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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Evangelho XXXIII Domingo do Tempo Comum - Ano C - Lc 21, 5-19



Comentários ao Evangelho 33º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Naquele tempo, 5 algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6 ‘Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído'. 7 Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?'. 8 Jesus respondeu: ‘Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!'; e ainda: ‘O tempo está próximo'. Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim'. 10 E Jesus continuou: ‘Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu. 12 Antes, porém, que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13 Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14 Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; 15 porque Eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16 Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17 Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18 Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19 É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!'" (Lc 21, 5-19).
Ao longo de sua bimilenar História, a Igreja caminhou sempre sob o signo da perseguição. Entretanto, a cada investida das forças adversárias, brilha ela com maior esplendor.
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
I - O sinal dos verdadeiros discípulos
Conta-se que São Pio X, durante audiência aos membros de um dos colégios eclesiásticos romanos, perguntou aos jovens estudantes:
- Quais são as notas distintivas da verdadeira Igreja de Cristo?
- São quatro, Santo Padre: Una, Santa, Católica e Apostólica - respondeu um deles.
- Não há mais de quatro? - indagou o Papa.
- Ela é também Romana: Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana.
- Exatamente, mas não falta mencionar ainda uma característica das mais evidentes? -- insistiu o Pontífice.
Após um instante de silêncio, ele próprio respondeu:
- Ela é também perseguida! Esse é o sinal de sermos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.
Ódio contra Cristo e sua Igreja
A Igreja é perseguida. De fato, sem essa nota não se entende bem a história da Esposa de Cristo, que já começa sob esse signo na mais tenra infância do seu Divino Fundador. Que mal poderia fazer a Herodes aquele Menino, filho de carpinteiro, nascido numa gruta e deitado numa manjedoura? Nenhum. Mas na ímpia tentativa de tirar-Lhe a vida, o tetrarca não hesitou em mandar assassinar crianças inocentes.
Ao longo da vida pública de Jesus, o ódio contra Ele não fez senão crescer, e chegou ao paroxismo quando os fariseus tomaram a decisão de matá-Lo e obtiveram de Pilatos a iníqua sentença de condenação. De tal forma detestavam o Divino Mestre, que não toleravam sequer vê-Lo fazer o bem, ou ensinar a doutrina da Salvação.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

EVANGELHO XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano C - Lc 20, 27-38

 Comentários ao EVANGELHO XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano C
Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão.
29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos.
32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”.
34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. (Lc 20, 27-38).

Os saduceus cumpriam as formalidades da Lei de Moisés, mas não acreditavam na ressurreição dos mortos: eram ateus-práticos. Por isso, procuravam armar ciladas a Jesus, para impedir a crença na imortalidade da alma e na ressurreição dos corpos.
I - A ressurreição dos corpos
Afirma o Apóstolo que Jesus ressuscitou como "primícias dos que morrem" (1 Cor 15, 20). São Paulo não perde nenhuma oportunidade para acentuar a importância da ressurreição final com vistas a animar aos coríntios por ele batizados a continuarem firmes na fé, como também no trabalho apostólico. Segundo ele, sem essa fé, a tendência seria adotar-se um sistema de vida epicurista, relativista e libertino, conforme a expressão de Isaías: "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos" (22, 13).
No capítulo 15 de sua Primeira Epístola aos Coríntios, depois de denominar de "insensato" a quem se põe o problema de como e em que condições ressuscitam os mortos, ele procura esclarecer de forma muito simples e acessível a revelação sobre a identidade substancial dos corpos nesta vida terrestre e os readquiridos após o Juízo Final, apesar das enormes diferenças de propriedade e aspecto entre o morto e o ressurrecto.

domingo, 30 de outubro de 2016

Evangelho Solenidade de Todos os Santos



 Comentários ao Evangelho Solenidade de Todos os Santos



"Naquele tempo, 1 vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-Se. Os discípulos aproximaram-se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem--aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de Mim. 12a Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos Céus'" (Mt 5, 1-12a).
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
I - Os Santos, irmãos celestes?
Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja celebra todos aqueles que já se encontram na plena posse da visão beatífica, inclusive os não canonizados. A Antífona da entrada da Missa nos faz este convite: "Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Todos os Santos".1 Sim, alegremo-nos, porque santos são também - no sentido lato do termo - todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo: não só os que conquistaram a glória celeste, como também os que satisfazem a pena temporal no Purgatório, e os que, ainda na Terra de exílio, vivem na graça de Deus. Quer estejamos neste mundo como membros da Igreja militante, quer no Purgatório como Igreja padecente, quer na felicidade eterna, já na Igreja triunfante, somos uma única e mesma Igreja. E como seus filhos temos irmandade, conforme diz São Paulo aos Efésios: "já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos Santos e membros da família de Deus" (Ef 2, 19).
Os Santos intercedem por nós e dão exemplo
É por isso que o Prefácio desta Solenidade reza: "Festejamos, hoje, a cidade do Céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde nossos irmãos, os Santos, vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor. Para essa cidade caminhamos pressurosos, peregrinando na penumbra da fé. Contemplamos, alegres, na vossa luz, tantos membros da Igreja, que nos dais como exemplo e intercessão".2