CONTINUAÇÃO DOS COMENTÁRIOS AO EVANGELHO 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO A – 2014 – Jo 1, 29-34
31 ... e eu não O conhecia, mas vim batizar
em água, para Ele ser reconhecido em Israel.
João
quis evitar o equívoco da parte do povo, o qual poderia julgar serem suas
afirmações sobre Jesus feitas com base no parentesco existente entre ambos. E
realmente, o Batista se retirara ao deserto ainda menino e não estivera com Ele
antes. Portanto, suas declarações eram fruto de um discernimento essencialmente
profético, como também é profética sua missão, pois torna claro o objetivo de
seu batismo: o reconhecimento do Messias, da parte do povo.
32 João deu este testemunho: “Vi o Espírito
descer do Céu em forma de pomba e repousou sobre ele”.
O mistério
da Santíssima Trindade não havia sido revelado até então; entretanto, de dentro
da Teologia como é hoje conhecida, torna-se patente a presença das Três Pessoas
nessa proclamação de João Batista.
A pomba
é inocente por sua natureza e, ao contrário das aves de rapina, não se alimenta
de carnes mortas, mas sim de sementes da terra. Gemem quando estão enamoradas.
Eis um belo símbolo do Espírito Santo, a Inocência que nos instrui, ilumina e
santifica com gemidos inefáveis dentro de nós.
33 Eu não O conhecia, mas O que me mandou
batizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o
Espírito, esse é O que batiza no Espírito Santo.
Reafirma
São João Batista não ter antes conhecido Jesus. Compreende-se sua insistência a
esse respeito, pois os laços familiares eram vigorosos naqueles tempos e havia
o risco de interpretarem as palavras do Precursor sob um prisma meramente
humano.
Era indispensável
fixar a atenção de todos na origem divina de suas proclamações, daí a
referência Àquele que o havia mandado batizar.
34 Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o
Filho de Deus.
Sim,
Jesus é o Unigênito do Pai. Enquanto os outros todos — inclusive a Santíssima
Virgem — somos filhos adotivos, Jesus é gerado e não criado, desde toda a eternidade.
João já havia declarado ser o Messias o Cordeiro de Deus, que batizaria no
Espírito Santo. Porém, esta é a primeira vez que declara tratar-se
especificamente do Filho de Deus.
Continua no próximo post.
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