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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Evangelho II Domingo do Advento – Ano C – Lc 3, l-6

Comentários ao Evangelho II Domingo Advento – Ano C – Lc 3, l-6

1 No décimo quinto ano do império de libério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes administrava a Galileia, seu irmão Filipe, as regiões da Itureia e Traconítide, e Lisânias a Abilene; 2 quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.
3 E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para a perdão dos pecados,4 como está escrito no Livro das palavras do profeta Isaías: “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas.5 Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. 6 E todas as pessoas verão a salvação de Deus” (Lc 3, l-6).
A verdadeira procura da felicidade
Em busca da felicidade, muitos se arriscam por vias equivocadas que terminam na frustração. A mensagem de São João Batista surge na História como um farol seguro a iluminar o caminho para encontrá-la.
I – A PROCURA DA FELICIDADE
Quem se detivesse a fazer uma breve análise das pessoas do próprio meio ou até de outras menos próximas — incluindo antepassados, personagens históricos, figuras destacadas no contexto mundial hodierno ou de outrora —, perceberia que, apesar da diferença de mentalidade, aptidões ou estilo de vida, é possível nelas distinguir um traço comum, norteador de seus atos: o desejo de ser feliz. Entretanto, apesar de todos, sem exceção, procurarem a felicidade com infatigável ardor, muitos chegam ao fim de seus dias sem a terem encontrado... Qual será a causa desses esforços frustrados? O problema é que “todos querem ser felizes e nem todos desejam viver do único modo como se pode ser feliz”,1 observa Santo Agostinho. Ao invés de orientar sua existência para Deus, Bem supremo e fim último do homem, único Ser que sacia por completo esta aspiração, muitos são ludibriados pelo mundo e acabam trilhando vias paralelas ao verdadeiro caminho. Nunca serão felizes, pelo simples fato de seguirem um itinerário que não conduz a Deus.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

I DOMINGO DO ADVENTO – ANO B

I DOMINGO DO ADVENTO – ANO B
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33“Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. 35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36 Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. 37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!” (Mc 13, 33-37).
As duas vindas de Nosso Senhor
O círculo e o losango são as mais perfeitas figuras geométricas segundo o conceito de São Tomás de Aquino, pois representam o movimento do efeito que retorna à sua causa. Cristo é a mais alta realização dessa simbologia porque, além de ser o princípio de todo o criado, é também o fim último. Daí encontrarmos, tanto no término do ano litúrgico, como em sua abertura, os Evangelhos que transcrevem as revelações de Jesus sobre sua última vinda.
A penitência, na expectativa do Natal
A Igreja não elaborou suas cerimônias através de um planejamento prévio. Organismo sobrenatural como é, nascido do sagrado costado do Redentor e vivificado pelo sopro do Espírito Santo, possui uma vitalidade própria com a qual se desenvolve, cresce e se torna bela, de maneira orgânica. Assim foi-se constituindo o ano litúrgico ao longo dos tempos, em suas mais diversas partes. Em concreto, o Advento surgiu entre os séculos IV e V como uma preparação para o Natal, sintetizando a grande espera dos bons judeus pelo aparecimento do Messias.
À expectativa de um grande acontecimento místico-religioso, corresponde uma atitude penitencial. Por isso os séculos antecedentes ao nascimento do Salvador foram marcados pela dor dos pecados pessoais e do de nossos primeiros pais. Mais marcante ainda se tornou o período anterior à vida pública do Messias: uma voz clamante no deserto convidava todos a pedirem perdão de seus pecados e a se converterem, para que assim fossem endireitados os caminhos do Senhor.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Evangelho Vigília Pentecostes - Jo 7, 37-39 - Ano A

Comentários ao Evangelho da Missa da Vigília de Pentecostes - Jo 7, 37-39
37 No último dia da festa, o dia mais solene, Jesus, em pé, proclamou em voz alta: Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. 38 Aquele que crê em Mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior”. 39 Jesus falava do Espírito, que deviam receber os que tivessem fé n’Ele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado (Jo 7, 37-39).
Jesus glorioso nos precede!
A restauração da humanidade corrompida pelo orgulho só é possível por uma generosa efusão do Espírito Santo. A Paixão e consequente glorificação do Homem-Deus a conquistaram para nós.
I - JESUS E MARIA, CENTRO DA CRIAÇÃO
Jesus é a Verdade, a Bondade e a Beleza absolutas e, portanto, a Perfeição. Ele visa, ao agir, o mais elevado e excelente em tudo. Desta forma, o universo — essa magnífica obra dos seis dias preferida por Ele dentre os infinitos mundos possíveis — “não pode ser melhor do que é, se o supomos como constituído pelas coisas atuais, em razão da ordem muito apropriada atribuída às coisas por Deus e em que consiste o bem do universo”,1 comenta São Tomás de Aquino.
Na criação, Nosso Senhor Jesus Cristo é a pedra angular, rejeitada pelos construtores, mas centro da atenção do próprio Deus (cf. I Pd 2, 4-5); pedra em função da qual tudo se estrutura. Com efeito, desde toda a eternidade, na mente divina esteve em primeiro lugar a figura majestosa e insuperável de Cristo, Deus feito Homem e, inseparável dela, a da Santíssima Virgem. Pois, tal é a relação existente entre ambos, que a maioria dos teólogos defende a tese de terem sido Jesus e Maria predestinados num único e mesmo decreto divino.2 Eles são o ponto de referência essencial para a criação de todo o universo. Por isso, pode-se afirmar que tanto um quanto outro estão, em algo, representados em todas as criaturas.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Homilia VI Domingo da Páscoa

Comentários de Mons João Clá Dias ao Evangelho VI Domingo da Páscoa Jo 14, 15-21.

Assista ao vídeo clicando na imagem.

domingo, 14 de maio de 2017

Evangelho VI Domingo da Páscoa – Ano A

Comentários ao Evangelho VI Domingo da Páscoa – Ano A
"Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 15 ‘Se Me amais, guardareis os meus mandamentos, e Eu rogarei ao Pai, 16 e Ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre convosco: 17 o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não O vê nem O conhece. Vós O conheceis, porque Ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. 18 Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19 Pouco tempo ainda, e o mundo não mais Me verá, mas vós Me vereis, porque Eu vivo e vós vivereis. 20 Naquele dia sabereis que Eu estou no meu Pai e vós em Mim e Eu em vós. 21 Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse Me ama. Ora, quem Me ama, será amado por meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele'" (Jo 14, 15-21).
O amor íntegro deve ser causa do bem total
Praticar o bem exige cumprir os Mandamentos da Lei de Deus, sem admitir nenhuma concessão ao mal. Ora, a condição para observar os preceitos divinos é a caridade. Como alcançar, então, esse amor íntegro e sem mancha que nos conduz ao bem total?
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
I - O Espírito Santo é a alma da Igreja
Maravilhoso é o dom da vida! Tanto nos encantam a inocência e exuberância da criança quanto nos impressiona gravemente a consideração de um corpo humano sem vida. Inerte, encontra-se em estado de violência, de tragédia, dissonante de sua normalidade. Há pouco ainda, notava-se nele como todos os membros e órgãos, tão distintos entre si, entretanto se ordenavam em função da unidade dada pela alma. Ausente esta, o corpo inteiro entra em decomposição.
Fonte de unidade, vida e movimento
Isso que ocorre na natureza humana é imagem de algo muito mais elevado e misterioso: a relação da Igreja com o Espírito Santo. A propósito, esclarece Santo Agostinho: "O que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao Corpo de Cristo que é a Igreja".1

terça-feira, 18 de abril de 2017

EVANGELHO II DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A

COMENTÁRIOS AO EVANGELHO II DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A 
9 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo -Se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20 Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se a alegraram por verem o Senhor.
21 Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai Me enviou, também vos envio”. 22 E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23 A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
24 Tomé, chamado Dídimo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25 Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
26 Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-Se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
27 Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28 Tomé respondeu “Meu Senhor e meu Deus!” 29 Jesus lhe disse: “Acreditaste, por que Me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
30 Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31 Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome (Jo 20, 19-31).
A bem-aventurança de crer no testemunho da Igreja
São Tomé não acreditou em São Pedro e nos demais Apóstolos quando lhe anunciaram a Ressurreição do Senhor. Nós somos convidados a adquirir a bem-aventurança, crendo no que a Igreja nos ensina.
I- A PRIMEIRA APARIÇÃO DE JESUS AO COLÉGIO APOSTÓLICO
Nosso Senhor Jesus Cristo, se quisesse, poderia ter ascendido aos Céus imediatamente após a Ressurreição. Entretanto, tal é o seu empenho em nos salvar que quis permanecer ainda quarenta dias na Terra, manifestando-Se em várias ocasiões a numerosas testemunhas, para deixar patente sua vitória sobre a morte e demonstrar ser Ele a garantia de nossa ressurreição. Com efeito, todos nós abandonaremos esta vida — uns antes, outros depois —, mas a Fé nos dá a certeza de que, se morrermos na graça de Deus, um dia nos congregaremos no Vale de Josafá (cf. Jl 4, 2), à direita do Supremo Juiz, e, tendo retomado nossos corpos em estado glorioso, subiremos “ao encontro do Senhor nos ares” (I Ts 4, 17), para com Ele habitarmos no Paraíso Celeste, O penhor dessa realidade futura está presente de modo especial no Evangelho proposto pela Igreja para este domingo de encerramento da Oitava da Páscoa.
Um fator providencial: o medo
19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou...
O Evangelho se abre com um episódio ocorrido no próprio dia da Ressurreição. Desde a aurora haviam se sucedido umas às outras as notícias sobre as aparições do Senhor e, embora os Apóstolos não lhes tivessem dado crédito, São Pedro e São João haviam constatado estar vazio o sepulcro (cf. Jo 20, 3-8). Ao cair da tarde, ainda os encontramos reunidos no Cenáculo. Temerosos de que os judeus viessem à sua procura e os levassem para a prisão, fecharam bem todas as portas do local. Não obstante, enquanto conversavam — talvez em voz baixa, receosos das ameaças que sobre eles pairavam —, de repente, “Jesus entrou”.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

sábado, 1 de abril de 2017

Evangelho Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano A

Comentários ao Evangelho Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano A
 Evangelho da Procissão  Mt 21, 1-11
1Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! 3Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles’, mas logo os devolverá’”.
4Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: 5Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.
6Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. 7Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. 8A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. 9As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”
10Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: Quemé este homem? 11E as multidões respondiam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia. 
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Mateus - Mt 27, 11-54
 Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus declarou: “É como dizes”, e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles Te acusam?” Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele: “Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”. Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles gritaram: “BARRABÁS”. Pilatos perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram: “SEJA CRUCIFICADO!” Pilatos falou: “Mas, que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: “SEJA CRUCIFICADO!” Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue dete homem. Este é um problema vosso!” O povo todo respondeu: QUE O SANGUE DELE CAIA SOBRE NÓS E SOBRE OS NOSSOS FILHOS”. Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo: “SALVE, REI DOS JUDEUS!” Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saiam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.” Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali oa insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “TU QUE IAS DESTRUIR O TEMPLO E CONSTRUÍ-LO DE NOVO EM TRÊS DIAS, SALVA-TE A TI MESMO! SE ÉS O FILHO DE DEUS, DESCE DA CRUZ!” Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus: “A OUTROS SALVOU… A SI MESMO NÃO PODE SALVAR! É REI DE ISRAEL… DESÇA AGORA DA CRUZ! E ACREDITAREMOS NELE. CONFIOU EM DEUS; QUE O LIVRE AGORA, SE É QUE DEUS O AMA! JÁ QUE ELE DISSE: EU SOU O FILHO DE DEUS”. Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus, o insultavam. Desde o meio-dia até as três  horas da tarde, houve escuridão sobre toda terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram: “ELE ESTÁ CHAMANDO ELIAS!” E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram: “DEIXA, VAMOS VER SE ELIAS VEM SALVÁ-LO!” Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressussitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: “ELE ERA MESMO FILHO DE DEUS!”
O triunfo, a cruz e a glória
A conjunção da entrada triunfal do Divino Redentor em Jerusalém e dos sofrimentos de sua dolorosa Paixão nos lembram que a perspectiva da cruz está sempre nimbada pela certeza da glória futura.
TRIUNFO PRENUNCIATIVO DA GLÓRIA DA RESSURREIÇÃO
Ao considerar no Domingo de Ramos a entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, devemos ter presente que a Liturgia não é apenas uma rememoração de fatos históricos, mas, sobretudo, uma ocasião para receber as mesmas graças criadas por Deus naquele momento, e distribuídas ao povo judeu que lá se encontrava. Por isso a Igreja Católica estimula os fiéis a repetir simbolicamente essa cerimônia, a fim de se iniciar a Semana Santa com a alma bem preparada.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Evangelho Solenidade da Anunciação do Senhor – 25 de Março

Comentários ao Evangelho da Solenidade da Anunciação do Senhor – 25 de Março
Naquele tempo, 26 o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma Virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28 O Anjo entrou onde Ela estava e disse: “Alegra-Te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29 Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30 O Anjo, então, disse-Lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu Reino não terá fim”.
34 Maria perguntou ao Anjo: “Como acontecerá isso, se Eu não conheço homem algum?”
35 O Anjo respondeu: “O Espírito virá sobre Ti, e o poder do Altíssimo Te cobrirá com sua sombra. Por isso, o Menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”.
38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em Mim segundo a tua palavra!” E o Anjo retirou-se (Lc 1, 26-38).
Maria seria capaz de restabelecer a ordem no universo?
A Solenidade da Anunciação do Senhor é a mais bela ocasião para celebrar a restauração da harmonia no universo. É a comemoração do dia no qual a criação passou a transluzir com um brilho todo divino, pelos méritos de Maria Santíssima.
Um Universo composto por criaturas com deficiências
Se nos fosse dado contemplar a imensidade dos possíveis de Deus, ou seja, o incontável número de seres que Ele poderia ter criado em sua onipotência, veríamos criaturas semelhantes às deste mundo, mas sem os seus característicos defeitos. Por exemplo, ouriços constituídos sem meios de causar mal aos homens; pernilongos lindíssimos dotados de uma picada agradável e benfazeja; urubus de figura tão elegante quanto os seus voos, e assim por diante.
Por que não pôs Deus no universo criaturas assim, sem qualquer defeito, as quais poderiam ter sido criadas e não o foram?
Pergunta esta de difícil resposta. O certo, porém, é que no universo no qual vivemos três criaturas são insuperáveis: a humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, unida hipostaticamente à divindade; a visão beatífica e Nossa Senhora.1 Todos os outros seres, considerados individualmente, poderiam ser mais perfeitos.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Evangelho I Domingo da Quaresma - Ano A

Comentários ao Evangelho I Domingo da Quaresma - Ano A
Naquele tempo, 1 o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
2 Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome.  Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pãesl” 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.
5 Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-O sobre a parte mais alta do Templo, 6 Lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo! Porque está escrito Deus dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, e eles Te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra”. Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!”
8 Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e sua glória,  Lhe disse: “Eu Te darei tudo isso, se Te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. 10 Jesus lhe disse: “Vai-te embora, satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a Ele prestarás culto”. 11 Então o diabo O deixou. E os Anjos se aproximaram e serviram a Jesus (Mt 4, 1 - 1 1).
Sua vitória é nossa força
Ao triunfar sobre o demônio e as tentações no deserto, Nosso Senhor nos dá a principal garantia de que também nós, sustentados pela graça, podemos transpor incólumes todas as lutas espirituais.
“A VIDA DO HOMEM SOBRE A TERRA É UMA LUTA”
Os fenômenos da natureza humana, mesmo os mais comuns, não raras vezes obedecem a leis que, ao serem analisadas com atenção, podem nos proporcionar valiosas lições. E o que acontece quando sofremos uma fratura e somos obrigados, por exemplo, a manter engessado durante longo período um braço ou uma perna. No momento em que o gesso é retirado comprovamos que o membro atingido, embora antes fosse forte e vigoroso, tornou-se flácido. A musculatura ficou atrofiada pela imobilidade, sendo necessário submetê-la a sessões de fisioterapia para readquirir seu aspecto normal. Algo parecido se verifica com o homem que trabalhou a vida inteira e, ao se aposentar, opta por uma existência sedentária, permanecendo sentado na maior parte do dia numa confortável cadeira de balanço. Tal regime o expõe, com o tempo, a alguma grave doença, pois a constituição do ser humano exige movimento, esforço e combate.
Isso tem sua reversibilidade na vida espiritual, e até com maior razão. Nossa alma precisa exercitar-se constantemente na virtude a fim de aderir ao bem com toda a força, para o que as dificuldades, sobretudo a tentação, contribuem com um importante estímulo, como recorda Santo Agostinho: “Nossa vida neste desterro não pode existir sem tentação, já que o nosso progresso é levado a cabo pela tentação. Ninguém se conhece a si mesmo se não é tentado; nem pode ser coroado se não vence; nem vence se não peleja; nem peleja se lhe faltam inimigo e tentações” .
A Liturgia deste 1º Domingo da Quaresma nos ensina a reconhecer a necessidade e o valor da tentação.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Evangelho Quarta-feira de Cinzas

Comentários ao Evangelho Quarta-feira de Cinzas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”. (Mt 6, 1-6.16-18).
No jejum, na oração ou na prática de qualquer boa obra, não se pode erigir como fim último o benefício que daí possa nos advir, mas sim a glória d'Aquele que nos criou. Pois tudo quanto é nosso - exceção feita das imperfeições, misérias e pecados - pertence a Deus.
Mons. João Clá Dias, EP
I - Tempo de penitência e reconciliação
Por meio do Ciclo Litúrgico, com sabedoria e didática, rememora a Igreja ao longo do ano os mais importantes episódios da existência terrena do Verbo Encarnado. As solenidades da Anunciação e do Natal, as comemorações do Tríduo Pascal e da Ascensão de Nosso Senhor aos Céus, entre outras, compõem um variado caleidoscópio, apresentando à piedade dos fiéis diferentes aspectos da infinita perfeição de nosso Redentor. As graças dispensadas pela Providência em cada um desses momentos históricos revivem, de certo modo, e se derramam sobre aqueles que devotamente participam dessas festividades.
Precedendo as solenidades mais importantes - o Nascimento do Salvador e sua Paixão, Morte e Ressurreição - a Igreja destina dois períodos de preparação: o Advento e a Quaresma, pois convém que, para celebrar tão elevados e sublimes mistérios, os fiéis purifiquem suas almas das misérias e apegos, tornando-as mais aptas a receber as dádivas celestes.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Evangelho VIII Domingo do Tempo Comum - Ano A - Mt 6, 24-34


Comentários ao Evangelho Mt 6, 24-34 -VIII Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24 “Ninguém pode servir a dois senhores: pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. 25 Por isso Eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa?
26 Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos Céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27 Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso? 28 E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29 Porém, Eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará Ele muito mais por vós, gente de pouca fé? 31 Portanto, não vos preocupeis, dizendo: O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32 Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos Céus, sabe que precisais de tudo isso. 33 Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
34 Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia, bastam seus próprios problemas” (Mt 6, 24-34).
Pode-se servir a Deus e às riquezas?
“Sempre tereis convosco os pobres” (Jo 12, 8), respondeu Jesus a Judas que, perplexo diante de um grande gasto de Maria Madalena, para ungir os adoráveis pés do Salvador, perguntara: "Por que não se vendeu esse bálsamo por trezentos denários e não se deu o dinheiro aos pobres?" (Jo 12, 5).
I – Introdução
Eis é a grande ansiedade que pervade as almas de povos e nações dos últimos tempos: a frenética busca dos bens materiais. Ora, segundo os Doutores, tanto mais se dividem os homens, quanto mais se apegam a esses bens. Pelo contrário, tanto mais união, benquerença e paz há entre eles, quanto mais se entregam aos bens espirituais. São Tomás de Aquino se serve várias vezes desse elevado pensamento de Santo Agostinho: "Bona spiritualia possunt simul a pluribus (integraliter) possideri, non autem bona corporalia – Os bens espirituais podem ser possuídos ao mesmo tempo por muitos, não, porém, os bens corporais”.1
Assim, quanto maior for o número dos que possuem os mesmos bens do espírito, tanto melhor será. Ademais, obtém-se grande progresso no conhecimento da verdade, na medida em que se procure ensiná-la e se deseje aprendê-la nos outros.
Eis a liturgia de hoje a nos indicar uma profunda solução para as crises atuais: a da desgastada questão social e a da ameaçada economia mundial.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Evangelho IV Domingo do Tempo Comum - Ano A

Comentários ao Evangelho IV Domingo do Tempo Comum - Ano A - Mt 5, 1-12a
"Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-Se. Os discípulos aproximaram- se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem- -aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de Mim. 12a Alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa nos Céus'" (Mt 5, 1-12a).
No Sermão daMontanha, Nosso Senhor ensinou uma nova forma de relacionamento diametralmente oposta aos princípios e costumes vigentes no mundo antigo. À crueldade e à dureza de trato, veio contrapor a lei do amor, da bondade e do perdão, belamente sintetizada nas oito bem-aventuranças.
I - Jesus proclama uma doutrina inovadora
A figura majestosa do Messias e sua surpreendente doutrina ao mesmo tempo intrigavam, impunham respeito e atraíam. Do seu olhar profundo e sereno dimanava ilimitada bondade. Atendia todos os pedidos, curava todos os doentes. Até aqueles que tocavam na orla do seu manto ou eram apenas acariciados por sua sombra, viam-se favorecidos por sua benfazeja onipotência. D'Ele os aflitos recebiam inefável consolo.
Os milagres tornavam-se mais numerosos e uma multidão cada vez maior O seguia com crescente admiração: "O povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar" (Lc 19, 48). Jamais se vira em Israel profeta semelhante.
Cativados estavam também os Apóstolos que havia algum tempo acompanhavam esse Taumaturgo dotado de tão extraordinário poder: por sua ação, cegos passaram a ver, coxos a andar, surdos a ouvir, leprosos ficavam limpos e possessos viram-se libertos. Mas julgavam erroneamente os discípulos, em consonância com o geral do povo, que Ele viera para estabelecer o predomínio de Israel sobre as demais nações da Terra. Era-lhes ainda desconhecida a verdadeira fisionomia do Reino pregado pelo Divino Mestre e as regras que deveriam regê-lo, pois, como afirma Fillion, "até então Jesus anunciara a seus compatriotas a vinda do Reino de Deus, instando-os a nele entrar, mas ainda não havia descrito em pormenores as qualidades morais que deviam adquirir para serem dignos de pertencer a ele".1

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Os primeiros serão os últimos

Naquele tempo, começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.

Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. (Mc 10,28-31)
Veja a homilia de Mons João Clá Dias.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Evangelho III Domingo do Tempo Comum – Ano A - Mt 4, 12-23

Comentários ao Evangelho III Domingo do Tempo Comum – Ano A
12 Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13 Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do Mar da Galileia, 14 no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15 “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16 O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17 Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. 18 Quando Jesus andava à beira do Mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19 Jesus disse a eles: “Segui-Me, e Eu farei de vós pescadores de homens”. 20 Eles imediatamente deixaram as redes e O seguiram.
21 Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22 Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e O seguiram.
23 Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo (Mt 4, 12-23).
O início da vida pública
Por que terá escolhido Jesus a diminuta Nazaré para viver, e a dissoluta Cafarnaum para iniciar sua pregação? Na vida do Salvador todos os acontecimentos se explicam por elevadas razões de sabedoria.
I – Fim do regime da lei e dos profetas
12 Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia.
A prisão do Precursor, determina o fim do regime da Lei e dos profetas e o começo da pregação sobre o Reino dos Céus, conforme veremos na Liturgia deste 3º Domingo do Tempo Comum.
“Entre o jejum e as tentações de Cristo no deserto e a prisão e o martírio do Batista — que São Mateus contará detalhadamente mais adiante (14, 3-12) —, decorre um lapso de tempo de alguns meses, durante o qual Jesus exercita seu primeiro ministério nas terras da Judeia e Samaria. O Evangelista São João é o único que nos faz conhecer essa lacuna deixada pelos sinópticos. Jesus Cristo, depois dos quarenta dias que passou no deserto, voltou para onde estava o Batista, pregando às margens do Jordão. Ao vê-Lo, João testemunha que Aquele é o Cordeiro que vem destruir o pecado no mundo, e alguns discípulos começam a seguir Jesus. Este vem com eles para a Galileia, onde opera seu primeiro milagre em Caná; dali parte para Cafarnaum; depois de poucos dias volta à Judeia para celebrar a Páscoa. Prega e realiza alguns milagres em Jerusalém, o que dá ocasião ao colóquio noturno com Nicodemos. Durante alguns meses continua pregando nas regiões da Judeia e, nessa ocasião, é preso o Batista. Por este motivo, empreende Cristo sua volta à Galileia, passando pela Samaria (Jo 1, 29—4, 4).
“São João Batista foi entregue ao tetrarca Herodes Antipas pelos escribas e fariseus, como insinua o mesmo Cristo mais adiante (cf. Mt 17, 12). É esta a razão pela qual Cristo foge para a Galileia, apesar de esta província estar sob o domínio de Herodes, inimigo do Batista. Os fariseus da Judeia ficavam muito incomodados — como adverte São João (4, 1) — pelo fato de os discípulos de Jesus serem mais numerosos que os do Batista, e teriam aproveitado, sem dúvida, qualquer ocasião favorável que se lhes apresentasse, para pôr também Cristo nas mãos de Herodes”.1

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

EVANGELHO FESTA DO BATISMO DO SENHOR - ANO A

COMENTÁRIOS AO EVANGELHO FESTA DO BATISMO DO SENHOR - ANO A - Mt 3, 13-17
Naquele tempo, 13 Jesus veio da Galileia para o rio Jordão, a fim de Se encontrar com João e ser batizado por ele. 14 Mas João protestou, dizendo: “Eu preciso ser batizado por Ti, e Tu vens a mim?”
Jesus, porém, respondeu-lhe: “Por enquanto deixa como está, porque nós devemos cumprir toda a justiça!” E João concordou. 6 Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o Céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo pousar sobre Ele.
17 E do Céu veio uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual Eu pus o meu agrado” (Mt 3, 13-17).
O Batismo que conquistou nosso Batismo
Um milagre invisível ocorre em cada celebração batismal: em suas águas é submerso um ser humano e delas emerge um filho de Deus.
ESTÍMULO À PRÁTICA DA VIRTUDE DA FÉ
A comemoração do Batismo de Nosso Senhor Jesus Cristo encerra com chave de ouro o Tempo do Natal. Grande festa para os católicos, porque é neste Batismo, como veremos, que está incluído o nosso e, portanto, o início da participação de cada um na vida sobrenatural, na vida de Deus. Adão fechou a seus descendentes as portas do Paraíso Celeste, mas Nosso Senhor Jesus Cristo, com a Encarnação, abriu-as outra vez, tornando possível aos homens, graças a seu divino auxílio e proteção, gozar do convívio com Ele, com o Pai e o Espírito Santo, com os Anjos e os Bem-aventurados por toda a eternidade. Tendo comentado em outras ocasiões1 os aspectos teológicos do Batismo do Senhor, analisemos agora este admirável mistério por uma perspectiva diversa, útil para nosso progresso espiritual.
Um ponto de interrogação