-->

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Evangelho II Domingo do Advento – Ano C – Lc 3, l-6

Comentários ao Evangelho II Domingo Advento – Ano C – Lc 3, l-6

1 No décimo quinto ano do império de libério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; 2 quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
3 E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para a perdão dos pecados,4 como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.5 Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. 6 E todas as pessoas verão a salvação de Deus” (Lc 3, l-6).
A verdadeira procura da felicidade
Em busca da felicidade, muitos se arriscam por vias equivocadas que terminam na frustração. A mensagem de São João Batista surge na História como um farol seguro a iluminar o caminho para encontrá-la.
I – A PROCURA DA FELICIDADE
Quem se detivesse a fazer uma breve análise das pessoas do próprio meio ou até de outras menos próximas — incluindo antepassados, personagens históricos, figuras destacadas no contexto mundial hodierno ou de outrora —, perceberia que, apesar da diferença de mentalidade, aptidões ou estilo de vida, é possível nelas distinguir um traço comum, norteador de seus atos: o desejo de ser feliz. Entretanto, apesar de todos, sem exceção, procurarem a felicidade com infatigável ardor, muitos chegam ao fim de seus dias sem a terem encontrado... Qual será a causa desses esforços frustrados? O problema é que “todos querem ser felizes e nem todos desejam viver do único modo como se pode ser feliz”,1 observa Santo Agostinho. Ao invés de orientar sua existência para Deus, Bem supremo e fim último do homem, único Ser que sacia por completo esta aspiração, muitos são ludibriados pelo mundo e acabam trilhando vias paralelas ao verdadeiro caminho. Nunca serão felizes, pelo simples fato de seguirem um itinerário que não conduz a Deus.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Evangelho I Domingo do Advento - Ano C - Lc 21, 25-28.34-36

Comentários ao Evangelho 1º Domingo do Advento - Ano C - Lc 21, 25-28.34-36
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.
27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. (Lc 21, 25-28.34-36).
As três vindas do Senhor
No Natal, o Messias desceu à terra sob os véus da humildade. No fim dos tempos, virá em todo esplendor e glória, como supremo Juiz. Entre essas duas vindas, segundo São Bernardo de Claraval, há uma “terceira vinda” de Jesus, que ocorre a todo instante de nossa vida.
I – As duas vindas de Cristo
A despreocupação com que a criança vive e brinca lhe advém em grande medida da confiança no apoio, para ela infalível, do pai ou da mãe. Essa salutar segurança é, sem dúvida, uma das razões para a desanuviada e contagiante alegria infantil.
Relacionamento semelhante a esse entre filhos e pais, na ordem natural, observa-se também entre o homem e Deus, na ordem espiritual. É o que poeticamente exprime a Sagrada Escritura ao dizer: “Mantenho em calma e sossego a minha alma, tal como uma criança no seio materno, assim está minha alma em mim mesmo” (Sl 130, 2).
Deus é muito mais do que um pai terreno

quarta-feira, 21 de março de 2018

Mons João Clá Dias no Facebook

Leia os comentários (frases) de Mons João Clá Dias ao Evangelho  no Facebook clicando na imagem abaixo.



https://web.facebook.com/Pejoaocladiassermoesblogspotcombr-759310727558101/

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

III DOMINGO DO ADVENTO (DOMINGO GAUDETE) – ANO B – Jo 1, 6-8. 19-28

COMENTÁRIOS AO EVANGELHO DO III DOMINGO DO ADVENTO (DOMINGO GAUDETE) – ANO B – Jo 1, 6-8. 19-28
6 Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à Fé por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20 João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21 Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “Es o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. 22 Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?” 23 João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor” — conforme disse o profeta Isaías. 24 Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25 e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26 João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está Aquele que vós não conheceis, 27 que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28 Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando (Jo I, 6-8. I 9-28).
O SALVADOR: DOS BONS ALEGRIA E DESCONCERTO DOS RUINS
Caixa de texto:
A alegria suscitada pelo iminente nascimento do Redentor é para todos, sem distinção, ou só para aqueles que abrem o coração ao seu amor transformante?

I - ALEGRIA ANTE A IMINENTE VINDA DO SALVADOR
A Igreja, sendo uma instituição divina fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Cabeça deste Corpo Místico, possui a própria sabedoria d’Ele e tudo faz com conta, peso e medida. Assim, ela dispõe dois domingos do ano que, em meio à penitência, trazem a alegria: o 39 Domingo do Advento, chamado Domingo Gaudete, e o 49 Domingo da Quaresma, denominado Domingo Lætare.
O primeiro recebe este nome da palavra inicial da Antífona da entrada, extraída da Epístola de São Paulo, Apóstolo, aos Filipenses: “Gaudete in Domino semper: iterum dico, gaudete. Dominus enim prope est — Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto” (4, 4-5).
A perspectiva do término diminui o sofrimento
A experiência de todos aqueles que convivem com pessoas atingidas por qualquer sofrimento, físico ou moral, comprova que este se torna muito mais difícil de suportar pelo fato de elas não saberem quando será o seu término. Ao se receber a garantia de que a dor cessará em determinado momento, grande parte do tormento desaparece. Da mesma forma, sabe-se por estudos científicos que a alegria é causa do prolongamento de nossa existência e, pelo contrário, quando nos deixamos abater pela tristeza a vida se encurta.
Algo análogo se verifica na Liturgia deste Domingo Gaudete — a mais significativa de todo o Advento —, cujo principal objetivo é dar a cada um a vigorosa esperança de que, por fim, nosso Redentor está prestes a nascer e ajudar-nos a compreender com maior profundidade o Vinde, Senhor Jesus! repetido ao longo destas quatro semanas. Hoje transpomos o marco da ascensão penitencial e somos cumulados de alegria na perspectiva da vinda do Esperado de todas as Nações, que quase comemoramos antecipadamente. Em vista disso, a Igreja celebra este domingo com júbilo, flores, instrumentos musicais e paramentos róseos, implorando na Oração do Dia: “dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene Liturgia”.’

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Comentário ao Evangelho – II Domingo do Advento - Mc 1, 1-8

1 Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2 Está escrito no Livro do profeta Isaías: ‘Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. 3 Esta é a voz daquele que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!’.
4 Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. 5 Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessavam seus pecados e João os batizava no rio Jordão. 6 João andava vestido de pelo de camelo e comia gafanhotos e mel do campo. 7 E pregava, dizendo: ‘Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8 Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo’” (Mc 1, 1-8).
Fazei penitência!
A vestimenta e os hábitos de São João Batista destoavam muito dos costumes daquela sociedade. O contraste dos homens impuros e gananciosos, com aquela figura reta, simples, eloquente, e que bradava: ‘Fazei penitência!’, deixava as consciências profundamente abaladas.
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

I – O mal no universo criado
À medida que progride, vai a ciência desvendando maravilhas insuspeitadas na vastidão sideral. Constantemente se descobrem novos corpos celestes, muitos deles de fulgurante beleza, dispostos em espaços astronômicos fora de qualquer padrão humano, locomovendo-se com velocidades assombrosas numa delicada e sublime harmonia, reflexo da perfeição do Criador.
Se essa constatação nos causa explicável admiração, consideremos que Deus, em sua onipotência, poderia ter criado infinitos universos, com infinitas outras criaturas, e esses infinitos seres estariam em sua presença por toda a eternidade. Dentro de cada um desses mundos, bem saberia Ele como a História se desenvolve a cada instante. Pois, como sublinha São Pedro na Segunda Leitura deste domingo do Advento, “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (II Pd 3, 8).
É próprio da Providência Divina ordenar os males para o bem
Ora, como conceber que Deus, sendo onipotente e a Bondade em substância, tenha criado este nosso universo onde o pecado pôde se fazer presente já na revolta de Lúcifer, antes da queda de nossos primeiros pais? Por qual razão lhes permitiu Ele a possibilidade de cair? Não teria sido melhor criar uma humanidade incapaz de se deixar arrastar por delírios como a construção da Torre de Babel?
Perguntas como estas afligiram homens de todas as eras, e tornam-se pungentes, sobretudo, em nossos dias tão marcados pelo hedonismo e pela aversão a qualquer sofrimento. Ante elas, cabe lembrar a doutrina de São Tomás de Aquino, segundo a qual “não é incompatível com a bondade divina permitir que haja males nas coisas governadas por Deus”.1

terça-feira, 14 de novembro de 2017

I DOMINGO DO ADVENTO – ANO B

I DOMINGO DO ADVENTO – ANO B
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33“Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. 35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36 Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. 37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!” (Mc 13, 33-37).
As duas vindas de Nosso Senhor
O círculo e o losango são as mais perfeitas figuras geométricas segundo o conceito de São Tomás de Aquino, pois representam o movimento do efeito que retorna à sua causa. Cristo é a mais alta realização dessa simbologia porque, além de ser o princípio de todo o criado, é também o fim último. Daí encontrarmos, tanto no término do ano litúrgico, como em sua abertura, os Evangelhos que transcrevem as revelações de Jesus sobre sua última vinda.
A penitência, na expectativa do Natal
A Igreja não elaborou suas cerimônias através de um planejamento prévio. Organismo sobrenatural como é, nascido do sagrado costado do Redentor e vivificado pelo sopro do Espírito Santo, possui uma vitalidade própria com a qual se desenvolve, cresce e se torna bela, de maneira orgânica. Assim foi-se constituindo o ano litúrgico ao longo dos tempos, em suas mais diversas partes. Em concreto, o Advento surgiu entre os séculos IV e V como uma preparação para o Natal, sintetizando a grande espera dos bons judeus pelo aparecimento do Messias.
À expectativa de um grande acontecimento místico-religioso, corresponde uma atitude penitencial. Por isso os séculos antecedentes ao nascimento do Salvador foram marcados pela dor dos pecados pessoais e do de nossos primeiros pais. Mais marcante ainda se tornou o período anterior à vida pública do Messias: uma voz clamante no deserto convidava todos a pedirem perdão de seus pecados e a se converterem, para que assim fossem endireitados os caminhos do Senhor.

sábado, 3 de junho de 2017

Homilia Pentecostes


Assista a homilia de Mons João Clá Dias sobre a Solenidade de Pentecostes clicando na imagem abaixo.



http://s3.amazonaws.com/video.ae/6/17/00000120-38ea-0736-1b37-7298ceebff64.mp4