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quarta-feira, 7 de maio de 2014

EVANGELHO – IV DOMINGO DA PÁSCOA – Jo 10, 1 - 10 – ANO A

CONCLUSÃO DOS COMENTÁRIOS AO EVANGELHO – IV DOMINGO DA PÁSCOA – Jo 10, 1 - 10 – ANO A
NÃO PERMITAMOS QUE NOS ROUBEM A VIDA!
Nas eloquentes palavras de São Pedro, que a primeira leitura (At 2, 14a.36-41) apresenta à nossa consideração, encontramos uma afirmação intimamente relacionada com o Evangelho de hoje: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para Si” (At 2, 38-39). Convertei-vos! É mister corresponder a este convite!
Ora, não haverá algo que faça o papel de ladrão em nosso dia a dia? Não haverá em nossa vida algo que precisemos cortar? Da mesma forma que se praticava a idolatria e havia desvios na época de Nosso Senhor, não haverá hoje alguma voz que nos confunda e nos desencaminhe, levando-nos a esquecer que a verdadeira Porta é Ele? Naquele tempo eram os fariseus, os saduceus, os herodianos. E hoje? E o momento de nos pormos a questão: internet, televisão, cinema, relacionamentos.., há tantos ladrões, que todo o cuidado será pouco! Devemos ouvir avoz de Deus que sempre nos fala à alma e nesta Liturgia da Palavra nos adverte de que está sendo desdenhada, enquanto os falsos pastores entram, através dos rombos feitos por eles mesmos na cerca do redil, para roubar, matar e destruir.
O Bom Pastor ama até as ovelhas miseráveis
É possível que nosso exame de consciência nos acuse de alguma vez termos aderido aos ladrões. Lembremo-nos, então, de que Jesus ama tanto as suas oveihas que Ele deseja dar-lhes a vida, apesar de miseráveis. E uma vida tão exuberante que ultrapassa a morte merecida pelo pecado de nossos primeiros pais e pelos nossos próprios pecados: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5, 20). Se quisermos, pois, ser grandes na santidade, reconheçamos nossa incapacidade para praticar a virtude e, atribuindo a Deus todo o bem que fazemos, ofertemos-Lhe, confiantes, nossa debilidade, porque o Bom Pastor Se utiliza disso para manifestar seu poder, como Ele afirmou a São Paulo: “é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (II Cor 12, 9).
A principal lição a ser guardada deste 4 Domingo da Páscoa é que Jesus tem por nós um carinho que suplanta todos os afetos existentes na face da Terra. Ele é tão supremamente nosso Pastor que escolheu sofrer os tormentos do Calvário para nos salvar. Sinal de que nos ama até um limite inimaginável! Ele almeja a nossa santidade e cuida de nós, tal como dizo Salmo Responsorial (cf. Sl 22, 1.2c): “O Senhor é o Pastor que me conduz, não me falta coisa alguma”. Ele é dono de todos nós, ovelhas que o Pai Lhe entregou e, desde que não queiramos nos desgarrar, não permitirá que sejamos arrancados de suas mãos. Por isso, tenhamos total confiança n’Ele ao nos aproximarmos da Confissão, certos de que Ele perdoará nossos pecados, se estivermos arrependidos. Mas, sobretudo, saibamos buscá-Lo na Eucaristia, onde Ele Se oferece em Corpo, Sangue, Alma e Divindade e nos prepara para recebermos a vida em plenitude. Isto se dará quando passarmos pela Porta do redil e adentrarmos no Céu, onde veremos a Deus face a face. Ali estaremos na alegria do Pai, do Filho e do Espírito Santo, numa gloriosa participação nessa família, que é a Santíssima Trindade, junto com Nossa Senhora, os Anjos e os Bem-aventurados.
1) SAO TOMAS DE AQUINO Super Epistolam Sancti Pauli Apostoli ad Colossenses lectura. C.I, lect.4.
2) TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, v.V, 1964, p.1170-1171.
3) SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. I, q.97, a.1.
4) Idem, q.102, a.4.
5’) Cf. Idem, I-II, q.94, a.2.
6) Cf. Idem, a.6.


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