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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Comentários de Mons João Clá Dias à leitura 1Rs 3,4-13

Deus se compraz com o pedido de Salomão, pois era um pedido humilde, que não visava o seu próprio benefício, mas sim o de seu povo. E por isso, Deus lhe dá mais do que ele mesmo imaginara.
Assista aos Comentários de Mons João Clá Dias à leitura 1Rs 3,4-13
Naqueles dias, 4 o rei Salomão foi a Gabaon para oferecer um sacrifício, porque esse era o lugar alto mais importante. Salomão ofereceu mil holocaustos naquele altar.
5 Em Gabaon, o Senhor apareceu a Salomão, em sonho, durante a noite, e lhe disse: “Pede o que desejas e eu to darei”. 6 Salomão respondeu: “Tu mostraste grande benevolência para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou na tua presença com sinceridade, justiça e retidão de coração para contigo. Tu lhe conservaste esta grande benevolência, e lhe deste um filho que hoje ocupa o seu trono.
7 Portanto, Senhor meu Deus, tu fizeste reinar o teu servo em lugar de Davi, meu pai. Mas eu não passo de um adolescente, que não sabe ainda como governar. 8 Além disso, teu servo está no meio do teu povo eleito, povo tão numeroso que não se pode contar ou calcular. 9 Dá, pois, a teu servo, um coração compreensivo, capaz de governar o teu povo e de discernir entre o bem e o mal. Do contrário, quem poderá governar este teu povo tão numeroso?” 10 Esta oração de Salomão agradou ao Senhor. 11 E Deus disse a Salomão: “Já que pediste estes dons e não pediste para ti longos anos de vida, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos, mas sim sabedoria para praticar a justiça, 12 vou satisfazer o teu pedido; dou-te um coração sábio e inteligente, como nunca houve outro igual antes de ti, nem haverá depois de ti. 13 Mas dou-te também o que não pediste, tanta riqueza e tanta glória como jamais haverá entre os reis, durante toda a tua vida. (1Rs 3,4-13)

domingo, 22 de janeiro de 2017

Evangelho IV Domingo do Tempo Comum - Ano A

Comentários ao Evangelho IV Domingo do Tempo Comum - Ano A - Mt 5, 1-12a
"Naquele tempo: 1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-Se. Os discípulos aproximaram- se, 2 e Jesus começou a ensiná-los: 3 ‘Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5 Bem- -aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11 Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de Mim. 12a Alegrai-vos e exultai porque será grande a vossa recompensa nos Céus'" (Mt 5, 1-12a).
No Sermão daMontanha, Nosso Senhor ensinou uma nova forma de relacionamento diametralmente oposta aos princípios e costumes vigentes no mundo antigo. À crueldade e à dureza de trato, veio contrapor a lei do amor, da bondade e do perdão, belamente sintetizada nas oito bem-aventuranças.
I - Jesus proclama uma doutrina inovadora
A figura majestosa do Messias e sua surpreendente doutrina ao mesmo tempo intrigavam, impunham respeito e atraíam. Do seu olhar profundo e sereno dimanava ilimitada bondade. Atendia todos os pedidos, curava todos os doentes. Até aqueles que tocavam na orla do seu manto ou eram apenas acariciados por sua sombra, viam-se favorecidos por sua benfazeja onipotência. D'Ele os aflitos recebiam inefável consolo.
Os milagres tornavam-se mais numerosos e uma multidão cada vez maior O seguia com crescente admiração: "O povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar" (Lc 19, 48). Jamais se vira em Israel profeta semelhante.
Cativados estavam também os Apóstolos que havia algum tempo acompanhavam esse Taumaturgo dotado de tão extraordinário poder: por sua ação, cegos passaram a ver, coxos a andar, surdos a ouvir, leprosos ficavam limpos e possessos viram-se libertos. Mas julgavam erroneamente os discípulos, em consonância com o geral do povo, que Ele viera para estabelecer o predomínio de Israel sobre as demais nações da Terra. Era-lhes ainda desconhecida a verdadeira fisionomia do Reino pregado pelo Divino Mestre e as regras que deveriam regê-lo, pois, como afirma Fillion, "até então Jesus anunciara a seus compatriotas a vinda do Reino de Deus, instando-os a nele entrar, mas ainda não havia descrito em pormenores as qualidades morais que deviam adquirir para serem dignos de pertencer a ele".1