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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Evangelho XXIII Domingo do Tempo Comum – Ano B – Mc 7,31-37

Evangelho XXIII Domingo do Tempo Comum – Ano B – Mc 7,31-37
Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole.
32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!”
35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. ( Mc 7,31-37)
Uma surdez pior que a surdez
O milagre da cura do surdo-mudo nos alerta contra a perigosa perspectiva de uma surdez muito pior que a física: o fechamento de nossas almas à voz de Deus.
I — A PERSPECTIVA CRISTÃ NO ANTIGO TESTAMENTO
As maravilhas aprendidas por uma criança nas aulas de catecismo de hoje não foram nem sequer sonhadas no Antigo Testamento pelos maiores patriarcas, reis ou profetas. De fato, sem a revelação feita por Nosso Senhor Jesus Cristo, eles jamais poderiam conceber, por exemplo, a existência da Santíssima Trindade — mistério inatingível pela inteligência humana e só cognoscível a partir do testemunho do próprio Deus. O mesmo se diga do caudal de graças em profusão trazido por Nosso Senhor, desde o momento de sua Encarnação, e que se espalharia por todo o gênero humano, a ponto de se tornar possível levar uma vida semelhante à do Paraíso Terrestre, embora, é claro, sem os benefícios físicos nem outros tantos dons perdidos pelo pecado de nossos primeiros pais.
Não é descabido, portanto, afirmar terem sido estes grandes homens cegos para aquilo que uma criança de nossos dias vê, surdos para oque ela entende, e até paralíticos, porque não conseguiam realizar as obras de que somos capazes depois da Redenção operada pelo Divino Cordeiro. Cegos, surdos e paralíticos de Deus...

Uma salvação sobretudo espiritual
Ora, tais deficiências lhes impediam ainda de penetrar na mais profunda realidade expressa nas profecias e outros textos sagrados, redigidos sob a inspiração do Espírito Santo. Com efeito, lendo as Escrituras, podemos considerar toda afirmação e descrição no seu sentido literal, ou analisá-las debaixo de um ponto de vista espiritual.
No trecho do Livro de Isaías, apresentado neste domingo como primeira leitura (35, 4-7a), o profeta transmite a voz de Deus anunciando vingança e recompensa: “Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é Ele que vem para vos salvar” (35, 4). Evidentemente, Isaías está falando, sobretudo em um sentido espiritual, a respeito dos efeitos da vinda do Messias: uma tal infusão de graças, uma Redenção tão superabundante que vingaria o pecado e toda a sanha de satanás contra a humanidade, de maneira que o ânimo para praticar o bem se tornaria fortíssimo e desapareceriam os temores. Esta salvação não consiste em livrar de um ataque militar, de uma situação de pagamento de impostos, ou de algo semelhante, como muitos judeus esperavam, mas, isto sim, em evitar o inferno ou uma eternidade no Limbo, para onde iriam aqueles que morressem na justiça, se não houvesse a Redenção.
Jesus: médico dos corpos, mas em especial das almas
Usando figuras um pouco dramáticas, Isaías continua: “Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos” (35, 5-6). Igualmente, esta profecia não se limita a seu significado concreto, pois Nosso Senhor passou curando todas as enfermidades encontradas pelo caminho, fazendo uma ligação inteira entre a doença corporal e a moral. Dizia Ele: “Vai, a tua fé te salvou”. (Mc 10, 52); “Eis que ficaste são; já não peques, para não te acontecer coisa pior” (Jo 5, 14); ou “Vai e não tornes a pecar” (Jo 8, 11).
Todas estas curas têm também um aspecto simbólico e nelas o maior milagre não é tanto o físico como o espiritual. Se toda a humanidade, formando uma fila em volta da Terra, tivesse seus braços cortados e um Anjo fosse recolocando os braços de cada um, não seria um milagre tão grande quanto o que se opera quando alguém recebe a absolvição de um pecado mortal. Porque no confessionário não se trata de restituir um membro ao corpo, mas de fazer com que a vida divina, expulsa pelo pecado, reanime aquela alma.
Com base nestas considerações, o Evangelho do 23 Domingo do Tempo Comum nos põe numa perspectiva lindíssima e muito apropriada para nosso proveito espiritual.
II— A CURA DO SURDO-MUDO
Naquele tempo, 31 Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o Mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32 Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão.
Quando se deu este fato, Nosso Senhor estava em terras pagas, nas quais, em princípio, poderia ter mais sossego do que em Israel, onde era invariavelmente acompanhado por multidões. Porém, a estas alturas de sua vida pública, já se espalhara sua fama de taumaturgo e, em qualquer lugar, seria procurado por muitos necessitados. Por esta razão, alguns homens levaram até Jesus um surdo-mudo.
O uso do verbo “trouxeram” torna patente não ter chegado o doente por si até o Divino Mestre, implorando ajuda. Foram os companheiros dele que pediram a Nosso Senhor para impor-lhe as mãos, gesto que era, desde o Antigo Testamento, empregado para impetrar a cura de um doente. Embora fosse raro, os sacerdotes tinham ainda o poder de curar nos tempos de Jesus. Ele, entretanto, não seguirá o mero costume dos judeus, mas tomará outras atitudes.
Um cuidadoso modo de infundir a fé
33ª Jesus afastou-Se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos...
Como aqueles que pediram pelo surdo-mudo ouviam e falavam, isto é, tinham fé, Nosso Senhor ia atendê-los. Todavia, desejava não só remediar a surdez, mas também infundir a fé na alma do doente.
Jesus poderia ter curado à distância, como fez com o servo do centurião romano, quando este Lhe disse: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mt 8, 8). E Ele respondeu: “Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. [...] Vai, seja-te feito conforme a tua fé” (Mt 8, 10.13). Na mesma hora, o servo levantou-se da cama. Assim, também com o surdo-mudo bastaria uma palavra de Jesus; contudo, como não ouvia, Ele quis que o homem sentisse fisicamente quem o estava curando. Por isso, Nosso Senhor toca com os dedos os ouvidos do doente, para ficar patente que a força vinha unicamente d’Ele. De fato, se estes ou aqueles Santos foram taumaturgos extraordinários, ultrapassando as leis da natureza, foi em virtude de uma participação no poder divino, o qual só Nosso Senhor Jesus Cristo possui em plenitude, por ser Deus.’
33b... cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34 Olhando para o Céu, suspirou e disse: «Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te! 35 Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
Nosso Senhor tocou com a própria saliva...
E um modo, à primeira vista, prosaico entre criaturas concebidas no pecado original. Sem embargo, com Jesus não acontece o mesmo, porque tudo n’Ele é santidade. Trata-se da saliva da boca de Deus... Pelo que se pode medir o tamanho do privilégio de haver algo que passe d’Ele para este pobre coitado, manifestando-lhe de quem provinha a cura.
Isto já seria suficiente. No entanto, é curioso notar ter sido só depois de Jesus dizer “Efatá! — Abre-te!” que se abrem os ouvidos e se solta a língua do homem. Desta forma, o Mestre dava a entender ao surdo que Ele estava pedindo aquela força do alto. Tornam-Se claras, neste ato, as duas naturezas em Nosso Senhor: a humana e a divina. Ele, enquanto Homem, põe os dedos nos ouvidos do surdo, suspira, geme e fala; mas, como Deus, é Ele quem cura.
O dever de nunca falar de si
36 Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais Ele recomendava, mais eles dlgavam. 37ui impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar .
Jesus sabia perfeitamente desde toda a eternidade, que eles não iriam obedecer a esta recomendação. Então, qual foi a razão de tê-la dado? Estaria o Homem-Deus dizendo algo inútil? Nada do que fez Nosso Senhor foi em vão. Ele advertiu para não comentarem, a fim de servir de exemplo ad perpetuum — em especial para todos os orgulhosos — de que quando alguém realiza uma obra de Deus, com a ajuda da graça, não deve chamar a atenção sobre si e colocar-se no centro dos acontecimentos, mas ressaltar o Senhor. Ademais, nos ensina a nunca pedir aos outros que façam propaganda a nosso respeito.
As pessoas, pelo contrário, a despeito da recomendação do Salvador, divulgavam a ação de Deus porque estavam tomadas de contentamento e de grande admiração pelo fenômeno presenciado.
III — A SURDEZ ESPIRITUAL, DOENÇA TERRÍVEL
Voltando S nossas considerações iniciais, que focalização devemos ter em mente, no tocante ao Evangelho deste domingo? Devemos analisá-lo no sentido literal? É evidente, pois este milagre nos oferece um fundamento para nossa fé. Sim, Nosso Senhor concedeu a audição àquele homem e a facilidade no uso de sua língua, com o intuito de demonstrar ser Ele Deus e de nos preparar para o Reino vindouro.
Não obstante, não é o único mirante para interpretar o ocorrido. Cabe-nos ver também, neste episódio, uma significação espiritual que deve pautar nosso comportamento.
O Divino Mestre quis deixar patente, para os séculos futuros, ter vindo Ele trazer o remédio para a surdez e o mutismo espiritual característicos do Antigo Testamento. Porém, não podemos nos esquecer de que estas doenças espirituais se agravaram no mundo moderno.
Deus fala conosco a todo momento
Deus entra em contato conosco o tempo inteiro, pois Ele jamais abandona sua criatura e tem verdadeiro empenho em dirigir-Se a ela dos mais diversos modos. Por um lado, através da criação: tudo o que existe nos fala de Deus. Até mesmo seres na aparência insignificantes, como uma formiguinha fazendo um enorme esforço para carregar uma folha, nos provam a existência do Deus que tirou do nada as criaturas e as sustenta a cada instante.
Por outro lado, Nosso Senhor subiu aos Céus, mas nos deixou uma Igreja visível mediante a qual nos transmite a sua Palavra. Será pela doutrina pontifícia, por sermões magníficos, pela consideração da Providência Divina percorrendo as páginas das Sagradas Escrituras, ou pelo ambiente de certas igrejas belíssimas, onde é impossível não se estabelecer uma ligação entre a pessoa e Deus... Enfim, quantos Santos, quantos escritos, quantas artes, quantas outras maravilhas não possui a Santa Igreja para fazer chegar até nós a voz de Deus!
Às vezes são fatos e acontecimentos concretos que revelam a presença do Altíssimo. Por exemplo, alguém anda mal e recebe uma punição! E Deus manifestando quanto ama aquela criatura. Por quê? Porque está dito na Escritura: “O Senhor castiga aquele a quem ama” (Pr 3, 12). Para um pode ser ainda uma provação que redunda em benefício; outro é perseguido por sua virtude, mas, em certo momento, triunfa, porque o bem jamais deixa de prevalecer. Ou então, a morte repentina de um conhecido nos faz lembrar estarmos, sempre, a um passo da eternidade...
No entanto, não é só pelos meios externos — de si quão valiosos! — que Deus Se comunica conosco. Ele nos fala também em nosso interior, em diversas circunstâncias, com graças atuais em quantidade, através de discretos sopros emoções íntimas. Inclusive, por mais endurecido que possa ser um pecador, Deus nunca cessa de aguilhoar-lhe a consciência, a fim de ele se dar conta de seus desvios.
Deve-se estar atento e responder prontamente
Ora, a vida espiritual consiste na reciprocidade para com esta constante voz de Deus chamando-nos ad maiora: é preciso não só ouvi-la, como corresponder a ela. Porque se é falta de educação não retribuir o cumprimento de alguém com quem nos cruzamos, sobretudo esta atitude é impensável perante Deus. Devemos ter a postura de Samuel ao escutar o apelo do Senhor: levantou-se de imediato, e disse: Præsto sum — Estou pronto! (cf. I Sm 3, 5).
Por que acontece, então, de ficarmos surdos, se Deus fala com tanta verve e através de tantos meios? A causa principal deste mal é abrir o coração para vozes estranhas, alheias a Deus e que não conduzem a Ele. A impureza, a avidez por dinheiro, o gozo da vida e as concessões feitas ao pecado tornam córneo o ouvido espiritual, bem como encardida e entorpecida a alma. Barbarizado pelo ruído de seus sentidos, perde o homem a audição do Espírito Santo e se torna inteiramente refratário à voz de Deus. Esta nada mais significa para ele, não o impressiona nem lhe toca o fundo da alma. O surdo espiritual é tão incapaz de compreender os assuntos da Fé, quanto um cão o é em relação aos raciocínios da inteligência humana. O próprio Nosso Senhor Se queixa várias vezes — comprovamos isso ao longo dos Evangelhos — a respeito do povo que ouve, e não entende. Por isso, Ele intimava aqueles que assistiam à sua pregação: “Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça!” (Mc4,9).
O perigo de cair na surdez parcial
Todavia, existe também a surdez parcial. Ao ouvirmos certos temas espirituais vibramos e até nos emocionamos.., mas, em parte. Eis que a linguagem usada pelo mundo, com todos seus atrativos, nos seduz e, por vezes, em lugar de combatermos tais solicitações, as aceitamos. Então, os ouvidos carregados por estes rumores não mais percebem aquela voz divina austera, contudo muito suave e deleitante, desde que saibamos apreciá-la. Com efeito, como é possível escutar a voz de Deus enquanto estamos com a atenção posta no bulício da televisão, do rádio, do cinema, da internet e de tantas outras coisas? Como manter-se numa perspectiva que faça crescer a própria fé, se nossos atos são completamente desprovidos de qualquer significado sobrenatural, pois vivemos como ateus práticos? Como ter o pensamento tomado pela grandeza e beleza de Deus quando temos nossa mente presa aquilo que é imoral? Dois objetivos opostos não cabem na mesma ação do homem: é Deus ou satanás, é o Céu ou o inferno.
Isto nos leva a concluir que o mundo, em geral, é muito mais surdo do que, a princípio, imaginaríamos. Quem hoje em dia fala de Deus? Quem O conserva no centro de suas preocupações? Quantos rezam seriamente? Ora, se não há oração, não há conversa com Deus; se não há conversa com Deus, só há surdez.
Supérfluo é dizer que tal enfermidade traz como consequência o mutismo, ao qual bem podemos dar como significado sobrenatural o esquecimento de glorificar a Deus. O surdo não tem Deus nos lábios e não eleva sua consideração ao Criador; sua conversação é vulgar, orientada para as bagatelas e... com facilidade gosta de falar de si mesmo. É mudo porque, ao entrar em diálogo com o demônio, tomou sua língua inábil para discorrer sobre as verdades da Fé.
O remédio: aproximar-se d’Ele
A estas alturas nos perguntamos: “Qual é o remédio para isto?”. Encontramo-lo no Evangelho deste domingo: o surdo-mudo é apresentado a Jesus, pois só o poder de Deus há de sanar quem chega ao estado de surdez e de mutismo espiritual. Portanto, não se trata de fugir d’Ele, mas sim de procurá-Lo. Àquele, Nosso Senhor levou-o à parte. Detalhe simbólico, porque no meio do tumulto do mundo, das atrações da sensibilidade e das ilusões do demônio, é impossível para um surdo dar-se conta de sua situação espiritual. Por tal motivo, cumpre tirá-lo das ocupações moralmente perigosas, separá-lo dos maus relacionamentos, levá-lo a desapegar-se de tudo o que o afasta de Deus. Ou seja, a primeira condição para a cura é unir-se a Deus e apartar-se do mundo.
Para perseverar em meio à decadência moral da sociedade recente, é indispensável nunca abandonar a mão estendida por Cristo e pedir que o dedo divino, símbolo do poder d’Ele, seja posto em nossos ouvidos. Ademais, peçamos uma infusão da sabedoria de Nosso Senhor, representada por sua saliva, pois, sem ela, de nada adiantaria recuperar a audição e a fala.
Jesus nos toca, através dos Sacramentos. Se Ele curou com a saliva, imaginemos qual não será o efeito da Eucaristia — que é Ele em substância —, se a tomarmos com fé e abertura de alma!
Recuperada a voz, falemos d’Ele para todos!
Por fim, não nos esqueçamos de que Ele, “olhando para o Céu, suspirou”. É a manifestação do seu desejo de que tenhamos os olhos postos continuamente no alto. Só assim — à ordem d’Ele, “Efatá!” — é que os ouvidos se abrem e a língua se solta para começar a falar sem dificuldade! Como aqueles que assistiram ao portentoso milagre do Evangelho, nós devemos sair propagando suas maravilhas para pôr o mundo inteiro a par da misericórdia usada para conosco, como melhor modo de repararmos as faltas cometidas e sermos gratos Àquele que nos curou. Principalmente, nunca guardemos no fundo da alma laços com a fonte das nossas maldades e com as ocasiões que nos levam a pecar.
Que Maria Santíssima nos obtenha a graça de nunca cairmos no defeito terrível de calar-nos acerca das coisas da Fé e, ainda quando tivermos de tratar de assuntos secundários atinentes a nossas obrigações, sempre o façamos com desejo de logo voltar a horizontes mais sublimes.
1 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. III, q.7, a.7, ad 1; q.13, a.2, ad 3.


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