pouco em relação à eternidade. Se nós vivêssemos um bilhão de anos ou um trilhão de anos, em relação à eternidade não é nada. Absolutamente nada. Ser fiel no pouco, é ser fiel nesses poucos anos restituindo à Deus aquilo que Ele nos deu.
Ser inteligente. É um dom de Deus. Deus é quem deu essa inteligência, ela não brotou, não foram nem meu pai, nem minha mãe nem os avós que plantaram essa inteligência.
Deus é quem cria a alma e dá a inteligência. Para que? Para aplicar no serviço de Deus, para devolvê-la em frutos. Aquele que usa a inteligência só para si, para ajeitar as coisas para si, para seu egoísmo, está sendo omisso. Ele lesa o Senhor quando não usa dos dons que Deus lhe deu em benefício d’Ele, mas os usa em benefício próprio.
É o que muitas pessoas fazem com os dons que recebem, inteligência, guarda para si, comunicação, fecha em si e quando se comunica é para chamar atenção sobre si. “Aqui estou eu”. É pior que enterrar os talentos, pois está utilizando os talentos para si, para seu próprio benefício. Todos os dons que recebemos de Deus devem ser revertidos em benefício de Deus.

Devemos, portanto, ter um coração cheio de desejo de fazer o bem aos outros, devolvendo a Deus muitíssimo mais do que aquilo que Ele nos deu.

Trecho adaptado para linguagem escrita, sem conhecimento e/ou revisão do autor

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