-->

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ascensão de Jesus

 Suprema glorificação de Cristo
Às vezes, a perfuração produzida por uma agulha é mais danosa do que o golpe de um martelo, sobretudo quando ela atinge pontos vitais.
Essa comparação talvez ainda ganhe em substância e expressividade se revertida para o campo da polêmica doutrinária, como se verificou na refutação de São Bernardo ao judeu que, no alto do Calvário, desafiou a Cristo em sua agonia: “Se és o Filho de Deus, desce da Cruz” (cf. Mt 27, 42; Mc 15, 32). Segundo o Fundador de Claraval, é mal concebida essa proposta para comprovar a origem divina de Jesus, pois a realeza, e mais ainda a divindade de um ser, não se torna patente pelo ato de descer, mas muito ao contrário, pelo de subir. E foi exatamente o que sucedeu com Jesus, quarenta dias após sua triunfante Ressurreição. Por isso, debaixo de certo ângulo, a Ascensão do Senhor ao Céu constitui a festa de maior importância ao representar a glorificação suprema de Cristo Jesus. Ele próprio a havia pedido ao Pai:
Glorifica-Me junto de Ti mesmo, com aquela glória que tive em Ti, antes que houvesse mundo” (Jo 17, 5); “Pai, chegou a hora, glorifica o teu Filho, para que teu Filho glorifique a Ti” (ibid. v. 1). Daí ser compreensível a manifestação de alegria dos Santos Padres ao comentarem essa glorificação do Cordeiro de Deus. “A glória de Nosso Senhor Jesus Cristo se completa com sua Ressurreição e Ascensão. (...) Temos, pois, o Senhor, nosso Salvador, Jesus Cristo, primeiro pendente de um madeiro e agora sentado no Céu. Pendendo no madeiro, pagava o preço de nosso resgate; sentado no Céu, recolhe o que comprou”.

Nenhum comentário: