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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Evangelho XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano B - Mc 9,38-43.45.47-48

Conclusão dos comentários ao Evangelho – XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano B
IV – A obrigação do bom exemplo
A conclusão do Evangelho de hoje nos leva a compreender que, assim como não podemos causar escândalo — sobretudo aos pequenos —, em sentido contrário, temos a obrigação de edificar o próximo. E como reparação pelos inúmeros escândalos que observamos, devemos viver dando bom exemplo a todos, praticando o esforço de fazer tudo aquilo que possa nos tornar modelos de santidade para os que conosco convivem. Porque são os exemplos que arrastam e motivam a trilhar o mesmo caminho. Não é por outro motivo que a Igreja nos apresenta a vida dos santos como modelo para seguirmos.
A cada momento, todo homem está influenciando o seu próximo ou recebendo a influência dele. Está sendo para ele ora pastor, ora ovelha; ora mestre, ora discípulo; continuamente dando e recebendo algo. É o princípio da Comunhão dos Santos, por onde cada ato nosso repercute no Corpo Místico da Igreja. Nesse sentido, nada em nossa vida é neutro: tudo pesa para bem ou para mal!
O que me impede de praticar a virtude?
Diante de uma liturgia que nos exorta a rejeitar tudo quanto pode nos afastar de Deus e nos estimula a edificar o próximo, não é descabido propor um pequeno exame de consciência.
O que me impede de praticar com integridade a virtude? Que apegos materiais me impelem a tomar em consideração muito mais as coisas humanas do que as divinas? O que me leva a fechar-me sobre mim e, portanto, a não passar na prova desta vida, cujo desfecho será o prêmio ou o castigo eterno? Há algo que me arrasta ao pecado com frequência ou revela em mim defeitos de alma como caprichos, comparações, invejas, impureza ou o apego ao dinheiro? O que devo cortar para salvar-me?
E, depois de nos analisarmos, precisamos pedir a graça de ter a coragem de agir com presteza, porque sem o auxílio de Deus não é possível praticar os Mandamentos de forma estável, menos ainda com perfeição.
Em Nossa Senhora encontraremos a força para mudarmos
Na Liturgia hoje comentada, não é mencionada Nossa Senhora. Entretanto, é a Ela que devemos dirigir o nosso olhar, porque, como afirma São Bernardo no Memorare, Ela jamais abandona quem recorre à sua maternal proteção.
Portanto, cientes da nossa miséria, voltemo-nos para Maria Santíssima, pedindo: “Ó Mãe, tende misericórdia de nós! Obtende-nos a graça de ter no coração a alegria de praticar a Lei de Deus na sua integridade”.
E como Deus deseja a nossa plena santificação, estejamos certos de sermos atendidos com superabundância! 
 1 SÃO JERÔNIMO. Commentarii in Mathæum I,10. In: Obras Completas. Madrid: BAC, 2002, v.II, p.107.
2 MALDONADO, SJ, Juan de. Comentarios a los Cuatro Evangelios. Madrid: BAC, 1951, t.II, p.156-157.
3 Idem, p.155.
4 SANTO AGOSTINHO. Carta a Dárdano, 187,12,36. In: Obras de San Agustín. 2.ed. Madrid: BAC, 1972, t.XIa, p.559.
5 SÃO JOÃO CRISÓSTOMO. Homilía sobre San Mateo, 58, 2. In: Obras de San Juan Crisóstomo. Madrid: BAC, 1956, p.222-223.
6 SÃO JERÔNIMO, op. cit., p.243, 245.
7 SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, op. cit., 58, 3, p.225.
8 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. II-II, q.43, a.1. 9 SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, op. cit., 59, 4, p.244.

10 Idem, p.244-245.

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