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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Evangelho XXI Domingo do Tempo Comum – Ano C - Lc 13, 22-30

Comentários ao Evangelho 21º Domingo do Tempo Comum – Ano C
22 Ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhando para Jerusalém. 23 Alguém Lhe perguntou: Senhor, são poucos os que se salvam? Ele respondeu-lhe: 24 ‘Esforçai- vos por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão. 25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora, começareis a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos. Ele vos responderá: Não sei donde sois. 26 Então começareis a dizer: Comemos e bebemos em tua presença, tu ensinaste nas nossas praças. 27 Ele vos dirá: Não sei donde sois; "afastai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade". 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e todos os profetas do Reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora. 29 Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa do Reino de Deus. 30 Então haverá últimos que serão os primeiros, e primeiros que serão os últimos. (Lc 13, 22-30).
"Senhor, são poucos os que se salvam?" Pergunta feita a Jesus com escasso intuito de perfeição. Entretanto, muitos serão os interessados em conhecer a resposta do Divino Mestre. Ouçamo-la com atenção.
I - A VIAGEM DEFINITIVA
Ao se apresentar diante de nós uma possível viagem, nossas atenções começam a dividir-se entre o presente e o futuro, entre o ambiente atual com suas ocupações e o lugar para onde rumaremos. Se nossa ausência for de longa duração, e ainda mais se nosso destino se localizar num país bem distante, entraremos num certo estado de tensão que poderá ser maior ou menor, em função do temperamento e mentalidade de cada um, mas a indiferença total raramente acontecerá.
Passaporte, roupas, objetos, remédios, etc., constituirão um pensamento mais ou menos constante em meio às nossas atividades normais do dia-a-dia, antes de partir. O idioma, os costumes, o clima, a alimentação, etc., excitarão nossa curiosidade, alimentando o sonho de uma experiência nova, meio mitificada quanto às possíveis felicidades. Do amanhecer ao apagar das luzes, nossa imaginação percorrerá as ruas, praças e monumentos daquela cidade onde iremos morar durante um certo tempo. As providências concretas, por menos metódico que se seja, terão prioridade em nossas responsabilidades e afazeres, e a tal ponto que provavelmente teremos iniciado nossa viagem muito antes de subir no avião.
No entardecer desta vida, empreenderemos a mais importante e definitiva mudança de nossa existência rumo à... eternidade. Mas será diferente de todas as outras, pois não poderemos levar absolutamente nada de nossos pertences e nem sequer será preciso passaporte. Ela não terá volta atrás e deverá se realizar a sós, sem acompanhantes. A partida é inadiável, desde todo o sempre foi fixada por Deus, e não terá atraso. A chegada tanto poderá dar-se no Inferno, quanto no Céu, e para este último local ainda é possível que haja uma passada pelo Purgatório.