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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

COMENTÁRIOS AO EVANGELHO DA FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA - Lc 2, 22-40
22 Quando se completaram os dias para a purificação da Mãe e do Filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-Lo ao Senhor.
23 Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
24 Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 5 Jerusalém, havia um homem chamado Símeão, o
qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26 e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27 Movido pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais trouxeram o Menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28 Simeão tomou o Menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30 porque meus olhos viram a tua salvação, ‚ que preparaste diante de todos os povos: 32 luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
O pai e a Mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito d’Ele.  Simeão os abençoou e disse a Maria, a Mãe de Jesus: “Este Menino vai ser causa tanto
De queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35 Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a Ti, uma espada Te traspassará a alma”.
36 Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o
marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38 Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
38 Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 400 Menino crescia e tornava-Se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com Ele (Lc 2, 22-40).
Hierarquia ou igualdade?
Ao longo de trinta anos de vida familiar5 o Homem-Deus oferece o exemplo da obedieAncia perfeita a um mundo no qual imperam a mentalidade igualitária e o espírito de revolta contra toda autoridade.
I - A CÉLULA “MATER” DA SOCIEDADE
Divinas são as palavras da Liturgia, por serem ditadas pelo Espírito Santo aos autores sagrados e recolhidas pela Santa Igreja com sabedoria. Cada um dos pensamentos que as leituras da festa da Sagrada Família nos sugerem seria suficiente para, detendo-nos um instante e meditando-os, enriquecer a alma e o coração. Nelas se condensam uma série
de verdades ensinadas por Deus a respeito de um ponto fundamental atinente à sociedade e à própria Igreja: a vida familiar. A família é a célula mater da sociedade, onde se preparam os homens e mulheres de valor que constituirão o mundo do futuro, e é também a fonte de vocações religiosas para o serviço da Igreja.
Sendo uma instituição de direito natural — como atesta a história de todos os povos, desde a mais remota Antiguidade —, a família foi contemplada por Nosso Senhor Jesus Cristo com a elevação do Matrimônio à categoria de Sacramento, a fim de infundir nos esposos as graças necessárias para cumprir, com vistas sobrenaturais, o dever que lhes cabe.
De fato, acima de todas as suas funções, a família tem uma missão salvífica. Uma vez que o nosso destino final não eslá aqui na Terra — na qual nos encontramos apenas de passagem —, mas sim na eternidade, não há no Matrimônio objetivo mais excelente que um cônjuge santificar o outro, e ambos santificarem os filhos. Trata-se, portanto, de levar a vida familiar em Deus, de maneira que Ele seja o elemento essencial do relacionamento entre marido e mulher, pais e filhos. Se a família se basear na graça e na piedade, ainda que sobre ela se abatam dramas e vicissitudes, tudo se tornará fácil, e nela reinará a paz.

Na Sagrada Família temos o modelo admirável de como enfrentar as dificuldades e as dores da existência com espírito elevado: pai, Mãe e Filho viviam numa harmonia perfeita porque Deus estava no centro. Por isso, nesta festa, reza a Oração do Dia: “O Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa”.1 Imitemos em nossos lares as virtudes de Jesus, Maria e José para, transpostos os umbrais da morte, sermos integrados para sempre na família eterna do Pai, do Filho e do Espírito Santo, juntamente com todos os Anjos e Bem-aventurados. Deus quer nos conferir a felicidade imensa do convívio com Ele no Céu e, para isso, Ele mesmo Se encarnou e viveu trinta anos numa família — enquanto empregou apenas três em expor sua doutrina! —, dando-nos assim uma noção clara da importância do núcleo familiar e o padrão de como este deve ser.
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