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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Evangelho do 3º Domingo da Páscoa Jo 21, 1-19 - Ano C - 2013


MENSAGEM DO EVANGELHO DO III DOMINGO DA PÁSCOA
Jo 21, 1-19 - Ano C - 2013
LIÇÕES PARA OS CATÓLICOS DE TODOS TEMPOS
Talvez por seu convívio íntimo e diário com a Mãe de Deus, ou por ser o amado, João escreve com especial unção, mostrando-se exímio conhecedor do profundo significado de todos os fatos. Nestes versículos de hoje, sua linguagem simbólica atinge um máximo de expressividade.
Pedro se lança ao mar com mais seis companheiros nas aventuras de uma pesca noturna. E Jesus, estando em lugar firme, vigia por eles e pela barca. Nada conseguem. Jesus os orienta, eles obedecem e o resultado é inesperado. Uma vez mais se torna patente a afirmação de Jesus: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5), como também aquela outra de São Paulo: “Tudo posso n’Aquele que me conforta” (Fl 4, 13). São as últimas lições deixadas pelo Divino Mestre, não só para a boa formação de seus discípulos de então, mas para os séculos vindouros, até o fim dos tempos, portanto, também para nós. Quando o fracasso arquear as nossas costas, procuremos ouvir a voz de Jesus e seguir seus ensinamentos. Ele, estando na praia da eternidade, nos dará o conselho sábio e eficaz prestes a transformar o peso que nos esgota em maravilhoso sucesso. Por isso jamais devemos desanimar, por maiores que sejam os obstáculos a transpor.
Pedro propõe a pesca, salta do barco em busca de Jesus e retorna ao mesmo para arrastar a rede. Também aqui, Pedro representa o Papa de todos os tempos, o Doce Cristo na terra. A ele cabe a condução da Igreja sob a vigilância e orientação de Jesus.
Os Apóstolos estavam sem alimentar-se durante toda a noite, mas, antes mesmo de qualquer providência, entregam os frutos de seus esforços a Jesus. Este deve ser sempre o nosso procedimento; primeiro temos de restituir a Deus os nossos sucessos, sem nos preocuparmos conosco, pois Ele tomará a iniciativa de completar aquilo que Ele mesmo começou. Lancemo-nos às atividades apostólicas sob o influxo do Espírito Santo, compenetrando-nos de que estamos na barca cujo piloto é Pedro. Nossa entrega e esforços devem ser totais. O sustento e a energia, no-los dará Jesus.
Em todas as missões apostólicas, devemos estar convictos da presença de Cristo ao nosso lado. Nós O sentiremos se prestarmos um pouco de atenção, tal qual se deu com esses sete discípulos: “Nenhum dos discípulos ousava perguntar-Lhe: ‘Quem és Tu?’, sabendo que era o Senhor”.
Também não é frutuosa a pesca de almas realizada “à noite”. Ou seja, por mais cultura, inteligência e dons naturais que possamos ter, nada conseguiremos em nosso apostolado se quisermos contar, de modo exclusivo, com os meios meramente humanos. São eles, a noite do nosso fracasso.
“Chegada a manhã ... “ (v. 4). É na luz da graça e, portanto, na intercessão de Maria Santíssima que Jesus se apresenta na praia. Ação missionária de maravilhosos efeitos sempre tem sido a realizada à luz da aurora da mediação d’Aquela que é invocada como a Estrela da Manhã.
1) Suma Teológica, Supl., q. 85
2) PL 38, 1161-1163.
3) PL 38, 1161-1163.
4) Apud Catena Áurea, in Jo XXI, 12
5) Apud Catena Áurea, in Jo XXI, 13. 6) Denzinger, Ench. Symb., nº 1.822.
6) Denzinger, Ench. Symb., nº 1.822.

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