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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Evangelho Ascensão de Jesus

Continuação
A última bênção de Jesus se estende até nós
50 Depois levou-os até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os.
“O ato de levantar as mãos e os abençoar significa que quem abençoa deve estar ornado de boas e heróicas obras em benefício dos demais; por isso levantou as mãos ao céu”, comenta Orígenes (16).
Jesus procede como os sacerdotes da Antiga Lei, nesse gesto de abençoá-los. O sacerdócio de Cristo tem seu início no próprio momento da Encarnação (cfr. Hb 10, 5-10), mas, se bem tenha tido princípio, jamais terminará, pois é Ele sacerdote in aeternum. A dignidade, ação, virtude e frutos sacerdotais do sacrifício de Cristo estarão diante do Pai eternamente. Por isso, neste momento, sua bênção se estende também sobre nós. Saibamos aproveitá-la, ao contemplar esse último adeus externado por Jesus no alto do Monte das Oliveiras.
Jesus nos preparou o caminho para subirmos ao Céu
51 E enquanto os abençoava, separou-Se deles e era levado para o Céu.
Grandiosa cena e acontecimento inédito. Elias também subia, mas arrebatado num carro de fogo e não pelas próprias forças. Cristo, pelo contrário, “subiu ao Céu pelo seu próprio poder; primeiro pelo poder divino; segundo, pelo poder da alma glorificada que movia o corpo como queria” (17). Os Apóstolos e discípulos já O haviam visto andar sobre as águas, entrar no Cenáculo a portas fechadas, escapar em meio à multidão, mas elevar-Se ao Céu ainda não. Eles não ignoravam para onde partia Nosso Senhor, já haviam ouvido dos lábios do próprio Mestre qual seria seu destino. E com os Apóstolos devemos crer que, por sua Ascensão, Jesus “preparou-nos o caminho para subirmos ao Céu, de acordo com o que Ele mesmo disse: ‘Irei preparar-vos um lugar’, e com as palavras do livro de Miquéias: ‘Subiu, diante deles, Aquele que abre o caminho’. E porque Ele é a nossa cabeça, mister se faz que os membros vão para onde ela se dirigiu. Por isso diz o Evangelho de São João: ‘De tal sorte que lá onde Eu estiver também vós estejais’” (18).
Onde se encontra a verdadeira fonte da alegria
52 Eles, depois de O adorarem, voltaram para Jerusalém com grande alegria.
Esse gesto de prosternarem-se diante de Jesus em sua Ascensão significa um reconhecimento pleno de sua majestade. Pedro já assim procedera por ocasião da pesca milagrosa (cf. Lc 5, 8ss).
Do Monte das Oliveiras a Jerusalém, caminha-se apenas a distância de uma viagem em dia de sábado. Esse percurso foi realizado pelos Apóstolos, em “grande alegria”, e se compreende.
Esse mesmo júbilo os acompanhará ao saírem dos tribunais, nos quais haviam sido condenados por pregar o nome de Jesus. Assim aprendem os Apóstolos — e nos ensinam — onde estão as verdadeiras fontes de alegria: no cumprimento da vontade de Deus que, às vezes, se faz através do curto caminho da cruz.
Final no próximo post

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