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sábado, 26 de dezembro de 2015

Evangelho Domingo da Sagrada Família - Lc 2, 41-52 - Ano C

Comentários ao Evangelho Domingo da Sagrada Família - Lc 2, 41-52
41 “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42 Quando Ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43
Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que Ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-Lo entre os parentes e conhecidos. 45 Não O tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura.
46 Três dias depois, O encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47 Todos os que ouviam o Menino estavam maravilhados com sua inteligência e respostas. 48 Ao vê-Lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe Lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e Eu estávamos angustiados, à tua procura’. 49 Jesus respondeu: ‘Por que Me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?’. 50 Eles, porém, não compreenderam as palavras que Lhes dissera. 51 Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-Lhes obediente. Sua Mãe, porém, conservava no coração todas essas coisas. 52 E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens (Lc 2, 41-52).
Como encontrar Jesus na aridez?
Há momentos de nossa vida espiritual em que também nós “perdemos o Menino Jesus”. Ou seja, com ou sem culpa, a graça sensível pode desaparecer. Para reencontrá-Lo, devemos procura-Lo por meio da oração e dos seus ensinamentos.
O paradoxo da Sagrada Família
Uma bela metáfora oriental, relatada pelo presbítero Hesíquio de Jerusalém (séc. V), narra que a Santíssima Trindade estaria num verdadeiro impasse, por serem as três Pessoas totalmente iguais. E seria preciso haver algum acontecimento pelo qual o Pai pudesse ser louvado enquanto pai, o Filho ser inteiramente filho, e o Espírito Santo dar mais ainda do que já havia dado. Nessa dificuldade, a solução teria surgido no momento em que Nossa Senhora aceitou a encarnação do Verbo em seu virginal corpo, tornando-Se, deste modo, o “complemento da Santíssima Trindade”.1

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Evangelho do Dia do Natal do Senhor - Ano C - Jo 1, 1-18

Comentários ao Evangelho do Dia do Natal do Senhor - Ano C
1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus.
2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.
4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 9Era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.
10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.
12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: 'Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.(Jo 1, 1-18)
“Se não vos tornardes como meninos não entrareis no Reino dos Céus” 
Quer na Gruta de Belém, quer durante sua vida familiar, Jesus foi o divino exemplo de quanto devemos nos fazer “como meninos”. Sua inocência cresceu em manifestações ao longo de sua vida até o momento em que, morrendo crucificado, redimiu o gênero humano. Passados dois milênios, continua necessária a inocência. Cabe aos homens tornarem-se “como meninos” para a resolução da grande crise atual. Bem junto ao Presépio, meditemos sobre o Divino Infante neste proceloso Natal de 2015.
 I–Fez-se menino e habitou entre nós 

 A pleno júbilo repicam os sinos à meia-noite. Numa envolvente atmosfera de alegria, paz e harmonia, marcam eles o início da Missa do Galo. No interior do edifício sagrado quase não há sombras, a luz domina o ambiente, em inefável sintonia com o órgão e as melodiosas vozes. Os fiéis sentem-se atraídos a meditar sobre um dos principais mistérios de nossa fé, a Encarnação do Verbo, o nascimento do Menino Jesus.
Deus quis se fazer conhecer pelos homens
Cada festa litúrgica, ao nos propor a consideração de um determinado aspecto do Salvador, desperta em nós reações às vezes intensas: o Tabor nos causa admiração pelo brilho do acontecimento; acompanhando os Passos da Paixão, as lágrimas banham nossas faces; vibramos de gáudio ao considerar a Ressurreição e a Ascensão. E a doçura radiante emitida pela manjedoura de Belém não só nos encanta, como pervade nossas almas e as envolve em doce suavidade.