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quinta-feira, 12 de junho de 2014

EVANGELHO – SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE – Jo 3, 16-18 – ANO A

CONCLUSÃO DOS COMENTÁRIOS AO EVANGELHO – SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE –  Jo 3, 16-18 – ANO A
III – NÃO BASTA A FÉ, É PRECISO DAR TESTEMUNHO
Crer significa traduzir para a própria vida aquilo em que se acreditou. Indispensável é, pois, haver de nossa parte esta crença em Nosso Senhor Jesus Cristo, não de maneira etérea, mas de acordo com o momento histórico atual. E como ao longo dos séculos o mal se apresenta sob novos aspectos, temos a obrigação de manifestar a fé em Cristo de modo conveniente à situação que vivemos. Nos primeiros tempos do Cristianismo os fiéis eram conduzidos pelo sopro do Espírito Santo, a ponto de estarem dispostos a entregar tudo quanto possuíam, como se narra nos Atos dos Apóstolos (cf. At 2, 44-46). Diversa foi a época das perseguições, em que os cristãos, inebriados pela ideia da Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e abrasados de amor por Ele, enfrentavam a morte e dominavam os instintos de sociabilidade e de conservação, ambos muito vincados na alma. Na Idade Média, outra forma de  adesão levou o homem a transformar a vida social em uma manifestação da Fé Católica. A cada fase histórica, portanto, a fé produz novos e variados frutos de santidade, da fidelidade à Cátedra de Pedro, e buscarmos a sacralidade em todos os aspectos da existênpois sem as obras ela é morta (cf. Tg 2, 17).
Também nós precisamos dar testemunho dessa virtude, adequando a Jesus Cristo nossas atitudes, mentalidade, inteligência, vontade, sensibilidade, enfim, tudo aquilo que somos e queremos ser. Ao presenciarmos no mundo hodierno o abandono da fé e o quase completo desaparecimento do fermento evangélico nas relações humanas, cabe-nos alimentar uma vigorosa piedade eucarística e mariana, ao lado da fidelidade à Cátedra de Pedro, e buscarmos a sacralidade em todos os aspectos da existência. Em suma, devemos conformar-nos ao Divino Mestre, a fim de participar, já nesta vida, do inefável convívio com as três Pessoas Divinas. Este é o objetivo da Liturgia de hoje: estimular-nos a crescer na devoção à Santíssima Trindade e a corresponder ao seu inefável amor, realizando a vontade do Pai, caminhando nas pegadas do Filho e atendendo com docilidade às moções do Espírito Santo.
1 RITO DA MISSA. Ritos iniciais, A. In: MISSAL ROMANO. Trad. Portuguesa da 2ª edição típica para o Brasil realizada e publicada pela CNBB com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica. 9.ed. São Paulo: Paulus, 2004, p.389.
2 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. I, q.32, a.1.
3 SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE. Oração do Dia. In: MISSAL ROMANO, op. cit., p.379.
4 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO, op. cit., II-II, q.6, a.1.
5 SANTO AGOSTINHO. De Trinitate. L.I, c.1, n.3. In: Obras. 2.ed. Madrid: BAC, 1956, v.V, p.131.
6 Idem, L.XV, c.25, n.45, p.927.
7 HAYMO DE AUXERRE, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Ioannem, c.III, v.1-3.
8 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. I, q.25, a.3, ad 2.
9 Cf. Idem, q.20, a.2, ad 2.
10 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma contra os gentios. L.III, c.24, n.6.
11 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Super Sent. L.II, proœm.
12 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Super Ioannem. C.III, lect.3.
13 SANTO AGOSTINHO, op. cit., L.XIII, c.11, n.15, p.733.
14 GONZÁLEZ ARINTERO, OP, Juan. Evolución mística. Salamanca: San Esteban, 1988, p.209.
15 SÃO TOMÁS DE AQUINO, Super Ioannem, op. cit.
16 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. I, q.12, a.6.
17 CCE 1022.
18 SANTO AGOSTINHO. In Ioannis Evangelium. Tractatus XII, n.12. In: Obras. Madrid: BAC, 1955, v.XIII, p.353.

19 SÃO JOÃO CRISÓSTOMO. Homilía XXVIII, n.1. In: Homilías sobre el Evangelio de San Juan (129). 2.ed. Madrid: Ciudad Nueva, 2001, v.I, p.325.

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