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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Evangelho – Solenidade da Ascensão do Senhor – Lc 24, 46-53 – Ano C - 2013


Continuação dos Comentários ao Evangelho – Solenidade da Ascensão do Senhor –  Lc 24, 46-53 – Ano C - 2013
Onde se encontra a verdadeira fonte da alegria
52  Eles, depois de O adorarem,  voltaram para Jerusalém com  grande alegria.
Esse gesto de prosternarem-se diante de Jesus em sua Ascensão significa um reconhecimento pleno de sua majestade. Pedro já assim procedera por ocasião da pesca milagrosa (cf. Lc 5, 8ss).
Do Monte das Oliveiras a Jerusalém, caminha-se apenas a distância de uma viagem em dia de sábado. Esse percurso foi realizado pelos Apóstolos, em “grande alegria”, e se compreende.
Esse mesmo júbilo os acompanhará ao saírem dos tribunais, quais haviam sido condenados por pregar o nome de Jesus. Assim aprendem os Apóstolos — e nos ensinam — onde estão as verdadeiras fontes de alegria: no cumprimento da vontade de Deus que, às vezes, se faz através do curto caminho da cruz.
Ligação entre o Antigo e o Novo Testamento
53 E estavam continuamente no Templo louvando a Deus.
Tal qual inicia seu Evangelho com os ofícios de Zacarias no Templo, termina São Lucas aludindo à freqüência assídua dos Apóstolos em todos os atos do culto praticado na Antiga Lei. A Santa Igreja não se separou da Sinagoga de forma abrupta e violenta. O Templo estava intimamente ligado à vida de Jesus, e os que iam receber o Espírito Santo, com humildade, veneração e piedade, se preparavam indo rezar na casa de oração, da qual o Mestre havia expulsado os vendilhões por duas vezes. Eles consideravam o Templo com uma perspectiva muito diferente da de seus co-nacionais. O mirante dos Apóstolos era um dos legados do Filho de Deus, ou seja, o próprio olhar d’Ele.
Maria vivia em constante oração
Uma palavra sobre Maria. Certamente intercedeu Ela junto a Deus para inspirá-los a permanecerem em oração no Cenáculo. Nela, a altura de sua humildade era a mesma da de sua fé, virginalidade e grandeza. Ela estava rezando ao pé da Cruz, no Calvário; agora A encontramos em profundo recolhimento. Depois da descida do Espírito Santo, a Escritura não mais A mencionará e, provavelmente, o resto de seus anos, Ela os viveu em intensa oração, constituindo-Se no insuperável modelo da mulher cristã.
Que Ela nos obtenha todas as graças para seguirmos suas vias e virtudes. 

1) Santo Agostinho, Serm. 263, I: Pl 38, 1209. 2 ) Santo Agostinho, Serm. 264, 4: PL 38, 1214. 3 ) São Leão Magno, Serm. 72, c. 3: PL 38, 396. 4 ) Suma Teológica, III, q. 57, a. 1. 5 ) Id.ibid., ad 2. 6 ) Serm. 74 in Sermones escogidos, Ed. ASPAS, Madrid, p. 139. 7 ) Suma Teológica III, q. 57, a.1 ad 3. 8 ) Homilía 29. 9 ) Suma Teológica, III, a. 1 ad 3. 10 ) Id., a. 1, ad 1. 11 ) In Io. Tr. 94: PL 35, 1864. 12 ) Pe. Manuel de Tuya OP, Biblia Comentada, BAC, 1964, v. II, p. 934. 13 ) Apud São Tomás de Aquino, Catena Aurea. 14 ) Ibid. 15 ) Ibid. 16 ) Ibid. 17 ) São Tomás, Suma Teológica III, q. 57, a. 3c. 18 ) Idem, III, q. 57, a. 6c.


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