COMENTÁRIO AO
EVANGELHO DO 34º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Mt 25,31-46
Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: “Quando o
Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no
seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns
dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à
sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estão à
direita: — Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está
preparado desde a criação do mundo (...). Voltar-se-á em seguida para os da sua
esquerda e lhes dirá: — Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno
destinado ao demônio e aos seus anjos. (...) E estes irão para o castigo
eterno, e os justos, para a vida eterna” (Mt 25,31-46).
Nosso Senhor descreve os últimos momentos da história do mundo,
quando estaremos todos reunidos para o Juízo Final
Por razão de
brevidade, focalizaremos apenas os trechos acima, do Evangelho do 34º domingo
do tempo comum.
Nas leituras dos dias
anteriores, Jesus insiste na necessidade de estarmos preparados para o momento
de comparecer ante o tribunal divino. Nesse sentido é a parábola das virgens
tolas e das prudentes, com a qual se inicia o capítulo 25 de São Mateus. O
mesmo se diga da parábola dos talentos, que vem logo a seguir. Ambas ilustram o
discurso escatológico iniciado no capítulo 24 do mesmo evangelista, quando
nosso Redentor adverte para os acontecimentos que marcarão o fim do mundo:
“Como o relâmpago parte do oriente e ilumina até o ocidente, assim será a volta
do Filho do Homem...”.
Era natural que, na
sequência desses ensinamentos, Ele passasse à descrição do último ato da
história da humanidade: o Juízo Final.
A segunda vinda de Jesus
“Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os
anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão
diante d’Ele...”.
Assim Nosso Senhor
inicia a descrição dos instantes finais dos homens nesta terra. Meditemos sobre
isso, seguindo o categórico conselho do Eclesiástico: “Em todas as tuas obras,
medita nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (7,40). “Novíssimo” é um
termo vindo do latim novus, e quer dizer também “último”. É com esse
significado que a Escritura o utiliza, para indicar os últimos acontecimentos
de nossa vida: morte, juízo, Céu ou Inferno.