-->

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Evangelho Ascensão de Jesus ( Continuação)

O testemunho dos Apóstolos robustece nossa fé
48 Vós sois as testemunhas destas coisas.
Sim. Nossa fé se robustece pela comprovação ocular dos Apóstolos, dos setenta e dois discípulos e de muitos outros aos quais se fez ver o Salvador depois da Ressurreição. Que vantagens humanas, temporais ou eternas, teriam eles em selar com o próprio sangue fatos que constituem escárnio para seus co-nacionais e loucura para os gentios? Eis um argumento irrefutável a favor da objetividade dos relatos feitos por eles.
Papel da espera, até a vinda do Espírito Santo
49 Eu vou mandar sobre vós o Prometido por meu Pai. Entretanto, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do Alto.
Trata-se da Terceira Pessoa da Trindade, que Jesus enviaria, segundo a promessa feita pelo Pai, ou seja, “a força do Alto”. É o Espírito Santo, que procede do amor entre o Pai e o Filho, que descerá sobre eles, a fim de serem n’Ele submersos, penetrados e revestidos por Ele, para, assim transformados, realizarem sua missão de testemunhas. Os Apóstolos “serão preparados com a grande força renovadora e fortalecedora de Pentecostes. Receberão o Espírito Santo, de cujo envio tanto falou o Evangelista João nos discursos da Última Ceia” (12).
A ordem de não saírem de Jerusalém sob qualquer pretexto tinha por objetivo a espera de Pentecostes para começarem a pregar. Entenderam eles que, esse período, deveriam passá- lo em recolhimento, pois é nessas circunstâncias que mais profundamente Ele age.
São João Crisóstomo comenta a esse propósito: “Para não se poder dizer que tinha abandonado os seus para ir manifestar-Se — mais ainda, ostentar-Se — aos estranhos, ordenou-lhes Jesus apresentar as provas de sua Ressurreição primeiramente àqueles mesmos que O tinham matado, na cidade onde foi cometido o temerário atentado, pois, se os que haviam crucificado o Senhor davam mostras de crer, ter-se-ia uma grande prova da Ressurreição” (13).
Por outro lado, continua São João Crisóstomo: “Assim como, num exército que se alinha para atacar o inimigo, o general não permite a ninguém sair antes de estarem todos preparados, da mesma forma Jesus não permite a seus Apóstolos saírem a pelejar enquanto não estejam preparados pela vinda do Espírito Santo” (14).
E por qual razão o Espírito Santo não desceu sobre os Apóstolos, de imediato? “Convinha que nossa natureza se apresentasse no Céu e fossem realizadas as alianças, e depois então viesse o Espírito Santo e se celebrassem os eternos júbilos”, opina Teofilacto (15).
a seguir

Nenhum comentário: