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terça-feira, 24 de julho de 2012

Evangelho 17º domingo do Tempo Comum ano B (Jo 6, 1-15)

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ANTECEDENTES
Retornavam os Apóstolos para junto do Divino Mestre, vindos de grandes atividades e pregações coroadas de êxito, apesar de alguns prováveis percalços. À alegria do reencontro se acrescentou o desejo de narrar a Jesus “tudo o que haviam feito e ensinado”, (1) certamente numa atmosfera de muito ânimo, devido à insuperável e paternal acolhida de Quem os ouvia. Era a primeira vez que se afastavam de Jesus para exercer missões apostólicas, a partir das quais já não mais iriam à busca de peixes, debatendo-se contra ventos e tempestades, mas à conquista de almas para o Reino de Deus. Não pequena deve ter sido sua emoção ao se sentirem capazes de expulsar numerosos demônios, convidar todos à penitência e curar muitos enfermos. As impressões e lembranças tornaram os Apóstolos ainda mais expansivos.
Jesus ouviu-os, felicitou-os pelo sucesso e alimentou em suas almas a esperança de um futuro brilhante e promissor. O fervor de noviço alentava com gáudio e consolações aqueles corações recém-convertidos, sobretudo pela satisfação de haverem cumprido com zelo a missão que lhes coubera.
Jesus notou, entretanto, o quanto estavam necessitados de um bom repouso (2).
1Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galiléia (que é o de Tiberíades).
Jesus e os Apóstolos tomaram uma barca, atravessaram o Tiberíades em busca de um lugar desértico em Bethsaida.
2Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em benefício dos enfermos.
O percurso a pé era o dobro do que se realizava de barco. Apesar disso, intuindo para onde iam Jesus e seus discípulos, muitos “acorreram lá de todas as cidades, e chegaram primeiro que eles” (3).
Esse grande atraso havido no deslocamento do Divino Mestre faz supor uma atraente conversa entre eles, tornando, assim, menos intenso o desempenho dos remadores.
Duas lições podemos recolher neste versículo.
Ao buscarmos Jesus, devemos imitar essa multidão, ou seja, jamais medir distâncias ou esforços, e nosso entusiasmo deve ser tal que cheguemos com antecipação. Se nossa vida nos impõe a ação, lancemo-nos aos afazeres necessários com a atenção fixa no reencontro com Jesus. Ao estarmos com Ele “na barca”, saibamos tirar proveito de sua divina companhia, saboreando as palavras de sabedoria, por Ele comunicadas em nosso interior.


Continua

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