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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Evangelho 11º Domingo do Tempo Comum ano B

Continuação


As etapas da vida espiritual
“Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga”.
Rico em simbolismo é também o paulatino crescimento da planta. Após um lento germinar, desponta da terra o caule, tenro e débil de início, mas já à procura do Sol. Aos poucos ele vai crescendo e surge uma espiga, na qual se formam os grãos, fruto almejado pelo semeador.
Alguns autores, entre eles São Beda e São Gregório Magno, interpretam esta parte da parábola como uma alusão às várias etapas da vida espiritual. Semelhante ao trigo recém-germinado, a alma, no desabrochar da vocação, está ávida de ensinamento e de doutrina, tomada de encanto por tudo aquilo que a conduz ao Céu. Entretanto, a raiz necessária para dar firmeza aos bons propósitos ainda não se formou nela; só depois de ter enfrentado corajosamente as tempestades e os ventos das provações, tornar-se-á apta a produzir o fruto agradável das boas obras.
São Jerônimo, por sua vez, assim sintetiza com base nesta passagem as três idades da vida interior: “‘Primeiro a planta’, isto é, o temor, porque o começo da sabedoria é o temor de Deus (Sl 110, 10). ‘Depois a espiga’, quer dizer, a penitência que chora. ‘E por último o grão na espiga’, ou seja, a caridade, porque a caridade é a plenitude da Lei (Rm 13, 10)”.9
As duas vindas de Cristo
29 “Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita”.
Neste versículo, o proprietário da plantação entra novamente em cena. Na realidade, não se tinha ausentado, mas continuava velando pelos grãos que semeara, como aponta Maldonado: “Cristo não deixa de cuidar do campo já semeado, ou seja, nós. Pelo contrário, defende-nos com Sua graça, para não acontecer que Satanás leve a semente da palavra de Deus em nós concebida”.10
Entretanto, apenas em dois momentos da História torna-se patente e manifesta a presença do Dono da Messe: na primeira vez, para semear o trigo do Evangelho, quando veio para salvar e não para condenar (cf. Jo 3, 17); na segunda, quando aparecer “o Filho do Homem na sua majestade” (Mt 25, 31) para julgar os vivos e os mortos; então Ele lançará sua foice afiada sobre a seara da terra, e esta será ceifada (cf. Ap 14, 14ss).
 Parábola do grão de mostarda no próximo post

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