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quinta-feira, 8 de março de 2012

Jesus e a samaritana Jo 4, 11

11A mulher disse-Lhe: “Senhor, tu não tens com que a tirar e o poço é fundo; donde tens, pois, essa água viva? 12 És tu, por ventura, maior do que o nosso pai Jacob que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, e os  seus filhos e os seus gados?”

A graça começa a trabalhar-lhe a alma com suavidade e, ao mesmo tempo, com muito vigor. As primeiras palavras dela haviam sido um tanto desabridas: “Como sendo tu judeu... ?” A partir deste curto diálogo, passa a tratá-Lo de “Senhor”, pois algo do mistério de Jesus ela já entrevê, o que significa um enorme passo para uma samaritana na consideração de um judeu.

Ela não chega a entender bem a substância das afirmações feitas por Jesus, mas certamente já estava atraída pelo todo do Divino Mestre, e por isso não as contradiz, apenas externa sua perplexidade, disposta a aceitar uma explicação. Por ora, sua atenção está de fato centrada na “água viva” desejada por ela, e no fundo de seu subconsciente está se formando a hipótese de estar ela diante de um homem grandioso, comparável ao “nosso pai Jacob”.

Os samaritanos tinham a ufania de declarar ter sido sua terra habitada pelos patriarcas (Gen 12, 6; 33, 18; 35, 4; 37, 12; etc.). Pretendiam com isso abrandar as abjeções que os judeus lhes tinham, oriundas da miscigenação de raça e de religião. Daí a lembrança do poço de Jacob.

Continua

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