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domingo, 1 de abril de 2012

Cristo faz o papel de Servo


“Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado Sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.

Alguns comentaristas afirmam que a expressão “até o fim” significa que Ele amou Seus discípulos até a hora da morte, mas esta interpretação nos parece incompleta. Num plano mais profundo, as palavras de Jesus refletem o desejo de levar Seu amor pelos homens até um limite inimaginável: “até a perfeição”, escreve Fillion, baseando-se em São João Crisóstomo e vários outros autores.6 O próprio Deus vai entregar-Se como vítima expiatória. O Inocente imolar-Se-á pelos culpados. Impossível demonstração maior de amor! Neste afeto estamos todos concernidos. Cada um de nós, portanto, foi amado “até o fim”.

Sabendo perfeitamente que iria passar por todos os inenarráveis tormentos da Paixão, o Divino Mestre os quis, quase diríamos, com sofreguidão. Assim, começa Ele a Ceia dizendo: “Há muito que Eu desejei comer esta Páscoa convosco” (Lc 22, 15).

Era aquele o derradeiro momento de convívio com os Seus. A partir dali, tudo não seria senão sofrimento, humilhação e dor. Por isso Jesus, “cuja ternura para Seus discípulos não conhece limites, vai multiplicar as demonstrações dela, antes de morrer. A todos os benefícios com os quais os cumulou, acrescentará novos, que superam os anteriores. Ele os reservou para o fim, como seu supremo legado”.

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