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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Evangelho II Domingo do Advento – Ano C – Lc 3, l-6

Comentários ao Evangelho II Domingo Advento – Ano C – Lc 3, l-6

1 No décimo quinto ano do império de libério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; 2 quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
3 E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para a perdão dos pecados,4 como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.5 Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. 6 E todas as pessoas verão a salvação de Deus” (Lc 3, l-6).
A verdadeira procura da felicidade
Em busca da felicidade, muitos se arriscam por vias equivocadas que terminam na frustração. A mensagem de São João Batista surge na História como um farol seguro a iluminar o caminho para encontrá-la.
I – A PROCURA DA FELICIDADE
Quem se detivesse a fazer uma breve análise das pessoas do próprio meio ou até de outras menos próximas — incluindo antepassados, personagens históricos, figuras destacadas no contexto mundial hodierno ou de outrora —, perceberia que, apesar da diferença de mentalidade, aptidões ou estilo de vida, é possível nelas distinguir um traço comum, norteador de seus atos: o desejo de ser feliz. Entretanto, apesar de todos, sem exceção, procurarem a felicidade com infatigável ardor, muitos chegam ao fim de seus dias sem a terem encontrado... Qual será a causa desses esforços frustrados? O problema é que “todos querem ser felizes e nem todos desejam viver do único modo como se pode ser feliz”,1 observa Santo Agostinho. Ao invés de orientar sua existência para Deus, Bem supremo e fim último do homem, único Ser que sacia por completo esta aspiração, muitos são ludibriados pelo mundo e acabam trilhando vias paralelas ao verdadeiro caminho. Nunca serão felizes, pelo simples fato de seguirem um itinerário que não conduz a Deus.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Evangelho I Domingo do Advento - Ano C - Lc 21, 25-28.34-36

Comentários ao Evangelho 1º Domingo do Advento - Ano C - Lc 21, 25-28.34-36
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.
27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. (Lc 21, 25-28.34-36).
As três vindas do Senhor
No Natal, o Messias desceu à terra sob os véus da humildade. No fim dos tempos, virá em todo esplendor e glória, como supremo Juiz. Entre essas duas vindas, segundo São Bernardo de Claraval, há uma “terceira vinda” de Jesus, que ocorre a todo instante de nossa vida.
I – As duas vindas de Cristo
A despreocupação com que a criança vive e brinca lhe advém em grande medida da confiança no apoio, para ela infalível, do pai ou da mãe. Essa salutar segurança é, sem dúvida, uma das razões para a desanuviada e contagiante alegria infantil.
Relacionamento semelhante a esse entre filhos e pais, na ordem natural, observa-se também entre o homem e Deus, na ordem espiritual. É o que poeticamente exprime a Sagrada Escritura ao dizer: “Mantenho em calma e sossego a minha alma, tal como uma criança no seio materno, assim está minha alma em mim mesmo” (Sl 130, 2).
Deus é muito mais do que um pai terreno

sábado, 3 de junho de 2017

Homilia Pentecostes


Assista a homilia de Mons João Clá Dias sobre a Solenidade de Pentecostes clicando na imagem abaixo.



http://s3.amazonaws.com/video.ae/6/17/00000120-38ea-0736-1b37-7298ceebff64.mp4

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Evangelho Solenidade de Pentecostes (Missa do Dia)

Comentários ao Evangelho Solenidade de Pentecostes (Missa do Dia)
19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-Se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20 Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21 Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio”. 22 E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes eles lhes serão retidos” (Jo 20, 19-23).


I - A IGREJA POR OCASIÃO DE PENTECOSTES

Oração numa atmosfera de harmonia e concórdia
Como outras tantas festas litúrgicas, Pentecostes nos faz recordar um dos grandes mistérios da fundação da Igreja por Jesus. Encontrava-se ela em estado ainda quase embrionário - alegoricamente, poder-se-ia compará-la a uma menina de tenra idade - reunida em torno da Mãe de Cristo. Ali no Cenáculo, conforme nos descrevem os Atos dos Apóstolos na primeira leitura, passaram-se fenômenos místicos de excelsa magnitude, acompanhados de manifestações sensíveis de ordem natural: ruído como de um vento impetuoso, línguas de fogo, os discípulos exprimindo-se em línguas diversas sem tê-las antes aprendido. A alta significação simbólica do conjunto desses acontecimentos, como de cada um em particular, constituiu matéria para inúmeros e substanciosos comentários de exegetas e teólogos de grande valor, como se torna claro por anteriores observações feitas por nós em artigo publicado em 2002 (1). Hoje, cabe-nos ressaltar outros aspectos de não menor importância correlacionados com a narração feita por São Lucas (At 2, 1-11), para assim melhor entender o Evangelho em questão e, portanto, a própria festividade de Pentecostes.
Enquanto figura exponencial, destaca- se Maria Santíssima, predestinada desde toda a eternidade a ser Mãe de Deus. Dir-se-ia que havia atingido a plenitude máxima de todas as graças e dons, entretanto, em Pentecostes, mais e mais Lhe seria concedido. Assim como fora eleita para o insuperável dom da maternidade divina, cabia-Lhe o tornar-se Mãe do Corpo Místico de Cristo e, tal qual se deu na Encarnação do Verbo, desceu sobre Ela o Espírito Santo, por meio de uma nova e riquíssima efusão de graças, a fim de adorná-La com virtudes e dons próprios e proclamá-La "Mãe da Igreja".

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Evangelho Vigília Pentecostes - Jo 7, 37-39 - Ano A

Comentários ao Evangelho da Missa da Vigília de Pentecostes - Jo 7, 37-39
37 No último dia da festa, o dia mais solene, Jesus, em pé, proclamou em voz alta: Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. 38 Aquele que crê em Mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior”. 39 Jesus falava do Espírito, que deviam receber os que tivessem fé n’Ele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado (Jo 7, 37-39).
Jesus glorioso nos precede!
A restauração da humanidade corrompida pelo orgulho só é possível por uma generosa efusão do Espírito Santo. A Paixão e consequente glorificação do Homem-Deus a conquistaram para nós.
I - JESUS E MARIA, CENTRO DA CRIAÇÃO
Jesus é a Verdade, a Bondade e a Beleza absolutas e, portanto, a Perfeição. Ele visa, ao agir, o mais elevado e excelente em tudo. Desta forma, o universo — essa magnífica obra dos seis dias preferida por Ele dentre os infinitos mundos possíveis — “não pode ser melhor do que é, se o supomos como constituído pelas coisas atuais, em razão da ordem muito apropriada atribuída às coisas por Deus e em que consiste o bem do universo”,1 comenta São Tomás de Aquino.
Na criação, Nosso Senhor Jesus Cristo é a pedra angular, rejeitada pelos construtores, mas centro da atenção do próprio Deus (cf. I Pd 2, 4-5); pedra em função da qual tudo se estrutura. Com efeito, desde toda a eternidade, na mente divina esteve em primeiro lugar a figura majestosa e insuperável de Cristo, Deus feito Homem e, inseparável dela, a da Santíssima Virgem. Pois, tal é a relação existente entre ambos, que a maioria dos teólogos defende a tese de terem sido Jesus e Maria predestinados num único e mesmo decreto divino.2 Eles são o ponto de referência essencial para a criação de todo o universo. Por isso, pode-se afirmar que tanto um quanto outro estão, em algo, representados em todas as criaturas.

domingo, 21 de maio de 2017

Evangelho Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano A

Comentários ao Evangelho Solenidade da Ascensão do Senhor – Ano A
Naquele tempo, 16 os Onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando viram Jesus, prostraram-se diante d’Ele. Ainda assim alguns duvidaram. 18 Então Jesus aproximou-Se e falou: “Toda a autoridade Me foi dada no Céu e sobre a terra. 19 Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 16-20).
I – A hora da partida de Jesus Cristo
   A Igreja celebra na Quinta-feira da 6ª Semana do Tempo Pascal a Solenidade da Ascensão do Senhor, transferida no Brasil para o 7º Domingo da Páscoa, por razões pastorais. Houve épocas em que esta festividade era realizada com grande brilho. Assim como se comemora à meia-noite do dia 24 de dezembro o nascimento do Menino Jesus e às três horas da tarde da Sexta-Feira Santa a sua Morte, a Ascensão o era ao meio-dia. Na Idade Média costumava-se realizar uma procissão para representar o trajeto feito por Nosso Senhor, acompanhado pelos Apóstolos e discípulos, de Jerusalém ao Monte das Oliveiras, de onde Ele ascendeu para junto do Pai (cf. At 1, 12). Durante a Missa, o diácono apagava o Círio Pascal logo após o cântico do Evangelho, simbolizando o último episódio da existência visível do Redentor na terra.
   Hoje, ao contemplarmos sua subida aos Céus, tenhamos presente que Jesus não nos abandonou, mas, pelo contrário, continua conosco, conforme a promessa feita no Evangelho: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. E nós, enquanto filhos, também desejamos permanecer com Ele, uma vez que veio a este mundo trazer-nos a participação na sua natureza divina.
II – Quando será restaurado o Reino?

domingo, 14 de maio de 2017

Evangelho VI Domingo da Páscoa – Ano A

Comentários ao Evangelho VI Domingo da Páscoa – Ano A
"Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 15 ‘Se Me amais, guardareis os meus mandamentos, e Eu rogarei ao Pai, 16 e Ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: 17 o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não O vê nem O conhece. Vós O conheceis, porque Ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. 18 Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19 Pouco tempo ainda, e o mundo não mais Me verá, mas vós Me vereis, porque Eu vivo e vós vivereis. 20 Naquele dia sabereis que Eu estou no meu Pai e vós em Mim e Eu em vós. 21 Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse Me ama. Ora, quem Me ama, será amado por meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele'" (Jo 14, 15-21).
O amor íntegro deve ser causa do bem total
Praticar o bem exige cumprir os Mandamentos da Lei de Deus, sem admitir nenhuma concessão ao mal. Ora, a condição para observar os preceitos divinos é a caridade. Como alcançar, então, esse amor íntegro e sem mancha que nos conduz ao bem total?
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
I - O Espírito Santo é a alma da Igreja
Maravilhoso é o dom da vida! Tanto nos encantam a inocência e exuberância da criança quanto nos impressiona gravemente a consideração de um corpo humano sem vida. Inerte, encontra-se em estado de violência, de tragédia, dissonante de sua normalidade. Há pouco ainda, notava-se nele como todos os membros e órgãos, tão distintos entre si, entretanto se ordenavam em função da unidade dada pela alma. Ausente esta, o corpo inteiro entra em decomposição.
Fonte de unidade, vida e movimento
Isso que ocorre na natureza humana é imagem de algo muito mais elevado e misterioso: a relação da Igreja com o Espírito Santo. A propósito, esclarece Santo Agostinho: "O que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao Corpo de Cristo que é a Igreja".1

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Evangelho V Domingo da Páscoa – Ano A

Comentários ao Evangelho V Domingo da Páscoa – Ano A
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em Mim também. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3 e quando Eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde Eu estiver estejais também vós. 4 E para onde Eu vou, vós conheceis o caminho”. 5 Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6 Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim. 7 Se vós Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora O conheceis e O vistes”. 8 Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9 Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai?’ 10 Não acreditas que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim mesmo, mas é o Pai, que, permanecendo em Mim, realiza as suas obras. 11 Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12 Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará as obras que Eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois Eu vou para o Pai” (Jo 14, 1-12).
 As dúvidas de alguns ajudam a fé de muitos
As antigas revelações eram conhecidas e abraçadas pelos Apóstolos. Porém, as inovações externadas pelo Senhor ampliaram muito seus horizontes, causando-lhes algumas perplexidades. As dúvidas positivas de Tomé e as ingênuas de Filipe contribuíram para enriquecer ainda mais as novas revelações.
I - "Não se perturbe o vosso coração"
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1 “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em Mim também”.
A previsão feita por Jesus a Seus discípulos, sobre a tríplice negação de Pedro, antes de o galo cantar, como também o anúncio da traição que iria ser perpetrada por Judas, foram de molde a perturbar seus corações 1. E por isso afirma Maldonado: Na opinião de todos os autores gregos, esta frase foi dita por Cristo para os Apóstolos não se assustarem demais ao ouvir a previsão a respeito de Pedro (o qual O negaria) e pensarem que eles também, contra a sua vontade, iriam traí- Lo, uma vez que o chefe e mais valente de todos haveria de cair 2. Daí, também, concluírem alguns desses autores constituir esse conselho de Cristo uma prova de Sua divindade, por demonstrar conhecer o pensamento de Seus discípulos.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida

Evangelho Jo 14,1-6
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós, 3e quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”.

5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

Assista à homilia de Mons João Clá Dias clicando na imagem abaixo.






http://s3.amazonaws.com/video.ae/6/17/00000121-8981-f199-c13f-d1fd22336d71.mp4

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Homilia Bom Pastor

Jesus é o Bom Pastor, que dá a vida por seu rebanho, que somos nós. A ele devemos nossa salvação. 
Veja a homilia de Mons João Clá Dias clicando na imagem.


sexta-feira, 28 de abril de 2017

Evangelho IV Domingo da Páscoa - Ano A

Comentários ao Evangelho IV Domingo da Páscoa - Ano A
"Naquele tempo, disse Jesus: 1 ‘Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2 Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3 A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4 E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5 Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos'. 6 Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que Ele queria dizer. 7 Então Jesus continuou: ‘Em verdade, em verdade vos digo, Eu sou a Porta das ovelhas. 8 Todos aqueles que vieram antes de Mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9 Eu sou a Porta. Quem entrar por Mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10 O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância'" (Jo 10, 1-10).
O redil só tem uma Porta
O Céu, fechado para a humanidade depois do pecado original, nos foi aberto para sempre por Aquele que é o Cordeiro, o Bom Pastor e a Porta do redil.
I - Os graus de perfeição na obra da criação
Quem contempla a natureza criada percebe facilmente uma gradação em que verdade, bondade e beleza se tornam mais intensas e nobres à medida que se sobe na escala dessa magnífica obra de Deus.
Basta observar, por exemplo, no reino animal, uma formiga transportando alimento para o formigueiro. Manifesta ela tal tenacidade e retidão no cumprimento de seu objetivo, que se fosse tomada como modelo de disposição para o trabalho, levaria qualquer país à prosperidade. Ou, então, um colibri quando paira no ar e bate as asas com encantadora elegância, de modo tão rápido que nem é possível distingui-las com nitidez. Ou ainda o esquilo, animal tão ordenado que, além de ser monogâmico, é dotado de certo instinto de propriedade pelo qual defende energicamente seu terreno, não permitindo que ninguém o invada.

sábado, 22 de abril de 2017

Evangelho III Domingo da Páscoa - Ano A

Comentários ao Evangelho III Domingo da Páscoa - Ano A
13 Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14 Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15 Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus Se aproximou e começou a caminhar com eles. 16 Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não O reconheceram. 17 Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18 e um deles, chamado Cléofas, Lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19 Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um Profeta poderoso em obras e em palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20 Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e O crucificaram. 21 Nós esperávamos que Ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas estas coisas aconteceram! 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23 e não encontraram o Corpo d’Ele. Então voltaram, dizendo que tinham visto Anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24 Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A Ele, porém, ninguém O viu”. 25 Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26 Será que Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27 E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito d’Ele. 28 Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29 Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30 Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o, e lhes distribuía. 31 Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32 Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33 Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros.
34 E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35 Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão (Lc 24, 13-35).
Um dos mais belos convívios da História
A acolhida afetuosa dos dois discípulos, o grande respeito dos três interlocutores entre si, a elevação do tema tratado, o tônus da conversa e, sobretudo, a delicadeza e a didática de Jesus fazem desta passagem evangélica um dos mais belos episódios do relacionamento humano.
I - INTRODUÇÃO: O INSTINTO DE SOCIABILIDADE
Jesus, exemplo do equilíbrio dos instintos
Desde o primeiro instante de nossa criação, Deus dotou-nos de instintos. Eram eles ordenados sob os influxos do dom de integridade até o momento em que Adão e Eva pecaram. A partir de então, só com auxílio da graça nos é possível utilizar cada um deles de acordo com a Lei de Deus, de maneira estável.
Um dos mais excelentes entre todos é o instinto de sociabilidade, e talvez até, por isso mesmo, um dos mais perigosos fora da atmosfera sobrenatural. Daí ter afirmado Sêneca: "Quanto mais vezes estive entre os homens, menos homem retornei" ; e Thomas Hobes: "O homem é um lobo para outro homem". Sim, o extremo de horrores a que podem chegar os homens no seu relacionamento à base do egoísmo é simplesmente inimaginável e assustador.
Mas, se mal conduzido esse instinto, os resultados podem vir a ser catastróficos, no extremo oposto assistimos às maravilhas da graça atuando sobre o convívio humano e enriquecendo qualquer hagiografia, a começar pela do Varão por excelência, o Filho do Homem.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Evangelho Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor – Ano A

Comentários ao Evangelho Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor – Ano A
1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2
Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde O colocaram”. 3 Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4 Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5 Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
6 Chegou depois Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7 e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9 De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos (Jo 20, 1-9).
Uma mulher precedeu os evangelistas
Para comunicar aos Apóstolos a primeira e fundamental verdade do Evangelho, Deus não escolheu um Anjo e nem sequer um homem. Foi Maria Madalena o arauto da Boa-nova da Ressurreição do Senhor.
I – Vitória de Cristo sobre a morte
“Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha afeição…” (Mt 17, 5). Seria suficiente esse amor infinito do Pai pelo Seu Unigênito para que operasse Sua ressurreição, porém, ademais concorreu para tal o brilho da justiça divina, conforme São Tomás de Aquino: “A esta pertence exaltar os que se humilham por causa de Deus, conforme diz Lucas (1, 52): “Destronou os poderosos e exaltou os humildes”. E já que Cristo, por seu amor e obediência a Deus, se humilhou até a morte de cruz, era preciso que Ele fosse exaltado por Deus até a ressurreição gloriosa” 1.
Tomados de adoração, uma vez mais foi-nos possível acompanhar liturgicamente ao longo da Semana da Paixão, o quanto a morte teve uma aparente vitória no Calvário. Todos que por ali passavam podiam constatar a “derrota” de Quem tanto poder havia manifestado não só nas incontáveis curas por Ele operadas, como também em Seu caminhar sobre as águas ou nas duas vezes que multiplicou os pães.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Evangelho Vigília Pascal na Noite Santa – Ano A

Comentários ao Evangelho da Vigília Pascal na Noite Santa – Ano A
1 "Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2 De repente, houve um grande tremor de terra: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. 3 Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4 Os guardas ficaram com tanto medo do Anjo, que tremeram, e ficaram como mortos. 5 Então o Anjo disse às mulheres: ‘Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. 6 Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que Ele estava. 7 Ide depressa contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós O vereis. É o que tenho a dizer-vos'. 8 As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9 De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: ‘Alegrai-vos!'. As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10 Então Jesus disse a elas: ‘Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles Me verão'" (Mt 28, 1-10).
O prêmio concedido aos que mais amam
Na manhã de domingo as mulheres acorreram ao sepulcro para prestar as últimas homenagens ao Corpo do Senhor. E o próprio Jesus, desejando recompensá-las, foi ao seu encontro anunciar as alegrias da Páscoa.
I - A primeira Páscoa
A origem da Solenidade da Páscoa remonta ao Antigo Testamento, quando os israelitas saíram da escravidão do Egito após quatro séculos de cativeiro. Depois de ter infligido diversos castigos aos egípcios com o intuito de persuadi-los a deixar partir o seu povo, como o Faraó não se comovesse Deus determinou que um Anjo exterminador ceifasse a vida de todos os primogênitos do país, dos homens e até dos animais. Entretanto, não permitiu que os descendentes de Abraão fossem atingidos. Determinou que os marcos e as travessas das portas das casas fossem assinalados com o sangue do cordeiro consumido na ceia daquela noite, a fim de serem poupados (cf. Ex 12, 12-13). Tão terrível foi a execução, que não só as autoridades consentiram na saída dos filhos de Israel, como também a população o suplicou, reconhecendo haver um fator sobre-humano nesses acontecimentos. Os hebreus puseram-se em marcha sem demora, rumo ao Mar Vermelho, o qual se abriu milagrosamente, possibilitando-lhes a travessia a pé enxuto (cf. Ex 14, 21-22).
Este episódio de grande importância na História da salvação chamou-se Páscoa, que quer dizer passagem, isto é, o Senhor passou adiante e não feriu os hebreus, possibilitando-lhes o acesso à almejada liberdade social e política. Para perpetuar a lembrança desse acontecimento, Ele ordenou sua comemoração anual, como está descrito no Livro do Êxodo: "essa mesma noite é uma vigília a ser celebrada de geração em geração por todos os israelitas, em honra do Senhor. [...] Conservareis a memória deste dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão, porque foi pelo poder de sua mão que o Senhor vos fez sair deste lugar" (12, 42; 13, 3).

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Sexta-Feira da Paixão do Senhor

Comentários ao Evangelho da Sexta-Feira da Paixão do Senhor
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João
Naquele tempo, 1 Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde Ele entrou com os discípulos. 2 Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-Se aí com os seus discípulos. 3 Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4 Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: “A quem procurais?” 5 Responderam: “A Jesus, o Nazareno”. Ele disse: “Sou Eu”. Judas, o traidor, estava junto com eles. 6 Quando Jesus disse: “Sou Eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7 De novo lhes perguntou: “A quem procurais?” Eles responderam: “A Jesus, o Nazareno”. 8 Jesus respondeu: “Já vos disse que sou Eu. Se é a Mim que procurais, então deixai que estes se retirem”. 9 Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que Me confiaste”.
10 Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11 Então Jesus disse a Pedro: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai Me deu?”
12 Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e O amarraram. 13 Conduziram-No primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14 Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”.
15 Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 16 Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17 A criada que guardava a porta disse a Pedro: “Não pertences também tu aos discípulos desse Homem?” Ele respondeu: “Não!” 18 Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se.
19 Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20 Jesus lhe respondeu: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21 Por que Me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que Eu disse”. 22 Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-Lhe uma bofetada, dizendo: “É assim que respondes ao sumo sacerdote?” 23 Respondeu-lhe Jesus: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que Me bates?” 24 Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote.
25 Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe: “Não és tu, também, um dos discípulos d’Ele?” Pedro negou: “Não!” 26 Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: “Será que não te vi no jardim com Ele?” 27 Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou.
28 De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a Páscoa.
29 Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: “Que acusação apresentais contra este Homem?” 30 Eles responderam: “Se não fosse malfeitor, não O teríamos entregue a ti!” 31 Pilatos disse: “Tomai-O vós mesmos e julgai-O de acordo com a vossa Lei”. Os judeus lhe responderam: “Nós não podemos condenar ninguém à morte”. 32 Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer.
33 Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-Lhe: “Tu és o Rei dos judeus?” 34 Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de Mim?” 35 Pilatos falou: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes Te entregaram a mim. Que fizeste?” 36 Jesus respondeu: “O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é daqui”.
37 Pilatos disse a Jesus: “Então, Tu és Rei?” Jesus respondeu: “Tu o dizes: Eu sou Rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. 38 Pilatos disse a Jesus: “O que é a verdade?” Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes: “Eu não encontro nenhuma culpa n’Ele. 39 Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o Rei dos judeus?”
40 Então, começaram a gritar de novo: “Este não, mas Barrabás!” Barrabás era um bandido.
19,1 Então Pilatos mandou flagelar Jesus.
2 Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-No com um manto vermelho, 3 aproximavam-se d’Ele e diziam: “Viva o Rei dos judeus!” E davam-Lhe bofetadas. 4 Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: “Olhai, eu O trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro n’Ele crime algum”. 5 Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: “Eis o Homem!” 6 Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: “Crucifica-O! Crucifica-O!” Pilatos respondeu: “Levai-O vós mesmos para O crucificar, pois eu não encontro n’Ele crime algum”. 7 Os judeus responderam: “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, Ele deve morrer, porque Se fez Filho de Deus”.
8 Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9 Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: “De onde és Tu?” Jesus ficou calado. 10 Então Pilatos disse: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar?” 11 Jesus respondeu: “Tu não terias autoridade alguma sobre Mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem Me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”. 12 Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: “Se soltas este Homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”. 13 Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14 Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: “Eis o vossoRei!” 15 Eles, porém, gritavam: “Fora! Fora! “Qual a utilidade do meu Sangue?” Crucifica-O!” Pilatos disse: “Hei de crucificar o vosso Rei?” Os sumos sacerdotes responderam: “Não temos outro rei senão César”.
16 Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles O levaram.
17 Jesus tomou a Cruz sobre Si e saiu para o lugar chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18 Ali O crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na Cruz; nele estava escrito: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”. 20 Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que Ele disse: ‘Eu sou o Rei dos Judeus’”. 22 Pilatos respondeu: “O que escrevi, está escrito”.
23 Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24 Disseram então entre si: “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”. Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados.
25 Perto da Cruz de Jesus, estavam de pé a sua Mãe, a irmã da sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus, ao ver sua Mãe e, ao lado d’Ela, o discípulo que Ele amava, disse à Mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27 Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua Mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo A acolheu consigo. 28 Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”.
29 Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30 Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
31 Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32 Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33 Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas; 34 mas um soldado abriu-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu Sangue e água.
35 Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36 Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37 E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”.
38 Depois disso, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus —, pediu a Pilatos para tirar o Corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o Corpo de Jesus. 39 Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40 Então tomaram o Corpo de Jesus e envolveram-No, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.
41 No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado.
42 Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus (Jo 18, 1—19, 42).
“Qual a utilidade do meu Sangue?”
No dia em que a Santa Igreja contempla o perfeito holocausto oferecido pelo Divino Redentor ao Pai, somos convidados a meditar sobre o peso de nossos pecados nos sofrimentos de Jesus.
I – “Eis o Homem!”
Com cuidado e delicadeza exímia a Santa Igreja estabelece a cerimônia da Sexta-Feira Santa, cerne de nossa devoção e religiosidade. Na sua sabedoria divina, na sua perfeição e no seu espírito imaculado escolhe o Evangelho da Paixão segundo São João, com o objetivo de iluminar e fortalecer a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo como Messias, verdadeiro Filho de Deus. O texto de si é tão claro e eloquente que, no conjunto da Liturgia, nos permite meditar sem maiores explicações.
A par disso, por ser muito extenso impossibilita o comentário de versículo por versículo. Pelo que nos limitaremos a ressaltar algumas passagens que ajudem nosso progresso na vida espiritual e façam compreender melhor a grandeza da Paixão, acontecimento central na História.

domingo, 9 de abril de 2017

Evangelho Quinta-Feira Santa (Missa da Ceia do Senhor)

Comentários ao Evangelho Quinta-Feira Santa (Missa da Ceia do Senhor) 
1 Era antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado Sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2 Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha posto tudo em Suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4 levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5 Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou, assim, a Simão Pedro. Pedro disse: ‘Senhor, tu me lavas os pés?'. 7 Respondeu Jesus: ‘Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás'. 8 Disse-lhe Pedro: ‘Tu nunca me lavarás os pés!'. Mas Jesus respondeu: ‘Se Eu não te lavar, não terás parte comigo'. 9 Simão Pedro disse: ‘Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça'. 10 Jesus respondeu: ‘Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos'.  11 Jesus sabia quem O ia entregar; por isso disse: ‘Nem todos estais limpos'.
12 Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-Se de novo. E disse aos discípulos: ‘Compreendeis o que acabo de fazer? 13 Vós Me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois Eu o sou. 14 Portanto, se Eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15 Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que Eu fiz'" (Jo 13, 1-15). 
Como Deus nos amou
Amar aos outros como Deus nos amou! Eis uma das mais belas formas de preparar-nos para a Eucaristia no tempo da Páscoa que agora começa. Se assim fizermos, estaremos imitando, de fato, em nossas vidas, o Divino Mestre no sublime ato do lava-pés.
 I - "Deus é amor"

Um insuperável clímax de plenitude de amor atinge o Sagrado Coração de Jesus naquelas últimas horas de convívio com os Seus. Transcorrem ali, naquele histórico recinto, os momentos finais de Sua vida terrena. São os derradeiros episódios que constituem o grande pórtico dos sagrados mistérios da Redenção prestes a realizarem- se. Os inimigos se agitam e se entre-estimulam a perpetrar o mais grave homicídio de todos os tempos. Encontram-se eles na dependência de um guia possuído por Satanás, aguardando o momento propício para agarrar o Messias e conduzi- Lo aos tormentos da Cruz. Não há minuto a perder, é indispensável o Salvador externar ao Pai e aos discípulos o transbordante amor a borbulhar no interior de Seu Sagrado Peito.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

sábado, 1 de abril de 2017

Evangelho Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano A

Comentários ao Evangelho Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano A
 Evangelho da Procissão  Mt 21, 1-11
1Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! 3Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles’, mas logo os devolverá’”.
4Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 5Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.
6Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. 7Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. 8A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. 9As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”
10Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: Quemé este homem? 11E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia. 
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Mateus - Mt 27, 11-54
 Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus declarou: “É como dizes”, e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles Te acusam?” Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”. Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles gritaram: “BARRABÁS”. Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram: “SEJA CRUCIFICADO!” Pilatos falou: “Mas, que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: “SEJA CRUCIFICADO!” Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue dete homem. Este é um problema vosso!” O povo todo respondeu: QUE O SANGUE DELE CAIA SOBRE NÓS E SOBRE OS NOSSOS FILHOS”. Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: “SALVE, REI DOS JUDEUS!” Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saiam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.” Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali oa insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “TU QUE IAS DESTRUIR O TEMPLO E CONSTRUÍ-LO DE NOVO EM TRÊS DIAS, SALVA-TE A TI MESMO! SE ÉS O FILHO DE DEUS, DESCE DA CRUZ!” Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: “A OUTROS SALVOU… A SI MESMO NÃO PODE SALVAR! É REI DE ISRAEL… DESÇA AGORA DA CRUZ! E ACREDITAREMOS NELE. CONFIOU EM DEUS; QUE O LIVRE AGORA, SE É QUE DEUS O AMA! JÁ QUE ELE DISSE: EU SOU O FILHO DE DEUS”. Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus, o insultavam. Desde o meio-dia até as três  horas da tarde, houve escuridão sobre toda terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram: “ELE ESTÁ CHAMANDO ELIAS!” E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram: “DEIXA, VAMOS VER SE ELIAS VEM SALVÁ-LO!” Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressussitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: “ELE ERA MESMO FILHO DE DEUS!”
O triunfo, a cruz e a glória
A conjunção da entrada triunfal do Divino Redentor em Jerusalém e dos sofrimentos de sua dolorosa Paixão nos lembram que a perspectiva da cruz está sempre nimbada pela certeza da glória futura.
TRIUNFO PRENUNCIATIVO DA GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO
Ao considerar no Domingo de Ramos a entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, devemos ter presente que a Liturgia não é apenas uma rememoração de fatos históricos, mas, sobretudo, uma ocasião para receber as mesmas graças criadas por Deus naquele momento, e distribuídas ao povo judeu que lá se encontrava. Por isso a Igreja Católica estimula os fiéis a repetir simbolicamente essa cerimônia, a fim de se iniciar a Semana Santa com a alma bem preparada.