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quarta-feira, 13 de março de 2013

Evangelho 5º Domingo da Quaresma - Ano C - 2013 - Jo 8, 1-11


 Continuação dos comentários ao Evangelho V Domingo da Quaresma -  Ano C -  2013 - Jo 8, 1-11

9 A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante d’Ele.

Essa narração contribui, ainda mais, para a probabilidade de estar relacionada a escrita no solo com os pecados de cada um dos acusadores. Não teria Jesus começado pelos mais velhos? Se o simples enunciado da sentença os tivesse convencido a todos, a desistência deveria ser coletiva e concomitante. O fato de se retirarem um a um indica que a conclusão de não ser conveniente ali permanecer, foi individual e sucessiva. Por outro lado, a ser verdadeira a interpretação de São Jerônimo e de Santo Ambrósio, não reconheceram aqueles homens suas faltas e delas não pediram perdão.

O pecado não compensa

 10 Então Ele Se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: “Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?” 11 Respondeu ela: “Ninguém, Senhor”. Disse-lhe então Jesus: “Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar

Ao notar a adúltera que seus acusadores iam-se retirando, começou a sentir crescente alívio em seu interior, atingindo um clímax após a saída do último deles. A perspectiva da morte por lapidação a amedrontara e promovera uma constatação freqüente nos pecadores arrependidos: o pecado não compensa! A grande vergonha e humilhação diante daquele numeroso público talvez a fizessem sofrer ainda mais.

A última terrível prova: o santíssimo olhar de Jesus. A Sagrada Face, íntegra em sua divina moralidade, a pureza e a virgindade em essência, sendo contempladas pelo delírio carnal envergonhado e arrependido... Só um ardoroso sentimento salvaria do merecido castigo aquela pobre alma: um pedido de perdão! Jesus não exigirá dela uma declaração explícita e formal, apenas lhe manifestará sua insuperável delicadeza: “Ninguém te condenou?”

Respeitando a Lei, Jesus é misericordioso

Com um procedimento tão sábio quanto inusitado, ninguém mais poderia acusar o Mestre de haver desconsiderado a Lei de Moisés e, portanto, de ter sido exageradamente indulgente. Ele não repetira senão a própria atitude dos fariseus e, ademais, Ele levara a pecadora a declarar: “Ninguém, Senhor”. Seguindo o exemplo de todos, Ele tampouco a condenaria.

Assim, “quebra o laço que Lhe armaram os caçadores” (cf. Sl 123, 7), confirma a Lei, faz rebrilhar sua dignidade, põe em fuga seus inimigos, produz maior admiração, respeito e submissão junto ao povo que O cercava e perdoa a pobre pecadora, despedindo-a com uma advertência: “Não peques mais”. Com essa admoestação, Ele ainda lhe concedia sua graça, sem a qual nenhuma virtude se pratica estavelmente.

Continua nos próximos posts.

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